terça-feira, novembro 30, 2004

Átila!

[editado]
Pô, meu! O que dizer sobre o Átila? Ainda mais... visto que eu o conheci só no universo de uma sala de aula. Mal o encontrei na rua ou em qualquer outro lugar. Dentro daquele colégio particular as aulas eram estranhas, havia uma forma de respeito muito sério na relação aluno-professor, bem... Isso era "Antes do Átila". E a sua estréia foi assim: O professor de matemática perguntava ao mostrar a fórmula: "Agora, como é que Pitágoras chegou nisso?", lá do fundo, das últimas carteiras, das profundezas da sala, uma voz indefinível, numa pronúncia desprovida de dúvidas e carregada de espontaneidade, lavrou caminho atravessando a sala: "Se foda, sorrr!". Era Átila, o aluno de colégio do Estado fazendo rir um mundo particular muito sério e preocupado. A sala inteira riu do chute-no-balde que o Átila deu e o professor de matemática gostou: "Se foda então! Exercício 1", disse, chutando o coitado do balde para mais longe ainda. Estávamos atrasados com a apostila e explicar o que não era muito necessário e já foi explicado na oitava série e no primeiro ano era totalmente desnecessário. Todos já decoramos que hip²=cat²+cat².

A partir do "se foda", começou-se a contar os tempos assim: A era antes de Átila e a era após Átila. O Danado, além de soltar uma ou outra nas aulas dos "professores que sabiam levar na esportiva" e fazer rir toda uma sala, sentava-se junto à garota mais bonita do colégio. E ainda, para o acharmos mais danado ainda, conseguia deixar a menina sempre rindo ou exibindo o seu sorriso delicioso de se observar. Eu sentava lá na frente, conversava às vezes com meus vizinhos próximos e sempre ria, era um riso de barriga fenomenal. Agora eu e o Átila nos falamos pela internet e parece que foi aqui que ficamos amigos de verdade! Não era pra menos, sabemos que ele é gente-fina, bonito e de pensamento afiado. Bem, esse é Átila que eu conheço.

segunda-feira, novembro 29, 2004

Vaidade [por Herbert Viana]

"Cantor do LS Jack é internado em coma no Rio após lipoaspiração. É possível isso? É admissível isso? Um rapaz de 27 anos ter uma parada cardíaca e entrar em coma após uma cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje,

Hebert VianaDeus é a auto imagem.
Religião, é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, ou a volta, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas... uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Deus permita que ele volte do coma sem seqüelas. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva". "Cuide bem do seu amor, seja quem for" Herbert Vianna


[edit] Na verdade esse texto não é do Herbert, desculpem.

domingo, novembro 28, 2004

sábado, novembro 27, 2004

Ontem fui pegar de carro a minha mãe. Tinha um colega dela para nós darmos carona. Claro que a Senhora Mãe do Vitor já falou para metade da cidade que o filho dela passou em segundo lugar na faculdade daqui. Bem, quando ela contou no carro a notícia para o Seu Paulo, o carona, um senhor já, eu falei que o primeiro lugar deve pertencer a um maldito dum japonês. E ele me respondeu: “Nos anos 70 nós dizíamos que, se você quisesse uma vaga na faculdade, você tinha que matar um japonês".

sexta-feira, novembro 26, 2004

Aposto que era japonês quem ficou em primeiro.
Eu troco e-mails com a :Dani, minha amiga, que está no segundo ano de psicologia da faculdade que eu passei. Na verdade é mais ela que me manda e-mails e mantém a amizadade bem viva, eu sou meio desleixado, admito. Olhem o último que ela me mandou:

É Vitor... Deus te ama mesmo, tah sabendo q passou em 2º
lugar???? Pois eh...hehehehe.... Parabéns de novo! A lista
com a classificação geral por curso saiu hj aki na Unisal, no
site acho q naum tem. =)
E olha só... vai se acostumando com a mulherada... é assim
msm. Na minha sala, no inicio do ano tinha uns 7 "homens",
agora são só 4, e o resto tudo mulher...hehehe.
Boa sorte no vest que ainda falta pra vc.
Bjnhos =***
Dani.


Bem, Dani, agora eu tô feliz pra caramba! E você não ligou de ter postado isso aqui, né? Tomei a liberdade... Obrigado, amiga!!! Te adoro! (não por causa disso, da notícia, mas por causa de ti mesmo. É a minha amiga mais atenciosa! ;)

quinta-feira, novembro 25, 2004

Sobre idéias

[editado]
É horrível ter uma idéia que alguém já teve. Primeiro, porque sempre tem um chato que não acredita em você; segundo, porque você pode ter visto algo por aí, esquecido que viu e seu cérebro repensar o assunto te enganando que é idéia sua.

Terceiros, a sua idéia pode ser totalmente impossível e boba (inicialmente você a acha um máximo, depois percebe). Ou, a sua idéia pode ser roubada e registrada por quem já tem dinheiro. Ou então, você pode contar a sua idéia à toa, por cair em ciladas de alguma conversa, e acabar perdendo qualquer espécie de paternidade que tinha sobre esse seu rebento. Tudo por causa do espalhar dos faladeiros. A sua idéia pode, um dia, de repente, aparecer no noticiário, é de outro alguém. Essa pessoa teve a mesma idéia e soube melhor lidar com ela, colocando-a em prática antes de você. Enfim, uma caralhada pilha de coisas.

