domingo, agosto 28, 2005

É, Vitão!

Chuta as pedras do meio caminho e pisa livre na estrada de escrever. Não há mais pedras no meio do caminho, nenhuma - é só seguir. No meio dele tinha uma pedra; não tem mais.

Achado numa gaveta, num velho prédio abandonado numa cidade maravilhosa

Lá estava ele, quem de agora todos falam. Eu já estava antes. Foi ele que se sentou ali; no próximo banco. Seu chapéu era perfeito, não que fosse uma peça sublime, nem era autêntica. Devia ser a sua cabeça que fazia do chapéu o que era. Hoje sabemos da mente única que ali estava, mas, quando eu vi, não pude compreender a magia do mais belo elegantismo que já olhei. FIQUEI APAIXONADA. Agora sei o equilíbrio que acontecia perto de mim, o poeta da minha vida dentro do chapéu dos outros, chapéu de todos. Lembro que tive pensamentos infantis. Achava que ele me cumprimentaria com um elogio, eu sorriria. Nos casaríamos no futuro... Ahhh...
Não tinha ainda visto o lado direito de sua face. Nenhum dos ângulos ali vividos havia permitido. Quando me mostrou que iria se levantar, arrepiou-me um susto de medo. Imaginei a face toda queimada, deformada. Ah! Deus! Nenhuma Mulher gosta disso, o defeito deve repelir todas elas; mas não ligo para o defeito, ignoro-o – caso com ele. Nesse momento do meu pensar ocorreu-me outro arrepio, ele me olhara. Oh! Deus!
Tinha o lado direito perfeito. Só olhou o meu rosto e foi-se – foice. Seu jeito de segurar a caneta mantinha nele a elegância eterna de homem ou ampliava a causada pelo equilíbrio no topo do corpo. Quão boba eu era!
Nunca esqueci o rosto. Nunca esqueço um rosto! Depois o soube poeta. E, hoje, ele diz para mim disso que ficou:

Oh abre os vidros de loção
E abafa
O insuportável mal-cheiro da memória

Passo o perfume, esqueço esse resíduo; vou a um banco qualquer.

quarta-feira, agosto 24, 2005

É, Vitão... Não encontrou melhor maneira de dar a notícia pro pessoal que entra no cab. Meus parabéns pelo namoro! Seja feliz!

Hoje, paixão é algo bem mais bonito do que era antes

Morena,
Seu namorado está um tanto quanto gripado. Passou o dia todo meio tonto e ainda está bastante. Mas consegui vir à aula e fiz tudo o que tinha para fazer. Até me surpreendi quando, na aula de português, fiz a dissertação exemplificativa de hoje e mais a expositiva que deveria ter feito em casa. A exemplificativa, de hoje, fiz em dupla com a minha amiga coreana, Lina é nome dela, logo... fiz tudo sozinho mesmo. Coreanos ficam meio perdidos em aula de português. É engraçado. Ah! Ela nos parabenizou pelo nosso namoro. Contei para poucas pessoas, mais para as que já eu havia vindo falando sobre você; para dividir com elas a nossa felicidade, já que acompanhavam mais ou menos a nossa história. Almocei bem no bandejão e vou jantar daqui à pouco, bandeja também. Como estou "um tanto quanto gripado", quero e devo me alimentar bem, cuidar direito de mim.
Me enche os pulmões um pensamento e tenho vontade de exclamar bem forte que estou namorando a Sheila.

O dia de ontem foi a página mais linda até agora do romance que estamos escrevendo com carinhos na terra que tem a estrada da vida. Aliás, depois que as nossas estradas se encontraram, como lhe falei e mostrei com as mãos que adoram pela nuca estar em seus cabelos, parece que não temos mais que empurrar e empurrar o chão com nossos pés para irmos adiante. Parece que a mais bela brisa bate e leva os dois espíritos que se misturam em beijos e olhares, em carinhos e sensações, e dão novo conceito à palavra paixão. Hoje, paixão é algo bem mais bonito do que era antes, para mim e para você, Sheila. Isso eu tenho certeza.

Um beijo em você
Seu namorado
Vitor

domingo, agosto 14, 2005

Hum...

Poesia erótica, Seu Vitor? Os hormônios estão chegando nos dedos já?
Alguém os atiçou! Não tenho dúvida, meu caro.

