domingo, abril 04, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo II


Não deu nem tempo de ficar com o cu na mão e o monstro encheu seu tórax de ar, mostrando que soltaria um rugido capaz de ensurdecer uma população inteira e fazer minha alma me deixar e produziu um sonoro e baforoso: "Mamãe!"

Me abraçou tão forte que meu corpo se estreitou e minha cabeça cresceu vermelha, tímida e encaretada como se eu fosse um termômetro preste a estourar dentro de um desenho animado. Senti-me um animal da Felícia.

O monstro me apertou um pouco mais e não pude conter um extrovertido e nada tímido pum que causou uma ridícula careta na face do monstrengo. Afastou-se de mim sem me largar e tendo em suas mãos a minha pessoa, pô-se cafungar-me. Fez-se a cara de raiva, ódio, "vou te matar" que me gelou até o último elétron: "Você não é mamãe!" Rugiu pausadamente a aberração. Vi-me morto após essa frase.

Nenhum comentário:

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....