Mas a sua idéia pode dar certo! Não desista, Vitor (eu). Algum dia, alguma idéia sua vai... quem sabe? O que a gente acaba descobrindo é que, melhor do que as idéias, são as realizações delas. É como se a idéia fosse o papel, e a realização, o poema que é escrito nele, o que encanta de verdade. Entretanto não são infelizes as pessoas que têm em suas idéias algum dos citados a cima; infelizes mesmo são aquelas que já não têm mais idéias.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Quando for escrever meu livro...

Vai ter um parágrafo assim:
Aqui, quando estou falando com vocês no livro, eu respeito as normas da gramática o melhor que eu posso, o tanto de regras que consigo resgatar da cachola; se eu termino uma frase com três pontos... A letra que segue é maiúscula como manda a lei e como corrigiu o meu editor. Mas, quando os meus personagens estão falando, nada de regras. Eles falam do jeito deles, livres como passarinhos. Se querem inventar palavras, e isso sempre surge naturalmente, as inventam e as repetem quantas vezes os seus pensamentos solicitam o uso delas para se comunicarem na linguagem geral da escrita. Se um personagem disser: "Eu amo-la como nunca amei ninguém", assim será gravado; foi o que ele disse! Nada me dá o direito de distorcer as falas e eu nunca mataria o modo de falar deles por causa da norma. É lógico.
O blog não vai ficar com essa "cor" muito tempo, certamente. Vou deixar essa variação do leiaute para a página de arquivos. Preto-e-branco combina bem mais com o passado, com as lembranças...

terça-feira, novembro 23, 2004

sexta-feira, novembro 19, 2004

Volto na segunda-feira.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Porra. Esquece tudo o que eu disse. Eu cresci e o tarde já não é mais às 10 da noite.
Era um puta bairro tranqüilo, a gente brincava na rua. Mas só tem casão (o que não é o caso da minha moradia), gente metida a besta (é o meu caso?). A TV sempre mostrou violência, violência, violência. E o pessoal parou de sair na rua à noite. Pouca gente ne rua = rua menos segura. Uma coisa puxou a outra e cá estamos. Um deserto noturno. Hoje há assaltos.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Carallo, eu curto The Darkness.

Bem...

*Vide comentário do Lucas, post abaixo.

Bem, Lucas... Da mesma maneira que você diz: "Vitão, sempre com novidades", eu digo: "Pablão, sempre com novidades...". Digamos assim: numa hierarquia de aprendizes, ele seria o seu mestre, não eu. =)

terça-feira, novembro 16, 2004

Testando o plugin de postar pelo miranda-im.

segunda-feira, novembro 15, 2004

Post grande

Eu queria escrever posts legíveis, não essas coisas imensas, mas não tem como dizer esses pensamentos em poucas palavras ou botar o post em capítulos. Aí fica esse saco que é ficar muito tempo em uma página. Acaba totalmente com a dinâmica que da internet. Principalmente para a maioria do público da nossa idade.

Você abre o msn e fica gerenciando uma conversa com mil neguinhos. Ao mesmo que fica visitando e comentando nos fotologs dos mil neguinhos e vendo páginas que eles falam para você entrar ou e-mails que eles avisam que te mandaram. É sempre tudo de uma vez. Abre página, fecha página, abre conversa, fecha conversa, salta de um assunto para outro como se passa pelos degrais de uma escada.

Ler post grande é mais ou menos que nem missa. Você não tem vontade de ir, você acha chato, mas quando você vai, você leva o tempo todo por lá numa boa e não se arrepende.

Apelativo, eu?!
Segundo o Daniel, o post "hormônios" que praticamente ninguém leu, me definiu muito bem. Eu achei que estava contraditório.
Tem MUITA foto do encontro no fotolog, vá ver!
Ah, lógico. Para vocês que adoram saber da minha vida, eu beijei na boca.
...E esse feriado foi o melhor do ano. Festa em casa, festa lá fora...

domingo, novembro 14, 2004

Inglês - msn

T@e: vitor, traduz issu---> The good that men do is oft interred with their bones; but The Evil That Men Do lives on.
vitor: O bem dos homens está enterrado com seus bonés, mas o mau daquele homem para a vida está ligado.

sábado, novembro 13, 2004

Hormônios

Voltando da aula com o Zé, resolvi perguntar se ele não queria para ali na casa do D. para a gente ficar conversando um pouco. Eu queria ver sobre a minha ida à Lorena, para um vestibular que vou fazer domingo agora (*esse vestibular já foi feito), visto que o D. estuda na universidade. Saber quais ônibus pegar, blablablá. No final o próprio Zé se antecipou à resposta que pedi ao D. e me informou. Mas foi bom ter parado ali e também não foi.

Bom por ver o D., amigão do colegial e uns dos poucos amigoamigo que tenho nessa cidade. Sair na rua e conversar com quem gostamos é viver e deixar um pouco de só existir, além de ser um prazer. O grupo de rapazes na calçada, dois com suas bicicletas por estarem voltando da aula, eram: Eu, Zé, D. e irmão do D.

