sábado, junho 05, 2004

Sonho Segundo

Sabem aquele filme: Missão Impossível? Não tem uma cena em que o Tom Cruise pega uns óculos escuros que lhe dizem qual é a sua nova missão? É logo no começo. Então... Um dia desses, eu sonhei que eu tinha que ir lá pegar os meus óculos para saber o que eu tinha que fazer. Entrei no meu EcoSport Amarelo 4×4, ajustei os espelhos; cinto e freio-de-mão verificados, dei seta para a esquerda e quase saí. O meu professor vesgo de direção estava do meu lado e falou que era só eu soltar a embreagem bem devagar que o carro não morreria. Tentei de novo e o carro não morreu.

Quando entrei na auto-estrada estava sozinho dirigindo. De repente uns caragueijinhos magrelos começaram a me perseguir, eles corriam muito velozes de lado. Foram chegando cada vez mais perto até que seguraram o carro no muque: parei subitamente. Enquanto uns ficavam segurando para eu não sair, outros cavavam a areia ao redor dos pneus para eu ficar atolado. Serviço feito, soltaram o carro, foram todos para o quiosque tomar cerveja com o Zeca Pagodinho e rir de mim atolado na praia. Mas eu olhei de rabo de olho para eles e dei um risinho cínico: ” Ham! Engatei a primeira, nem dei seta, e saí sem o carro morrer. Foi demais. Eles ficaram com cara de bobões, inclusive o Zeca Pagodinho que parecia ser o chefe da quadrilha.

Batendo meus recordes de velocidade, a 60km/h, cheguei no alto da montanha árida (lembrem da cena do Missão Impossível) cantando pneu. Saí do carro e fui pegar os meus óculos informativos. Coloquei-os e passei a enxergar tudo preto e branco. Peguei a coleira do meu cachorro e fiquei passeando com ele ali naquele local. Sentei na beirada do penhasco e tinha uma linda vista em preto e branco. Meu dog ficou ao meu lado e eu, balançando as pernas, acabei perdendo a minha sandália do pé esquerdo. Estiquei o braço para tentar pegá-la no ar, mas nesse impulso eu me atirei abismo abaixo e comecei a cair. Levei o meu cachorro junto porque estava segurando a corrente dele, coitado. Acordei dando tapas e chutes no colchão como se eu estivesse realmente caindo. Foi uma bosta.

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....