Vim ver você



Vamos conversar, ao menos, para poder dizer que vim ver você?
O quê?! Venha, pegue pela pele, puxe meus pêlos, ponha-me na sua palma!
Calma, não trema, não teime, não tussa-me; tenha-me, trague-me, tranque-me, transe comigo
Amigo, venha, vamos, eu vim ver você. Isso!
Preciso. Assim, em mim, aqui, isso! Aí, vem! Sinto!
Minto! Mais, faz, traz para mim, refaz, ai, mais. Ahhhhhh! Eficaz. Desfaz.
Pra trás! Minha vez.

Sem quê pra escrevê

Pessoal, vão brincar com as letras do Google como o Sérgio sugeriu, vão ver o post que o Branco fez para o pai dele e aproveitem também e vejam o que fiz para o meu quando tinha 16 anos (e nem parece que já faz três anos isso), dêem uma passada nas Garotas, conheçam o blog do Daniel que é meu irmão em São Paulo na Happy-ública (ele tem sido a última pessoa a me desejar boa noite todo dia esse ano), conheçam o blog do Lucão e tentem responder as dúvidas da cabeça dele e da do amigo dele, enxerguem a pessoa que ele é. Passem no blog da Luana, que virou mais blog do namorado dela do que dela mesmo. Ela é minha vizinha em Sampa, inspiração desse post meu (aqui o porquê) e amiga antiga. Escolham alguns blogs para conhecer na lista que segue abaixo de vários pés-de-jovens-amigos nesse blog. Adoro a foto dos pés; ela está no armário do meu quarto. É uma página colada no armário de onde scaneie a imagem. Depois vão escrever um e-mail para quem não te escreveu nada. Inspiração não faltará. Inté!

quarta-feira, agosto 03, 2005

O Presente

Bem... Estou ouvindo Diana Krall no walkman. CD que dei para a Sheila de aniversário. Estávamos todos em sua casa; somos novos amigos começando a boa parte da vida chamada de fase da faculdade; jovens, sonhadores, apreciadores do mundo que sabem se alegrar com as coisas. Estávamos todos lá, na casa dela, aniversário em família e amigos, nada melhor, quando ligaram pedindo que fossemos buscar alguém. Saímos em caravana, a caminhar em grupo, conversando, mas a Marina, irmã da Sheila, ficaria. Fiquei-me de um jeito, antes de irmos buscar o próximo integrante de nós, a sós com a irmã e falei para ela que pegasse o presente na minha mochila e pusesse embaixo do travesseiro da Sheila. Queria que ela só o recebesse quando fosse se deitar... Achando, antes disso, que eu não havia lhe dado presente, mas sem se importar com o fato. Achando, depois disso, uma ótima surpresa e se importando muito com o fato. O valor do presente esteve na somatória de tudo que foi posto nele. Não foi o cd original, mas, o bilhete que pus junto a ele, o elevou a um patamar no mínimo diferente, senão superior. Disse que não era o oficial, mas era especial, pois eu fora quem o gravara no computador, desenhara a capinha no fotoxópe inevitavelmente em preto-e-branco devido as limitações da minha impressora. Além de ter sido uma escolha minha, eu o havia feito. E dentro de uma nuvem imensa de carinho.

Pode-se dizer que Ela está fazendo o meu coração bater mais quente. Há sensações... De medo, de medo errar quando me dirijo a ela, imaginações futuras malucas e absurdas, muito bobas essas e, até mesmo, ridículas, mas é com elas que sinto o tal calor no coração. Contudo, volto meus pés para o contato com o chão. "Se tiver que ser, será!", "É Deus quem sabe" é sempre o que me digo quando vejo que estou a me empolgar demais. O bilhete que coloquei ao presente foi bem curto. Não transforma-lo numa carta, manter como sendo um bilhete foi a minha decisão. Depois de três rascunhos, o concluí e alterei ainda mais algumas coisas enquanto escrevia o definitivo.

Hoje, nos falamos por telefone. Ela revelou ouvir o CD por um dia todo. Queremos nos encontrar – enfim – sozinhos, já que essa oportunidade ainda não nos foi dada, não era hora. Será aí que veremos se duas vidas irão compor um único e maravilhoso sonho ou se seguirão seus caminhos banhadas por uma coloração diferente. Torçamos pela primeira.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....