O lado ruim. Bem, eu quase não falei na nossa conversa. Eu já tenho uma tendência a ficar mais calado em grupos e não que eu esteja viajando o tempo todo, seja tímido... não é isso; muitas vezes percebo que estou mais concentrado no assunto do que os próprios argumentantes que, falando, viajam às vezes. Eu tenho um certo prazer por "gerenciar" a conversa, mesmo que só para mim. Ver quando um assunto foi cortado por um outro que passou com "um shortinho" do outro lado da calçada em frente à padaria, ver qual assunto era esse. Lembrar dele para voltarmos com a conversa caso a distração vire na primeira esquina e venha a clássica pergunta após interrupções: "Do que a gente tava falando mesmo?". Bem, o Vitor lembra. O desgraçado do Vitor sempre lembra! E costuma ser aí que eu entro mais nos diálogos e meus pensamentos têm a chance de se transformarem em comentários espontâneos (bons ou infelizes, mas, se infeliz, a galera "paga um sapo" da sua cara, damos uns risos e "de boa", sossegado - quase nunca encano com gafes, pelo menos na hora, entre amigos; na hora até entendo o erro, mas vou perceber a gravidade dele um tempo depois. Medir seu tamanho? Só depois). Ainda não apresentei o lado ruim. Vamos lá.

Cada distração que passa, seja longe, dentro de carro, com o pai do lado (namorado "a gente" finge que não viu e depois comenta), numa moto ou num par de havaianas, vira tema eminente das conversações da roda. Homens, lembre-se agora do termo: homens. É incrível, não perdoam uma! e deixam menos de 10% do tempo juntos para falar em outras coisas: "quem vai levar a cerveja para ver o jogo hoje à noite". Nessas horas, quando as desfilantes invadem a conversa, 90%, eu sempre fico mudo, vejo de fora, sabe como é? Eu não sei por que, mas não estou nem aí para isso, ao mesmo tempo que estou totalmente amarrado nisso. Se não fossem eles, se eu estivesse com pessoas como eu, daria uma olhada ou outra com a maior finalidade de descobrir se eu conhecia a pessoa, para enfim cumprimenta-la caso se demonstrasse estar de "conhecido" para cima. Uma ou outra que chamasse mais a atenção me faria olha-la de costas, se afastando. Nunca fui de olhar para bunda de mulher, mas de um tempo para cá, antes que perceba, meus olhos já caíram em decotes ou cofrinhos; curvilíneos virtuosos ou demonstrações de peças íntimas - principalmente no colégio.

Ah, eu tirei a pérola "curvilíneos virtuosos" de uma propaganda da TV, dessas da polishop, ligue e compre, entregamos na sua casa. Era um sutiã de silicone que se você apertasse mais seus seios com plugger apertator 2 mil e trinta, que só aquele sutiã tem, você poderia passar os seus seios de "sex esportivos" para "curvilíneos virtuosos". Claro que isso narrado com a aquela voz clássica do locutor que consegue dizer 20 palavras onde cabem duas.

Parece que quando a gente vai crescendo, os hormônios vão subindo a cabeça e não param. Cada um que consegue chegar ao topo, joga a corda para outro, que por sua vez, quando chegar, jogará para outro, esse para outro e para outro. Pelo que vemos, os meus olhos já foram totalmente invadidos. Meu cérebro mal consegue deter um mergulho numa curva feminina ousada por causa desses hormônios que contam a comunicação do raciocínio-lógico com os glóbulos oculares. O pior é quando o inevitável acontece e depois de grande constrangimento você consegue voltar os olhos para o rosto da sua amiga que não sei porquê veio com aquela maldita roupa, ela começa a querer arrumar, querer tapar mais a pele com aquele mesmo pedaço de pano que tinha antes, como se fosse possível. Elas acreditam que o pano vai se esticar e cobri-las, mas no final, continua tudo igualzinho e isso só faz pairar no ar uma cara de indiferença meio forçada por um certo tempo. Esse ato de tentar se mostrar menos é ineficaz, sempre faz com que elas se mostrem mais durante a frustrada arrumada do que se não houvesse a tentativa. Os hormônios, desgraçados irregressíveis, fazem a mais badalada das festas nos meus olhos, batem palma, gritam: "tira, tira, tira, tira..." e alvoroçados assim, ficam impossíveis deter.

Era eu, o Zé, o D. e o irmão do D. O irmão do D. é mais velho, deve ter uns 25 anos (para não dizer 24) e nós sabemos que o filho da puta -- não há outra definição, perdão -- leva para a cama todas as meninas com quem ele fica. Agora ele tá namorando, indo pra cama com menos luta e é só isso que muda: poupa esforços. O D. é o que podemos dizer de o cara mais bonito da cidade. São incríveis as propostas que ele recebe, já presenciei mais de uma na cara-dura. Mas ele tem namorada, não é como o irmão, é mais sossegado, tem minha idade, 18, ainda não transa. O Zé já "mandou", por assim dizer, umas 3 ou 5 vezes aí, pelo menos até o último papo (isso deve fazer um mês) sobre a vida penetrativa dele. Eu? Eu aos 16 dei meu primeiro beijo, rolou num carnaval, mais de um dia, aos também 16 conheci outra menina, muita água já tinha rolado na minha vida (estava naquela fase do segundo ano colegial onde cada mês tem o valor de um ano) e namorei, namorei por dez longos, maravilhosos e deliciosos mêses. Bem, esses dez meses terminaram faz um ano e meio já, exatamente um ano e meio, e por lá ficou o meu último beijo. Na minha segunda garota, dizendo assim, mas sem querer faltar com prezo a ninguém.

