quarta-feira, março 31, 2004

"Honras me alem da comesurabilidade, atribuindo grande sabedoria a minha pessoa"
Guiga

Comentários assim (repare na excelência do humor), aquele trecho do Primo Basílio postado aqui este mês, Alberto Caeiro e, o mais importante, enxergar a vida como se lesse um livro, que fazem o milagre do Vitor escrever algo que preste de vez em quando.

O triste é que Valéria não foi à aula após a produção de rebento das minhas viagens mentais -- será que está doente, meu deus? Apesar dos ruins, é isso que está me dando coragem para mostrar o texto para ela ou sei lá, qualquer coisa, e assim fazer com que uma das partes tome a atitude porque até agora somos os 99% platéia, ou seja, os que esperam um primeiro bater palma por causa de um medo bobo de sentir vergonha. Mas eu queria mostrá-lo de um jeito legal, sabe? Quando você diz: "É agora!" e tira o texto do bolso entregando-o e as palavras lhe abandonam, somem da sua boca para aparecerem no olhar e saltar dos seus olhos em mergulho penetrando no papel. Só que, realmente, Não é agora! Ainda é cedo.

segunda-feira, março 29, 2004

Nossa pessoal, valeu mesmo pelos comentários sobre o post Valéria. O do meu irmão foi o melhor, e os do blog também, e os no icq também, e os de quem eu dei a folha para ler também.

domingo, março 28, 2004

Pults! Foi aniversário do Lucão e eu nem sabia! Aquele parabéns amarelo por ser atrasado, amigão!
Eu sei que post grande pouca gente tem saco pra ler, mas leia só o primeiro parágrafo.

Valéria

Sem dúvidas quando entramos em uma nova classe de alunos onde não conhecemos as pessoas, cria-se um interesse por alguém do sexo oposto que estamos por descobrir e sempre há expectativas e imaginações.
Sem dúvidas não é por apenas uma pessoa que ocorre esse interesse em cada um de nós. Num dia podemos projetar um futuro com tal criatura e até virarmos poetas nos nossos pensamentos, mas no outro, já há um outro alguém nos servindo de musa para os poemas.
Sem dúvidas isso aconteceu comigo. E ao mesmo tempo a uma garota que se senta lá na frente. Ah, ela era a minha musa e eu o príncipe dela. A situação perfeita para a realização da imaginação dos dois estudantes, que é a mesma, porém com lógicas diferentes que vão se desfazer perante a uma terceira, uma nova lógica que se criará quando todo for posto no plano da realidade.
Sem dúvidas nos interessa o nosso envolvimento e andamos imaginando vários futuros, juntos um ao outro, dias seguidos; transparecia nos olhares que compartilhávamos.
Sem dúvidas seria ótimo que algo acontece.

Era sábado e lá estava ela no show da Maria Rita. Nos encontramos e começamos a nossa conversa antes do início das músicas. Parecíamos bons amigos e o interesse, habitando a ambos, fazia com que a conversa fluísse como o riacho da aldeia, que carrega as folhas que caem com os novos assuntos e os leva para o mar de letras, onde as ondas são palavras, até que quebram explodindo suavemente frases nas praias do diálogo.

O show começou e quietos ficamos, mas não totalmente. Não nos privamos de nenhum comentário e ouvíamo-nos com uma atenção que de tão natural fazia com que as melodias e os ritmos se perdessem na trilha que leva à audição, ficando apenas harmonia servindo de paisagem as palavras do outro.

--Ela faz caretas iguais as da mãe dela nas notas difíceis; são engraçadas.
--Nossa, mas você não pode ter chegado a conhece-la, não é mesmo? Fala como se tivesse vivido um show da Grande Ellis - Valéria responde ao meu comentário que iniciou a última conversa salpicada de nervosismo que teríamos aquela noite.
--Mas eu vivi.
--Impossível! Você não tem mais de vinte anos.
--Vivi através dos meus pais que lá estiveram e sendo eu a continuação da vida delas, tudo fica dentro de uma vida só, a que está comigo. É tudo passado com as histórias que nos são contadas, com as perguntas que nos são respondidas, com os comentários sobre os documentários da TV, sobre as músicas... Não percamos o que nossos pais, avós... Viveram. Tragamos as vidas deles para da nossa e misturemos as nossas memórias.
--Ah, falou! Filósofo-poeta!
--(sorriso) Tudo bem, vou parar com isso. Queria ser filosofo e poeta, se é que alguém assim possa existir, pois tenho dúvidas se os poetas e os filósofos não são apenas classificações de algum outro substantivo, se eles são separados por causa das características: ciência e arte. Mas eu não me acho nem um nem outro. Sou apenas admirador dessas pessoas de idéias interessantes.
--Não seriam, o poeta e o filósofo, gêneros de pensadores?
--Acho que é exatamente isso! (pausa - olhamos para o show) J... (pausa) Já... Já te disse que o seu jeito... que você é uma gracinha? Que é muito bonita?
--E eu já te disse que também te acho bonito e que seu jeito singular me traz admiração, rapazinho?

