sexta-feira, dezembro 31, 2004

Feliz ano que vem!

Antes de qualquer coisa, vamos discutir esse título. Por que raios insisto em dizer "Feliz ano que vem!" para todo mundo esse ano? Por que não o bom e velho "Feliz [número do próximo ano]"?

Eu queria fazer aqui no cab um negócio bem bonito ou bem criativo, mas não está sendo possível no momento por pura incompetência pessoal. Parece que esse ano eu fui brocha e não penetrei no clima de ano-novo. Bem, se clima não deu, pelo menos é inevitável não penetrar em 2005.

Dentre os e-mails de desejos positivos para a vida que tenho (e certamente vocês também) recebido, há um item em muitos presente: Seja você mesmo! Recentemente minha prima, 15 anos, passou um trote para o namorado dizendo ser uma tal de Cláudia. Não só pediu para uma amiga ligar para o avaliado, como também bater um papo com ele na internet exibindo a foto de uma modelo como sendo a aparência da tal bonitona inventada. Bem, o menino mandou bem inicialmente, ficou na dele e falou que tinha namorada. Mas no dia seguinte, quando chegou em casa de um lugar que tinha ido, trazendo consigo dois amigos, ligou primeiro para a Cláudia, olha só, e não para a minha prima que esperava a ligação. Bem, o pau comeu, mas bem pouco. Ele será perdoado. Isso tudo foi um ato mais preventivo causado por uma talvez insegurança presente na minha prima, para que quando alguma menina der em cima do namorado, ele se lembre desse ocorrido e pense que é apenas um teste novamente e não uma bênção dos céus; ou foi a pura falta do que fazer mesmo. No final, descobriu-se que a chuva de apontamentos gays a sua pessoa provinda da nuvem formada pelos dois amigos, foi a causa dele ter aberto o seu guarda-chuvinha do azar.

Ele foi ele mesmo? Eu digo que sim. Foi uma pessoa que se deixou levar pela influência, ou seja, ele mesmo. O fato é: ele mudou. Não sei se com esse exemplo inventado consegui dizer o que queria. Mas, se você pensar: "Nossa, se eu tivesse sido eu mesmo, eu não teria feito tal coisa" é menos legal do pensar: "Nossa, eu fui uma pessoa que me deixei influenciar. Quero mudar".

Em todo caso, se não tiver sentido nenhum o que foi dito aqui, se caí na falsa lógica do meu raciocínio, ou não:

Boas entradas!

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Dizem que é preciso pensamento positivo ao se aguardar o resultado do vestibular. Bem, eu fiz uma paródia bem positiva em cima de Eu sei que vou te amar do Vinícius de Moraes. Ficou assim:

Eu sei que vou passar
Eu sei que vou passar
por toda a minha garra eu vou passar

Por cada hora acordado eu vou passar
e tão tranqüilamente eu vou passar
E cada amigo meu virá pra me

dizer... eu vi, passô, tá lá
No topo da grande lista

Eu sei que vou chorar
A cada alternativa que eu pular
Mas cada chute novo a de acertar

Ê que essa errata tua transtornou!
Eu sei que vou sofrer
agora, mas depois vocês vão ver
quem foi que realmente se fudeu

traçou a sua vida.

Escrevendo

Então, Dona Liana. Olha pro cê vê. Eu estava programando postar aqui uma história de natal, aconteceu com a minha mãe. Já tinha até começado a digitar, tinha ido dois ou três parágrafos; e ontem, antes de ir dormir, resolvi imprimir o início que já tinha pronto para corrigi-lo e continuar a contar o resto da história a mão. Mas, veja você, menina, parece que eu gostei do negócio, sabe? Inventei um monte de coisas, botei um monte de personagens novos, altas imaginações que madrugaram na minha cabeça e ao mesmo tempo em que eu ia escrevendo era como se eu assistisse àquele "filme" todo pela primeira vez. Eu posso até dizer que foi uma experiência. E, ainda não tenho certeza, mas acho que eu escrevi o meu primeiro conto (que ainda está só no alicerce rascunhativo).