Voltando à conversa. A coisa mais difícil era me ver falar ao passar uma garota: "Nossa, você viu?". Mas ultimamente, convivendo com esse pessoal ou seja pelo simples fato de estar ficando mais velho, eu falo sim. E falei hoje, aliás. Nessa aula da tarde que fui com o Zé. A menina mais... não vou falar rabuda(rabo bom) como eles falam porque eu nunca falaria isso, mas digamos aquela menina (agora eu vou escrachar porque eu pensei assim mesmo e não "lembrei como os meus amigos dizem") aquela menina que já deve ter ganhado pelo menos uma homenagem na casa de cada um dos portadores de testosterona do colégio, entendem? Sei que sim. E, se não, você é muito puro(a). Eu já a homenageei, revelo. E até sonhei com a danada-de-bonita uma vez, um sonho erótico, lógico ótimo. Aliás, acho que foi o último sonho de estar fazendo sexo que eu tive. Nossa, faz tempo! Não foi o melhor, acho que nenhum vai bater aquele meu, após ver um vídeoclip da Madonna quando eu tinha 13/14 anos. Ah, como foi bom! Mas voltando, então. Hoje mesmo eu comentei sobre mulher, da "maneira homem": "Maldita calça de ginástica enfiada, maldita!" A melhor bunda de um colégio de mais de 4 mil alunos vestindo aquilo. Não há hormônio ocular que não faça a festa, bata palmas e te distraia o tempo todo. Comentei com o Zé, e ele me disse que nos olhos dele teve festa também.

Nós quatro na calçada, hoje, vendo as meninas da tarde na cidade. Eu não consigo comentar e me aderir a eles nos comentários, simplesmente porque eu não penso isso. Eu sempre olho, primeiramente e depende da roupa, para uma menina como se ela fosse um ser humano; eles, todas as vezes, independente da roupa, identificado o sexo feminino, olham para elas como fêmeas prontas para o abate, e seus imaginários conseguem passear por cada cursa avista, olhos que têm a sede de um deserto. Eu não consigo olhar para uma menina assim, logo de cara. Inerte num grupo como esse é mais fácil, sempre acontece, lógico, está todo mundo falando disso. Mas não é o meu natural. Olho primeiramente para o rosto que é o mais importante. Pode ser gente conhecida que venha a trocar contigo algum sorriso seguido de cumprimento. Se estou natural, passeando pela rua, nunca olho para trás, para ver a bunda da garota. Minto nesse nunca, olhem só: Se há homens por perto e eles olham, eu pego e olho também. Não sei o que me faz agir assim. Talvez seja um tipo afirmação: eu sou tão macho quanto vocês. Ou então, se há homens, mesmo que não tenham olhado, eu pego e olho (mas assim é só as vezes): "Olhe, eu sou macho. Eu olhei, vocês não". Só pode ser isso. Não é de mim olhar para qualquer garota que tenha bunda boa na rua e morder os lábios. Não é.

Pareço tranqüilo dizendo tudo isso, mas não sou/estou. Eu queria ser como os meus amigos, sabe? Saber os nomes das meninas da cidade, ir nas baladas, ficar. Curtir mais isso. Curtir mais o contato corporal que tanto satisfaz essa época da vida. Me incluir no circuito. Fico é deprimido por estar encostado no meu mundinho solitário, onde fico esperando algo acontecer. Eu, tomar atitude em relação a garotas? Muito difícil, viram aí, uns posts abaixo, eu sou um Poetinha. Um maldito de um poetinha. Mas eu vou falar mais coisas que eu um poetinha faz. Vou falar.

O poetinha fica lá, meio sem graça entre os amigos que falam bastante de mulher. Ele é do tipo de cara que pode ter uma mulher na roda de conversa, pode não ter, ele fala igual, puxaria os mesmos assuntos. Só quando ele está falando sozinho com um amigo que ele vai dizer das coisas sexuais da vida dele. De resto... costuma reclamar que a maré tá foda, que a maré tá brava, que não fica com ninguém, nunca mais beijou na boca... Mas no fundo não está nem aí para isso. Se estivesse, faria alguma coisa. Ele quer mesmo é ficar no banho-maria.

Bem, o cara fica lá todo sem jeito com os amigos e tals, não sabe o que falar, não fala. Aí ele chega em casa, não tem ninguém em casa, vai para o computador e tem "alguns e-mails", vídeos novos que ele baixou, fotos de mulher pelada. Ela já fica de pau duro. Faz uns esquemas com a cueca e se masturba vendo as imagens que turbilham seus instintos. Quando acaba, no mesmo segundo o pinto já ficou mole. As imagens são vistas como se sua mãe estivesse do lado, você odeia ter se melado e vai tomar banho irritado com isso, você morre de preguiça de se limpar.