Surpreendido levei a cabeça para trás sem levar junto os ombros ou o corpo que sofria a gravidade do calor do corpo dela. Nos olhamos. Prevendo o futuro. E a situação brincou com as nossas almas, jogando uma na outra, esticando-as em fios e embaraçando-as enquanto ria e se divertia. Nos aproximamos e os nossos olhos se fecharam.

O teu corpo moreno
Vai abrindo caminhos
Acelera meu peito,
Nem acredito no sonho que vejo
E seguimos dançando
Um balanço malandro
E tudo rodando
Parece que o mundo foi feito prá nós
Nesse som que nos toca


Escrito por Vitor antes do show

sábado, março 27, 2004

Estou indo ao show da Maria Rita
Se entrar no site, olha ali nos shows e procura o do dia 27, é nesse que eu...
Tá, mãe! Tô desligando o micro...

sexta-feira, março 26, 2004

quinta-feira, março 25, 2004

Ao Guiga e ao Danilo

Na verdade eu ainda não comecei a ler o Primo Basílio. Há uns dois anos atrás, quando meu pai comprou o livro, eu li a primeira página e desisti. Muito chato-complicado. Mas vamos ver agora se eu vejo o livro de uma outra forma; apesar muitos o ter como o mais chato para o vestibular -- Os Lusíadas não é mais, não? Aquele trecho que eu postei no dia 19, sexta-feira passada, nem fui eu escolhi, posso dizer. É o trecho que o Arnaldo Antunes declama na música Amor I Love You no cd da Marisa Monte que eu tenho. E eu já até o decorei de tanto que gosto.

Abraços, rapazes!

quarta-feira, março 24, 2004

Aumenta um.

Estou lendo esse livro que, assim como alguns livros antigos que temos que ler para os vestibulares da vida, é publicado aos poucos, por capítulos. Está sendo escrito pelo Bruno Medina, tecladista dos Los Hermanos, e assim que um capítulo sai da minha impressora vai ouvir comigo Complainte De La Butte pouco antes do dia morrer no meu travesseiro. Música essa, da trilha do filme Moulin Rouge. Cantada em francês, se encaixa perfeitamente com a leitura do livro -- ou seria do capítulo? --, já que a história se passa em Paris. Confesso que estou apaixonado pela música e ando a ouvindo todos os dias. Francês é a língua que mais me agrada esteticamente.

Olhem esse trecho do livro, não da música: "(...)Entretanto com o passar dos meses Jean descobriu que Claire é uma daquelas pessoas apegada as palavras; gosta de dizer coisas fortes sem se preocupar muito com a conseqüência do que foi dito"

Eu acho que eu sou esse tipo de pessoa. Que sou como a Claire. Sendo assim, é preciso ter mais cuidado!

PS: Sempre que me vir usando -- como travessão lembre-se que eu roubei isso do Bruno.

domingo, março 21, 2004

Senhor dos Anéis III

Frodo e Gandalf


Finalmente eu vi -- aqui no interior os filmes chegam um pouco depois mesmo. Há três coisas que me chamaram a atenção:

-Por que os Orcs ficaram com medo, sendo que nos outros filmes eles eram criaturas idiotas assassinas sem medo?
-Por que os do bem usavam trajes antigos europeus e os vilões (aqueles ficavam nos elefantes gigantes) usavam trajes árabes?
-Por que a águia (símbolo americano) era do bem e o dragão (símbolo chinês, japonês...?) era do mal?


Deve ter sido tudo coincidência!

Outra: Por que o Frodo não beijou o Sam no final?