domingo, dezembro 26, 2004

Um blog para se amar


O blog das Garotas é para mim o quarto/escritório de três moças inteligentes e, como definir..., são moças "para se amar" como se diz no filme Alguém tem que ceder. O blog é um toptop entre os mais visitados. Clara McFly, Flá Wonka e Vivi Griswold se mostram Garotas responsáveis postando todo dia útil e transformando o conceito "blog" em trabalho. Trabalho cheiro de sabor, feito com prazer e vontade. O endereço delas na rede é uma casa onde moram as três escritoras. Uma república onde cada centímetro da habiatação é palavra, cada metro, um texto, cada parede, um painel de registros interessantes de se ler. O fato é que eu estou fazendo esse elogio para simplesmente indicar um texto da Vivi. Leiam o Minhas férias, está ótimo.

sábado, dezembro 25, 2004

Natal quebradeira

Eu ia escrever hoje uma história de natal, aconteceu com minha mãe, mas não vai dar... Varei a noite e não dormi até agora (17:40), joguei bola, caiu no vizinho, já pegamos, tomei três banhos por causa do calor e de jogar bola, ganhei um presente ótimo do Paulo meu primo, daqueles sem palavras mesmo, um ótimo do meu pai, mas tô com fome... Fica pra amanhã talvez, se houver tempo. Pois saíremos com uma família amiga, de São Paulo, que vem para cá justamente para essa atividade. Minha mensagem de natal? Aqui, eu omo vocês!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Desblogado

Há um tempo venho sentindo esse blog desblogado. Conclusões ilícitas da minha parte; admito. Mas não deixa de ter um fundo de verdade. Parece que eu parei de vibrar como eu vibrava, como está vibrando essa menina e pondo em seus posts o brilho que eu queria pôr nos meus; o brilho que eu sabia onde encontrar, que eu sabia usar quando eu não escrevia julgando o que estava sendo escrito. Antigamente eu postava, as pessoas comentavam, eu ia ao blog delas, eu lia os posts delas, comentava lá. Havia um círculo de amigos visitantes sendo visitados e isso está me faltando.

Quando você perde o brilho, você deixa de postar de verdade. Postar é a falar das coisas por querer falar delas. É reparar algo na rua, na TV, no seu quarto, nos seus sonhos e falar sobre, simplesmente. Saber falar sem nenhum sentimento de preocupação. Preocupação sempre estraga as coisas. Como estragamos momentos atuais por ficarmos pensando em momentos que nem aconteceram ainda, que ainda são espermatozóides no saco da vida. Acho que é mesmo a falta de círculo, a falta de comentar nos blogs dos outros, o sentimento de estar sozinho nessa área que foi o que fez escrever isso aqui após ler todos os posts da página principal desse blog, já citado a cima. Consegui escrever sem preocupações, graças a Deus. E escrevi ouvindo Gonzaguinha.
Antes de voltar a postar no blog eu fui atender alguém que estava mais abandonado, o fotolog, o ctrl+alt+fotolog.
Computador arrumado. Vitor voltando.

sábado, dezembro 18, 2004

no post1

Lucas lendo o post1 da série do sarau sobre a Palavra e me dizendo no msn:

"--.................? .....?
--.........! .....................! ....................?! ................ ."

(Ela) -- Você me comeria mesmo? Sério?
(Ele) -- Claro! Mas o Lucas nao pode saber! Não irás contar?! Seria melhor não.

[edit] Leiam o comentário do Lucas.

Em tempo

Eu tenho que admitir que foi grande erro não ter feito assim no texto que seguiu sobre a Palavra em capítulos: Recebi um e-mail certa vez que falava do poder dos palavrões... Aí entraria aqui o que eu escrevi sobre eles, foi plagio do e-mail o que eu fiz. Depois colocaria: Mas o e-mail só falou dos palavrões, há também a classe bem-educada das palavras.... E pronto teria sido tudo dito da maneira correta. Vou arrumar dessa forma a versão final que ficará salva no meu computador. E como não estou em casa, estou em São Paulo, na casa de grandes amigos, outro computador, muita preguiça da minha parte (real motivo), não vou arrumar o jeito que o texto foi aqui publicado. Lembrando que a parte do “Plageio Gonzaguinha” é puro plagio mesmo, nada meu.