Hoje eu conversei muito mais mudo do que qualquer outra coisa com o pessoal. Aliás eu entrei no papo quando o irmão do D. falava da A. L., estava explicando como ela era e eu falei: "Ah, eu sei quem é! Estudou no meu colégio?". Ele: "É, isso mesmo. Ela mesma! Linda, né? Então... Uma vez ela tava com uma saia e sentou na minha frente... blablablá". Eram tantos comentários de mulheres que eu nem teria visto passar, mesmo se comigo elas trombassem, mulheres que eu nunca as teria enxergado sob o ponto de vista sexual, que eu me sentia mal. Cheguei agora em casa e fui chegar os e-mails, tinha recebido um power point de mulher pelada: "Só as melhores". Bem, eu já estava com esse texto na cabeça. Mas fui ver, eu nunca resisto para deixar para depois. Eu TENHO que ver! Bem, deu vontade de chorar. Eu não malho, sou magrelo. Não saio para as baladas, odeio. Não invisto com vontade em nenhuma garota. E quando eu chego em casa vou para a tela do computador ver as tops da beleza corporal e me masturbo? Que grande bosta! Por que eu faço isso? Se eu não falo homemente de mulheres... Se eu me perco nas conversas sobre elas... Se eu digo que estereotipo é uma coisa idiota... Por que eu venho aqui e vejo as rainhas do estereotipo? É certo, científico que esse negócio do estereotipo é meio falcatrua. O ser humano tem uma tendência instintiva de escolher mulheres com coxas grossas, bumbum farto, lábios carnudos, bons seios e silhueta porque foi nessas mulheres que houve um melhor desenvolvimento dos hormônios na fase da puberdade e são elas as que melhor gerarão filhos para a espécie. A espécie as seleciona.

Eu quis mesmo chorar quando vis as toptop peladonas na minha frente. Mas que negócio difícil que foi. Cara, o que eu sou? O que eu sou, hein! No fundo, estou falando de meninos em geral, todo mundo é meio assim que nem eu. Todo mundo vem pro micro algumas vezes na semana, ver mulher pelada; olha e fala das meninas só porque tem outros machos por perto; todo mundo queria ser mais garanhão e virar um cara que sabe curtir bem as baladas. Querer entrar no circuito. Sair ficando; ter uma namorada. No fundo são todos assim.

quinta-feira, novembro 11, 2004

F £ ï n k: falae bonitao
vitor: aê, flink!! Beleza?
vitor: http://caflog.blogspot.com
F £ ï n k: caflog??
F £ ï n k: mas q isso??
vitor: click e veja!
F £ ï n k: vc é um marqueteiro barato!!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Puta merda. A Valéria leu o post 4encontros, tomei tapas na aula hoje.

terça-feira, novembro 09, 2004

Caríssimo Lucas, Amigão,

É conurbação e não conturbação.

Vamos fugir

O nosso amor ainda está nascendo, é uma gangorra.
O nosso ainda primeiro beijo está bem acima de nós dois.
É esticar a mão e apanhá-lo.
Estamos na gangorra e sabemos disso. E tentamos alcançar o que está acima de nós.
Não conseguimos.

Mas não desistimos!
Resistimos e tentamos outra vez, outra, e outra.
Tenho medo de acabarmos nos cansando de tudo isso.
Na gangorra, quando um está em cima, bem pertinho do beijo, desejo...
o outro está embaixo e parece não desejar.
Mas também vejo que eu
quero mais do que
Você que não aceita o novo sentido em que está batendo o seu coração!
Me empurro com toda vontade, chego bem perto,
mesmo cometendo erros no caminho.

São esses erros que fazem do nosso amor
a mais nova e a mais velha gangorra do playground juvenil.
Esses erros que fazem com que, quando esteja perto dos seus lábios, preparado para beija-los,
você esteja longe dos meus e totalmente despreparada.
Com você também acontece isso, às vezes está próxima de um eu longe e despreparado.

Não estou só a me empurrar. Às vezes os meus amigos tentam ajudar
a subir, mas as suas amigas também
te ajudam nisso
do outro lado
E ambas as forças se anulam.

Tenho medo que a gangorra se parta
Esse começo de amor terminar.

Mas que se parta a gangorra e que esse amor termine! Estamos cansados (ai... se não fosse esse N). Um novo nascerá. Ou esse estará transformado em outra coisa. Eu sei que, se essa gangorra um dia terminar, a nossa proximidade trará algo novo e parecido para nós. Não sei se melhor ou se pior, mas eu te convidarei assim um dia, exatamente assim: "Vamos parar com tudo isso, vamos tentar de verdade. Me dê a mão e vamos para um brinquedo melhor, onde não haja amigos que errando a intenção nos atrapalhem, onde só haja nós dois, para onde estejamos sempre indo juntos, no mesmo sentido. Venha. Preciso do meu sorriso completado assim como você precisa que eu complete esse seu. Ah, como você é linda".

segunda-feira, novembro 08, 2004

Te ouvir cantar me faz sempre imaginar
que um dia vamos fugir desse lugar
para onde haja um tobogã
onde a gente escorregue

1337

Faz uma caralhada de tempo que o Rubens não atualiza o blog dele, mas toda vez que eu entro lá (uma vez por duas semanas) para ver tem algo novo, eu leio o último post, o Quanto a pessoas tentando dar explicação por invadir blogs dos outros.... É ótimo, fantástico, uma obra-prima do humor de, quando entre amigos, ficamos conversando até altas horas da madrugada.

domingo, novembro 07, 2004

ctrl+alt+fotolog

A imagem ainda não abriu - talvez nem váEu tinha pensado em deixar esse post grande, 4encontros, como o último postado, até que ele tivesse comentários de 5 pessoas diferentes. Mas eu sei que ler post grande é meio "trabalhoso" (coloquei as áspas no lugar errado) ...ler post grande é "meio" trabalhoso.