Mas, parando com a minha chatice, o filme é ducarallo. Fenomenal. Acho que mereceu todos os prêmios que ganhou. E, além de tudo, me deixou com vontade de ler o livro, mas tenho todos os da fuvest na frente e até lá já vou estar querendo ler outro.


sexta-feira, março 19, 2004

(...) Tinha suspirado, tinha beijado
o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Primo Basílio - Eça de Queiróz (1.878)

quarta-feira, março 17, 2004

Se bem que...

Compare os dois formigueiros.



Outra coisa

O Homem pensa que é a espécie predominante no planeta, mas, segundo o discoverychannel, se você pesasse todas as formigas - somente elas -, teria um peso muito próximo do que se pesasse todos os humanos.

O mundo é dos insetos, pessoal. Aliás, muitos deles desenvolveram a incrível habilidade de voar. Que inveja que nos dá!

segunda-feira, março 15, 2004

Planeta Terra


O Ser humano tem o costume de se separar do planeta

O homem nunca pensa que ele é parte integrante do planeta, mas, veja bem, ele é a Terra! Ele diz que ele modifica o mundo, modifica o meio em que vive, mas ele é parte do meio em que ele vive, ele é o meio. É tudo um amontoado de moléculas! Também se auto-acusa de poluir o planeta, quando, na verdade, é o próprio planeta que se polui - já disse, ele é o planeta. Esse mundo pecou feio quando deixou o homem evoluir com a sua amante, a tecnologia. Agora, para se salvar, o globo deveria inventar um super vírus, mais super do que o da aids o qual não foi bem sucedido, para acabar com a sua infeliz permissão. Mas será que essa esfera deveria mesmo fazer isso?

Ela não poderia ter criado o homem para se proteger consciente dos riscos que correria com isso: poluição, extinção de algumas de suas espécie...? Esse segundo exemplo foi infeliz, porque essas extinções podem ter sido propositais, a fim de manter somente as espécies mais fortes no planeta, o fortificando - a famosa seleção natural. Para não falar do risco que tem de se explodir, pois esses macacos carecas são capazes de fazer bomba atômica e destruir o equivalente a 300 vezes o planeta. Para quê correr todos esses riscos, vocês devem estar se perguntando. É fácil: para se proteger de algum possível meteoro destruidor, de uma invasão alienígena usando a tecnologia que o homem desenvolveu. Ou, com a medicina, ter a cura de um futuro vírus vindo do espaço que atacaria a qualquer tipo de célula (vegetal e animal) e destruiria tudo o que conhecemos como vida. Podemos imaginar qualquer coisa.

Contudo, a esfera foi muito esperta (ou apenas sortuda?) fazendo com que o homem sofresse ao destruir o planeta e aprendesse que se continuar assim como está hoje (se bem que hoje, felizmente, muitos já caminham na trilha da não poluição, mas ainda falta trazer as empresas, governantes... Os mal educados em geral, para esse percurso. Tem muita lama e muita mata fechada pela frente) não vai ter onde/como viver futuramente, senão em cápsulas espaciais, mas quem quer isso? E, no caminho que chega ao não ter mais como/onde viver, vêm os alto$ cu$to$ para se manter vivo; como, por exemplo, comprar um essencial copo de água (boa e potável). Imagine o preço disso no mundo totalmente poluído! Ah, tristemente não há estímulo melhor do que tirar o poder aquisitivo dessas pessoas, pois é o que lhes tem mais valor. A Mãe Terra mimou o homem no começo dizendo "sims" demais, porém descobriu o erro e lhe dá agora umas boas e atrasadas palmadas de efeito tardio.

domingo, março 14, 2004

"Acho que fortes autores podem ter obras diferentes, e com cada uma você pode aprende tanto quanto você aprenderia com um novo autor. Então, acho que devemos buscar os melhores autores e as melhores obras dos mesmos"

Lucas Catón

sábado, março 13, 2004

Leitura

Leia apenas dois livros de cada autor. É o ideal para conhece-lo. Nada mais. Há muitos escritores, forma de escrita para se conhecer.
Layout 2

Esse foi o segundo layout que eu fiz para o cab. Está programada uma mudança no formato do blog, mas ela não sai tão cedo. Talvez venham todos os layouts já usados passear por aqui antes da nova pele. E eu estou fazendo essa mudança - já comecei, mas em paços de tartaruga míope - pensando mais em mim mesmo. Já que, certamente, nas coisas novas, só eu irei clickar. (apelo emocional?)

