segunda-feira, junho 21, 2004

Chico Buarque

Sábado houve aqui em Aparecida um sarau em sua homenagem. Por sorte fui convidado - na verdade minha família foi convidada - e obtive a melhor noite da minha vida artística-social. Uma noite inteira cantando as músicas do meu Número Um na música popular brasileira, cada um dos convidados fazendo a sua homenagem. Muito optaram por apenas bater palma, não estive nesses muitos, mas quase. Adoro escrever e bolei um texto que não dá para transcrever em letras aqui, pois ele é cantando: vários trechos de músicas suas que eu brinquei em cima. E ainda não sei como pude fazer, acreditava que nem faria nada para apresentar, fui deixando... deixando para depois e criei tudo no último dia. Os coroas não acreditaram quando aquele moleque (eu) de dezoito anos subiu no palco e demonstrou tanto conhecimento de você, Chico. Nem havia terminado de cantar/falar e me interromperam com palmas – olha só - e quando enfim acabei, desci do palco em meio a abraços calorosos me cumprimentando pela minha singela - gente que eu nem conhecia. Algumas senhoras até choraram, eu não acreditei e alguns senhores ficaram com os olhos cheios de lágrimas, eu não acreditei. Uma sensação inédita percorria cada veia minha e ainda estou atingindo por todo aquele sucesso na festa. Mais de uma mulher disse que estava apaixonada por mim, assim na lata, e tem uma tia que quer porque quer que eu namore a sobrinha dela, de qualquer jeito! Segundo ela, é linda e tem 19 anos. E os donos da festa falaram que eu era o comentário da festa, todos falavam de mim. Lembrarei para sempre.

Isso é sério, pessoal. Não fazem idéia de como eu ainda estou.

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....