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Sarau - post final

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 4 - último

Me desculpem, mas devemos também nos lembrar do poder da classe mal-educada das palavras: os palavrões. O que é mais definitivo do que um "nem fudendo"?, é incontestável. O que é maior do que "grande pra caralho"? "Muito grande" parece uma formiguinha perto de "grande pra caralho". Nada é mais indiferente do que um "foda-se". O que é mais exclamativo do que um espontâneo e bem dito "Merrrda"? (se for com sotaque caipira é uma delícia de dizer) O que é mais aceitador (de aceitar as coisas) do que um "Agora fudeu"?

Mas eu já falei palavrão pra cacete, vamos mudar um pouco, invertamos. Se de um lado temos as palavras mal educadas, do outro temos as bem educadas: O que é mais suplicante do que aquele "por favor" dito olhos nos olhos? O que um "com licença" dito suavemente não consegue mover? O que pode demonstrar melhor a sua gratidão do que um "muito obrigado" muito bem dito? Quais expressões são mais apropriadas para se começar uma conversa do que: Boa noite!; Bom dia!; Boa tarde! (de madrugada estamos dormindo como acreditam os nossos pais e não somos educados a nenhum cumprimento correspondente a esse horário). E, para encerrar, é com palavras educadas que eu os agradeço: Muito obrigado por me ouvirem, por virem aqui, por estarem aqui e pelas palmas que baterão, senhoras e senhores, moços e moças, e crianças que não prestaram atenção. Muito obrigado! Plageio Gonzaguinha, grande compositor popular (popular por retratar as coisas do povo), e digo que... Levo no tamanho desse abraço de vocês, um novo laço, um nó de aço, uma nova fé. Também levo no tamanho desse abraço, uma história nova no meu peito. Adeus, inté! (-lamentação dramática-: Eu não sabia como terminar, aí terminei com palavras de outra Pessoa)

-[Palmas]-

Ah, se educadamente eu os agradeço, mal criado eu exclamo: Eu consegui! Puta que paril! Fiz professores me aplaudirem! Vocês gostaram! Valeu.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Uma entrevista para rir bastante.

Sarau - Pé (post3)

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 3 - penúltimo



Que palavra lembra mais "chão" do que "pé"? Há palavras que são praticamente casadas.
Complete a frase:
Pé ____________.
Você responderá: Pé no chão!
Ou então, qualquer outra coisa, todas ligam "pé" à "chão":
Pé-de-muleque (muleque que vive encardido de chão)
Pé-de-goiaba (a árvore nada mais é do que um chão modificado pelo poder de uma semente)
Pé-na-bunda! (E você deu cara com o chão)
Pé-chato (o quê é mais achatado do que o chão?)
Pé-de-atleta (atleta que salta do chão, corre dele, mas nunca consegue se afastar, pois o chão está sempre aos seus pés)
Pé-de-pato (que na água não é notado, mas basta estar no chão, em terra firme, para ser fonte de riso gozador e alegrar os humorados)
Pé-na-estrada (e vamos empurrar e empurrar e empurrar chão com nossos tênis para nunca abandona-lo)

Enfim, uma caralhada de coi... Ops! continua

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Sarau - Frases (post2)

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 2

Frases

Na frase onde uma primeira palavra nos traz inúmeros significados, coloca-se uma segunda palavra. Essa nova definirá qual dos significados da primeira devemos escolher como sendo o que o autor quis dizer. A composição da primeira palavra mais a segunda, por sua vez, gera uma piscina imensa de significados. É chegada a vez da terceira palavra ser lida na frase. E essa terceira serve de trampolim para que mergulhemos na tal piscina de significados das primeiras palavras e de lá tiraremos o melhor significado que se encaixe com aterceira palavra. O mesmo ocorre com as frases. Uma frase dá o sentido da outra, uma página faz com que uma outra possa existir e assim possamos ter um... Livro, que poderá gerar outro livro, que poderá gerar em alguém a vontade de escrever o seu próprio livro. Uma coisa influencia a outra, as palavras se influenciam e acabam por influenciar nós mesmos. Às vezes, nos constroem, outras vezes, nos destroem; às vezes, nos formam, outras vezes, nos reformam; às vezes, nos enchem, outras vezes, nos esvaziam. Tudo por pensarmos através delas; foi como os nossos pais nos ensinaram. Nada é tão humano quanto a palavra, nada nos faz sentir mais em casa do que a palavra. Quando viajamos para longe, as palavras são ditas com sotaques diferentes, há palavras novas, estranhas, novas combinações também estranhas; mas basta ouvirmos alguém falando como se fala na nossa terra, para nos sentirmos em casa e termos carisma pela pessoa em questão, pois, a palavra, pode ser o mais forte dos laços.