Livro

Estou tentando acabar o LOLITA hoje, faltam 40 páginas. Acho que eu consigo! =]

Música

Telegrama do Zeca Baleiro não sai da minha cabeça. Letra decorada - porcamente, sem ritmo - na quarta vez que a ouvi. Adorei a música!

Hoje também

...escreverei uma carta para a AD que está na UNESP de São José do Rio Preto, que é bem longe daqui, fazendo um curso de nome esquisito.

Beijão, pessoal!

quinta-feira, março 11, 2004

Cálculos

Bem, tinha 15 anos em 2000, devo viver até uns 85 anos se eu continuar a média de vida dos homens - que morreram de velhice - da minha família: Vou chegar no ano 2070! Como estará a tecnologia por lá? Estamos em 2004 e até dois zero sete zero tem chão. Dá pra fazer muita coisa. Me formando em 2010 está bom. Aposentando no dia da chegada ao além está bom também. Espero quebrar a tradicional média de vida útil da visão que tem minha família e conto com os cientistas-médicos para isso. Vamos rezar por eles hoje. Poxa, quanta gente mais velha que eu conheço que já terá ido em 2050! É bom visitá-las. E isso quando eu tiver ainda 65 anos. Bem no auge da minha intelectualidade! Será que eu tomarei o lugar do Sergio Faria e terei o blogspot mais antigo do Brasil? Ou será que só tomarei viagra mesmo?

É diferente projetar-se para o decorrer da sua vida, mas não deixa de ser uma visão de tempo muito interessante e, de certa forma, ao mesmo tempo que engraçada, triste. Mas aquele triste que te faz sorrir por que é bonito.

segunda-feira, março 08, 2004

[edit]Erros grotescos de sono arrumados.
Eu amo as mulheres

As que querem todos os dias do ano para elas, que cobram os parabéns no 8 de março, as alternativas, as escritoras, as poetas-sentimentais, as que gostam das minhas massagens, as safadas, taradas, as quietas, as góticas, as me abraçam, as que sorriem, as que nos deixam fazê-las sorrirem, as fotogênicas, as especialmente belas, as que topam tudo na cama, as que têm cabelos vermelhos, as mães, atrizes, escritoras, músicas, as melódicas.

O meu beijão seguindo de forte abraço esmagador de seios em todas, especialmente nas amigas!

domingo, março 07, 2004

Ei Vitor

Finalmente entrei no seu blog hein cara!!! Falei q eu entraria, não falei? Mas cara, pense por outro lado: O cara q vc achou (por pura inocencia) q tava te dando carona, deve ser mais um desse desempregados com alguns filhos pra criar... se ele tá fazendo isso é porque ele precisa da grana, e ta tentando ganha-la honestamente. É o q eu penso... Bom... quanto aos veículos de passeios, eles são mais uma prova de q vivemos numa sociedade de classes.. totalmente desigual... entretanto, vc conseguiria viver sem carro? Só se existisse aqui e em outros países um perfeito sistema de tranporte coletivo... num é mesmo?
Além de fazer essa reflexão medíocre, eu gostraia de te desejar melhoras... ok? Tomara q segunda feira vc esteja bem e na aula!!!

Abraços

Daniel Fazza

Porque eu adorei esse comentário. É ótimo quando alguém comenta algo sobre o que você escreveu.
Já que esse comentário virou post, vou comentá-lo.

quarta-feira, março 03, 2004

O mundo tem salvação

Parado no ponto de ônibus, vendo vários carros passando com quatro lugares vazios, lembro que o carro é um meio errado de transporte sob o ponto de vista coletivo e que a sociedade é idiota! Até que um carro para no ponto e seu motorista diz apontando: "Guará"? Vão duas mulheres que não se conheciam entrando no veículo e eu vou também. Ninguém fala nada no caminho, só o motorista com o seu amigo que deveria ter a minha idade (18) no banco do carona. "Alguém vai parar na rodoviária?", pergunta o doador de carona. Digo: "Eu!"

Nossa, como é bom saber que o mundo tem esperança! Que as pessoas confiam umas nas outras... Será que isso o ocorreria numa cidade grande?

