quarta-feira, agosto 03, 2005

O Presente

Bem... Estou ouvindo Diana Krall no walkman. CD que dei para a Sheila de aniversário. Estávamos todos em sua casa; somos novos amigos começando a boa parte da vida chamada de fase da faculdade; jovens, sonhadores, apreciadores do mundo que sabem se alegrar com as coisas. Estávamos todos lá, na casa dela, aniversário em família e amigos, nada melhor, quando ligaram pedindo que fossemos buscar alguém. Saímos em caravana, a caminhar em grupo, conversando, mas a Marina, irmã da Sheila, ficaria. Fiquei-me de um jeito, antes de irmos buscar o próximo integrante de nós, a sós com a irmã e falei para ela que pegasse o presente na minha mochila e pusesse embaixo do travesseiro da Sheila. Queria que ela só o recebesse quando fosse se deitar... Achando, antes disso, que eu não havia lhe dado presente, mas sem se importar com o fato. Achando, depois disso, uma ótima surpresa e se importando muito com o fato. O valor do presente esteve na somatória de tudo que foi posto nele. Não foi o cd original, mas, o bilhete que pus junto a ele, o elevou a um patamar no mínimo diferente, senão superior. Disse que não era o oficial, mas era especial, pois eu fora quem o gravara no computador, desenhara a capinha no fotoxópe inevitavelmente em preto-e-branco devido as limitações da minha impressora. Além de ter sido uma escolha minha, eu o havia feito. E dentro de uma nuvem imensa de carinho.

Pode-se dizer que Ela está fazendo o meu coração bater mais quente. Há sensações... De medo, de medo errar quando me dirijo a ela, imaginações futuras malucas e absurdas, muito bobas essas e, até mesmo, ridículas, mas é com elas que sinto o tal calor no coração. Contudo, volto meus pés para o contato com o chão. "Se tiver que ser, será!", "É Deus quem sabe" é sempre o que me digo quando vejo que estou a me empolgar demais. O bilhete que coloquei ao presente foi bem curto. Não transforma-lo numa carta, manter como sendo um bilhete foi a minha decisão. Depois de três rascunhos, o concluí e alterei ainda mais algumas coisas enquanto escrevia o definitivo.

Hoje, nos falamos por telefone. Ela revelou ouvir o CD por um dia todo. Queremos nos encontrar – enfim – sozinhos, já que essa oportunidade ainda não nos foi dada, não era hora. Será aí que veremos se duas vidas irão compor um único e maravilhoso sonho ou se seguirão seus caminhos banhadas por uma coloração diferente. Torçamos pela primeira.

2 comentários:

Anônimo disse...

Um cd gravado assim com músicas selecionadas sempre é melhor, hehe, mais pessoal, mais gostoso de se escutar :))
Eu sempre faço um antes de viajar, hehe, mas nesse caso não é pra conquistar meu namorado, pq eu gosto msm, hehehe.
Bjssss

Anônimo disse...

È queria eu tb poder corresponder a pessoa certa...
Espero que se realize seu desejo!
beijao

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....