domingo, dezembro 12, 2004

Sarau - A Palavra (post1)

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 1

Palavra

Minha mãe está fazendo um sarau com o tema Palavra. Olha só! Palavra. Algo que está presente mesmo quando está ausente. Lembram daquele capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas?
--.................? .....?
--.........! .....................! ....................?! ................ .
Diga-me se palavras não vieram à sua mente?

Mas a palavra, mais do que ter o poder de estar presente mesmo quando está ausente, pode ser algo além. Pode ser o que nos faz existir. Já pararam para pensar? Nunca filosofaram aquele clássico: Penso, logo existo? E nós pensamos com palavras; nomeamos com palavras cada coisa; carregamos de adjetivos pessoas que adoramos, odiamos ou somos indiferentes (na nossa língua maravilhosa temos palavra para tudo). Se pensar é sinônimo de existir e se nós pensamos em palavras, elas são engrenagens essenciais que movem as leis do universo e nos remetem verdadeiros nesse canto do espaço.
Só pensamos com palavras, já pararam para pensar?

Não se lembram de quando no curso de inglês, seus filhos, seus colegas ou nós mesmos exclamamos: "Nossa, eu pensei em inglês! Isso é fantástico"? E, se a nossa língua é maravilhosa pelo número de palavras, sonoridade e por muitas outras coisas, outras línguas não ficam atrás. Peguemos de exemplo o inglês: Que palavra traduz melhor o amor do que "Love"? Love, love, love! Mas eu sou brasileiro e bato o pé!, coloco uma palavra em pé de igualdade com o Love do inglês: Que palavra tem mais força, é mais ávida e profunda do que a palavra Paixão? Apaixonar-se, pronúncia que nos aponta inúmeras palavras, uma síntese perfeita! Dentro de apaixonar-se temos, por exemplo: derreter-se, entregar-se, dedicar-se, desejar, sofrer por, ...e encheríamos essa folha se continuássemos.
O "hoje" do post abaixo é na verdade "ontem". É que já passam da meia-noite, mas para mim o sábado ainda não acabou. Não importa o tanto que o relógio insista em me converser disso. Nunca dei bola para ele mesmo.
"A grafia deveria ser assim
Letras brancas em fundos pretos
Pois são as palavras que trazem
Luz aos nossos olhos
Uma a uma dão cor
Ao nosso pensamento
E não folhas de mínimo valor"

Vitor Bustamante

Essa foi, das minhas frases, a que a minha mãe escolheu para transformar em banner ("faixa") para pôr na parede da sala especialmente para o sarau que teve hoje aqui em casa. Gostaria de dividir com vocês.

sábado, dezembro 11, 2004

Ah, Vitor! Uma semana sem postar para voltar e ficar falando coisas óbvias? Vai dormir!
Nossa, fazia uma semana certinha que eu não postava.
Voltando estou. Aos atrasados-parabéns a mim dedicados, muitíssimo obrigado! Não ligo se erram o alvo da data certa no calendário, adoro-os!

sábado, dezembro 04, 2004

Duas notas

+Aquele texto não é do Herbet Viana.
+Hoje é o meu aniversário.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Como fazer para...

a imagem não abriuSua empregada acabou de lavar o banheiro, você está com dor de barriga e não sabe como fazer para não molhar a sua pele branquinha ao se sentar? Seus problemas se acabaram-se! E de grátises! É só sentar com roupa antes e as partes que a sua pele irá tocar ficarão secas. Depois abaixe as calças, sente-se e faça tudo normalmente.


Ah, você ficará com a mesma calça até que alguém na sua casa pergunte: O que é essa marca de privada na sua bunda, Vitor!?
Trabalhos em grupo servem para não esquecermos que existem e sempre existirão chatos no mundo.
O texto do Átila foi encomendado pelo próprio e eu puxei um pouco o saco dele. Ah, conotativamente, é claro.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....