Ele pára na rodoviária e eu desço não sem antes falar um "Brigadão, cara. Valeu mesmo". Bato a porta e saio normalmente, vou-me indo. Mas o carro não se mexe e ficam todos os ocupantes me olhando com cara de "onde é que você vai? Vem aqui!".

Volto até o carro, será que minha chave caiu do bolso? "É um e quarenta a passagem" diz o assassino de esperanças de mundo melhor e motorista. Vejo os meus bolsos e não tenho dinheiro algum, só passe. Não pago e vou embora, com raiva! Eu achando que o cara era a evolução social da raça-humana e ele é um belo dum filho da puta! Deveria ter falado o que ele faz logo que entrei no carro e para todas as outras pessoas quando elas fazem a mesma coisa. Falei que pagava depois e vou pagar. Nos encontraremos no mesmo ponto uma outra vez com certeza. Mas, tentarei, dizer a ele, em tom muito pejorativo no final da frase: "Você deveria falar para as pessoas o que você faz"

Exercício de 5ª série:
~Converta as frases que estão na forma afirmativa para a forma negativa:

a) O mundo tem salvação
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segunda-feira, março 01, 2004

Um belo dia

Primeiro dia de aula do cursinho (sempre gosto dos primeiros dias), gente nova, garotas novas - será que encontrarei alguém que anda roller? - um ou dois professores novos, mesma escola, mesmos livros e todo o blablablá repitido. Vamos pular a cena da escola que foi muito calma, onde só houve um momento interessante, para irmos às cenas de ação, vamos de uma vez: Perdi a escolar! Malditas dúvidas de química que me fizeram atrasar! E o mais cruel foi ver a topic passando do outro lado da avenida JK (em homenagem àquele presidente) e não poder fazer nada para o G (Enevaldo, mas só o apelido é usado), nosso singular motorista, pisar no freio e me esperar.

Camiseta de pano grosso alá polo, meio-dia, calças, tênis saunas, material na mão, e um percurso a percorrer até a rodoviária. Pelo menos nenhum cachorro correu atrás de mim. Já em pé dentro do ônibus, esperando-o parar para descer, o motorista gera a revolta dos passageiros. Ele não parou no ponto! Um passageiro mais Wolverinico grita com o... acorda o cobrador que responde friamente: "o ônibus não pára mais aqui"

Merda o ponto perto de casa morreu - cara de velório. Fomos parar lá na Santa Rita e ainda teve mais! O motorista não parou no próximo ponto, quase que o Wolverinico atacou ele, mas os berros expo-instantâneos foram suficientes para o chefe acionar o freio e parar a avenida da Rádio Aparecida. Esse curioso personagem com o W adjetivo estava com uma moça doente, ela estava mal, e ainda tiveram que andar mais um bocado por descerem longe. Pássaro Marrom é uma empresa maldita!

Atravessei o santuário nacional com os cabelos molhados e alma refrescada no bebedouro público, o que foi a minha pausa, e minha casa estava de pernas para o ar. A Fátima (já é da família depois de tantos anos) tinha amontoado tudo e virado de ponta cabeça. Engoli o almoço longe do conforto habitual da TV e fui ver os cheques para a minha mãe no banco. Lá foi o Vitor pro outro lado da cidade de novo! Voltei e finalmente comecei a arrumar meu quarto. Essa dádiva para o meu conforto visual estava programada desde o ano passado para ser feita nas férias. Mas...

Como foi bom ouvir todos os discos dos Los Hermanos rasgando papel após aquele banho ultra fortalecedor! Alguns papéis foram difíceis, muito difíceis de rasgar, pois eram belas lembranças que afloravam com o passar dos olhos. Ah, como foi ótimo o meu único namoro! Há agora curtas declarações corriqueiras adolescentes de sentimentos viajando no caminhão da prefeitura. Mas ele não deve ser tão ruim quanto os ônibus que a Marrom nos fornece!

Não dei cabo na arrumação. Tenho que achar uma boa alma a fim de ganhar apostilas velhas do objetivo. Mandem e-mails pedindo, por favor! Almocei de novo às 17:30 vendo programa de decoração na sky (eu gosto de francês e adoro decoração), escovei os dentes e comecei a dormir às sete da noite. Mas minha mãe chegou e dando os recados do dia para ela e o dinheiro retirado do banco, despertei. Tive que tirar as compras do carro e decidi vir conversar com vocês.

Agora é minha hora. Uma boa noite a todos!

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....