Ao contrário de ler posts assim, ver fotos na internet não requer nenhum esforço. Você olha e pronto. Nem precisa se dar ao luxo de ler a descrição. Pensando nisso e fazendo um contraste com o blog, troquei o layout do ctrl+alt+fotolog e postei umas fotinhas por lá, vão ver. É bem mais fácil e bem rápido do que ler o post abaixo, eu garanto. Vocês também garantem! Até o Inmetro garante!

sexta-feira, novembro 05, 2004

4encontros

Poxa, que semana braba! Mesmo que tendo um dia de feriado. Aulas à tarde para fechar a apostila, o começo da revisão, inscrições para o vestibular correndo, palestras à noite, indo e vindo de Guará de bicicleta (duas vezes por dia), sempre em cima da hora, nenhuma folga. Hoje ainda tenho que ir ao banco, em dois, e depois ir para Lorena. Fazer o caminho que farei para a prova de domingo (melhor treinar para não ter a chance de me perder bem no dia). Deveria ir um pouco na igreja também. Amanhã acho que vai ter um post bem grande aqui. Abracetas!

Eu tinha escrito isso para postar hoje antes de ir a Lorena, mas a internet falhou. Saindo do micro fui aos bancos. Primeiro na CAIXA, para pagar um boleto da CAIXA que eu imprimi aqui, mas com um cheque não meu e de outro banco, não pude pagar. Tinha que ir no banco do cheque. Tinha entendido tudo errado, não era para eu ir aos bancos dos boletos, mas sim ao banco dos cheques que eu tinha. Aconteceu uma coisa tão gostosa na CAIXA depois de ter esperando aquele tempo lá dentro. Estava na fila e moça do caixa, que deveria ter uns 25 anos, era linda, na flor da idade, foi quem me chamou para ser atendido; falei o que queria e ela me informou que eu não poderia pagar o boleto por o cheque não estar no meu nome e completou exatamente assim para a minha surpresa: "Vitor, vai na Nossa-Caixa que os seus cheques são de lá e lá você pode pagar os dois boletos". Uma graça essa caixa, me achei tão bem atendido, sorrisos, que quase disse isso na frente de todos que reclamavam a demora na fila, mas proferi somente um obrigado, curto e também sorridente. Ela tinha visto no boleto o meu nome e me chamou por ele. Fez com que eu me sentisse ótimo!

Boletos pagos no outro banco, fui para a rodoviária e, antes que pudesse dar por mim, já estava esperando o ônibus para Lorena. Um ônibus que vinha de Taubaté (confuso por causa disso, quase peguei um outro que estava indo para Taubaté e não Vindo) um ônibus que vinha de Taubaté, passaria por Aparecida (aqui), Guaratinguetá e chegando em Lorena finalmente. Essas últimas três cidades são conurbadas nessa ordem (procure por conurbação). Tive uma surpresa loira de um metro e sessenta, rosto limpo, simpatia encantadora e um corpo lindo que dessa vez eu não reparei e nem observei por um mínimo segundo sequer, mas sei que ela tem. No post "Hormônios" que eu vou postar aqui, vocês irão entender porque estou dizendo isso. É, eu não reparei no corpo dela, como sempre com quaisquer outras garotas; conversamos, matamos a saudade dos tempos do terceiro ano, dos tempos em que vínhamos juntos de escolar para as nossas casas, dos tempos de contato diário. Ê, Bruninha! ...Ela vinha de Taubaté mesmo, desceu do ônibus que era o que eu estava esperando. Está cursando enfermagem e até me lembrou que eu a ajudara a escolher esse curso (não lembrava MESMO). Lembro até que eu falei que ela, loira, olhos claros, naquela roupinha branca, vestida de enfermeira... e não concluí a frase fazendo apenas um “Hummm” e ela me deu um tapinha no braço falando alguma coisa mais o meu nome. A mocinha já está fazendo estágio nesse primeiro ano de faculdade e decidiu que quer ser médica. Se ela terminar o curso de enfermagem antes de entrar em medicina, vai eliminar uma pê de matérias desse próximo que são as mesmas desse de agora. Fóra que as aulas seriam exatamente iguais, seria na mesma faculdade e com os mesmo professores. A conversa foi bem curta pois eu tinha que zarpar, o motorista me olhou com aquela cara: "Vai ficar falando com amiga linda ou vai entrar logo no ônibus!?". Entrei no ônibus. (tá bom, Felipe Primô; sei que você ficaria falando com a amiga linda e nem tchum para motorista, ônibus...)

Perguntei para o motorista se ele sabia onde era a UNISAL, a faculdade; ele não fazia a mínima idéia. Como eu já tinha ido lá duas vezes, uma no mês passado e outra no ano passado, sabia mais ou menos onde era, se fosse olhando dava para saber se estava perto, se viesse o prédio antigão então!, estaria completada a missão de aprender a chegar com o agente (eu) sorrindo. Faltaria a de aprender a voltar, apenas. Para a minha terceira alegria do dia, havia uma menina com muita pinta de universitária que entrou no ônibus no meio do caminho entre Aparecida-Lorena, acreditei que ela estivesse indo para o mesmo destino que eu. Mais tarde descobri que sim. Voltando, ela passou por mim e se sentou mais atrás. Já em Lorena, eu procurando o prédio da faculdade com olhos em estado de alerta; a universitária vai até a frente (eu estava na primeira cadeira, de onde se tem uma visão mais ampla), e pede para o motorista parar no próximo ponto, um tanto antes de chegar à rodoviária, destino final, acredito eu. Pergunto se ela estava indo para a UNISAL, ela estava. Expliquei que eu era caipira e estava meio perdido. Ela me guiou até a porta do prédio e andou um pouco mais virar num corredor que a levaria até a sua sala de aula de Espanhol, enquanto eu ficava na recepção. No caminho ela me contou que no primeiro dia de aula, ela também não sabia como chegar na faculdade e que fez a mesma coisa que eu, só que com o contrário de sorte. Imaginem, ela perguntou para um grupo de veteranos como faria para chegar a facul; isso no Primeiro dia de aula! Foi tomando trote do ponto até a entrada da instituição. Ô meu Deus! Ela cursa direito à noite, está no terceiro ano já, faz também esse cursinho de espanhol e se chama Patrícia. Eu me chamo Vitor. Na verdade ela estava voltando hoje para as aulas de Espanhol, tinha uns dois meses que não ia. Voltou para me guiar.

Fui à secretaria, peguei uma prova do ano passado (Resolvi a de português agora, só acertei metade - música tema para o vestibular do Vitor: Segura na mão de Deus, Segura na mão de Deus e vai...). Feito só isso e tinha que voltar para a casa agora. Fui indicado por quem me atendeu na secretaria a pegar o ônibus para Guaratinguetá no mesmo ponto em que eu descera ali em Lorena, para depois em Guará pegar um para Aparecida . Não foi bem o que eu fiz.

Fui lá ao ponto. Uma cidade nova para mim, uma cidade do interior e pouco desenvolvida. Tinha a clássica praça na minha frente, observei aquele espaço público com prazer. Toda cidade do interior tem a sua praça. Não que as outras não tenham, mas essas outras, essas grandes cidades, tem sempre mais de uma praça e se, por exemplo, você for visitar um amigo em São Paulo, se perder e ligar para ele dizendo: "Eu tô na praça, Pablo", que seria, no caso, o mesmo de dizer: "Estou no MacDolnads, Pablo", é muito diferente de, se amigo vier te visitar no interior, dizer: "Eu tô na praça, Vitor". Responderia rapidamente: "Espera aí que eu tô indo te pegar, Cumpadi!". E falaria em casa para todos, como em toda casa do mundo: "O Pablo chegou! Vamos pegar ele! Ele está na praça. Vamos!"

Cheguei em Guaratinguetá e passei pelo ponto de Aparecida, mas não era para eu ir já para casa. Fui tomar um caldo de cana: "Vê um de 1 real pra mim, fais favor". Como isso é bom, né? Gaitorade caipira! Já tinha decidido visitar a Mariana antes de passar pelo ponto de Aparecida e, logo, antes de dizer obrigado ao homem do carrinho de garapa (caldo de cana). Lá fui eu. A Má está terminando o primeiro ano de direito, diferente da Patrícia (do ônibus) que está no terceiro, e está de manhã, diferente da Patrícia (do ônibus) que está à noite. Eu queria matar a saudade, somos ótimos amigos, não tinha ainda falado que ia prestar na faculdade dela. Queria ficar conversando e ouvido a mãe dela insistido para eu comer um pão porque “eu tô muito magrinho” e aceitando o alimento, lógico. Pão com manteiga e copo d'água (nem vem, é bom!) porque eu não gosto de leite.

Mas a Má não estava em casa. Tinha ido ao dentista, de carro (eu e meus amigos já dirigimos, viva!) e, poxa, o dentista dela é do ladinho da UNISAL em Lorena. Eu podia ter ido com ela? Na verdade não, tinha que ir de ônibus para aprender o caminho, tinha que ter encontrado a Bruna, loira enfermeira uma gracinha linda e amigona! Ainda após ter encontrado a primeira moça do dia que foi a caixa 25 anos da CAIXA. Fiquei lá um pouco de 5 minutos conversando com a mãe da Má. Muito legal a mãe da Má. Quando estava me despedindo dela, para minha quarta surpresa feminina do dia, aparece quem? Quem aparece de carro? Parando bem pertinho de nós para me dar carona? Quem? A minha prima lindíssima de 23 anos que está na UNESP (não lembro que curso faz), mas todos sabem que ela é tão maravilhosa quando a moça do caixa da CAIXA, quanto a Bruna! A Patrícia, moça do ônibus, minha guia, também era bonita, mas meio desanimada, o que não tirava a sua simpatia, mas ela não tinha a tal magnitude estética das três já ditas. Eu falei que a Mariana é loira, alta, dos olhos azuis?

Foi uma delícia ter vindo embora de carro para casa. Fechou os encontros com beldades com chave de ouro. Eu só queria que um dia a Cecília, minha prima, parasse assim para me pegar de carro, na porta da minha escola. Só para me gabar com os meus amigos e fazer um certo “ciuminho” na Valéria, que nem ela teve ontem à noite quando eu estava conversando com a Noeli, matando essa saudade da minha amiga morena dos olhos azuis. A Vá estava com uma cara que me fez pensar que estava com ciúmes. Sabe aquela indiferença forçada? Talvez tenha sido só impressão.

Conversas de irmã mais velha com irmão mais novo são as que eu tenho com a minha prima. Ela é a irmã mais velha que eu nunca tive. Lembro que quando numa brincadeira com o meu irmão, mais novo, tirei três dentes de leite dele que ficaram junto com um pouco de sangue no tapete da sala e ainda entortei o seu nariz; minha mãe tinha ido leva-lo desesperada ao hospital, não fui junto pois ia tomar tempo fechar a casa e a minha prima veio dar-me apoio em meio aos prantos em que eu me encontrava por ter sido o causador daquilo. Além de desesperado como a minha mãe, puto comigo tamanha a burrice que havia cometido como o meu irmão estava, ainda tinha o rasgante sentimento de culpa. Tinha uns 14 e a Cecília com uns 19 me amparou num momento onde isso não poderia ter sido mais importante.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Vocês viram que o ctrl+alt+textos perdeu o lugar de segundo item do menu aí em cima?
http://mary_lost.blogspot.com/ - um blog inspirador!

terça-feira, novembro 02, 2004

Porra, eu sou um poetinha.
Esse post que segue foi descoberto aqui e retirado daqui, não tenho nenhum crétido. Só o de ladrão.

Os Poetinhas

Quem realmente são?
O que pretendem? Invadir o planeta e matar de raiva todas as mulheres que se interessam por eles?
Como identificá-los?
Qual a Profilaxia?

Bom, existem várias vertentes de poetinhas. É inútil estudar todas pois elas acabam convergindo numa mesma coisa. Precisamos apenas saber algumas características básicas que são comuns a todos eles e nos permitem identificá-los sem grandes dificuldades.

Tá vendo aquele garoto ali encostado na parede, com a mão no bolso, calça larga, estilo moderninho, indiezinho, atualzinho, de all star e pinta de ursinho bonzinho? É....provavelmente ele é um poetinha...

Ao contrário do que vcs devem estar pensando, o poetinha não é só aquele que faz poesias. Ser poetinha é muito mais do que supõe a nossa doce e vã filosofia...

Os poetinhas são tímidos. Principalmente, quando o assunto é mulher. Eles são bastante sistemáticos e até falam bastante (mas fazem muito pouco). Os poetinhas gostam de cinema e de música e adoram falar sobre esses assuntos. São inteligentes e um tanto cults. Costumam chamar meninas inocentes para acompanhá-los ao cinema para ver um filme... e outro filme... e outro... e nada!!!!

99% dos poetinhas fazem parte de alguma banda ou tocam algum instrumento (e isto os deixam ainda mais cobiçados). Porém, a especialidade deles é fazer, nós mulheres, perdermos tempo (muito tempo mesmo), energia, maquiagem, desodorante, perfume, papo... tudo para atacá-los e... tchan tchan tchan tchan... nada! É uma verdadeira labuta!!! A missão de conquistar um poetinha é pior do que cortar cana embaixo do sol de 40 graus, pisar cacau e catar café... Que suor!!!!!

Os poetinhas são complexos. Fazem entender que vc tem alguma chance de conquistá-los (mesmo que remota) e de novo... nada... é um saco!!!! Eles cansam a beleza de qualquer mulher, seja a minha ou a da Madonna pelada!!!!!

Profilaxia:
. Mantenha-se longe de rapazes com cara de ursinho bonzinho assexuado;

  Invista seriamente no alvo de seu objetivo por, no máximo, 3 semanas. Se no final não der em nada, comece a desconfiar... (verifique primeiro se o sujeito não tem namorada e nem ex-namorada em potencial - daquelas que voltam a qualquer momento) elas costumam estragar tudo...

  Se o tal alvo do seu objetivo, mencionado acima, chamá-la para ir ao cinema fique com os 2 olhos bem abertos. Se ele não tentar nada, dê mais uma lida com atenção neste post. Se vc descobrir ao final que realmente se trata de um poetinha, vire o papa-léguas...

segunda-feira, novembro 01, 2004

Eu estava pensando aqui

Quando eu postava antigamente, sempre escrevia mais de uma vez um post, levava mais de um dia. Caprichava mais. Bem, visto isso, vou deixar para postar o Vamos Fugir numa outra data. Refrescar a cabeça, mudar uma coisinha aqui e ali. Devagar, sossegado... Sem querer tanto postar, sem o escrever para postar. Vamos agora escrever para escrever.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....