quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Palavras gastas

Recentemente, li o livro Normose. Lá, um de seus autores dizia que a “palavra Deus” está hoje muito gasta e esse era o motivo de, no livro, eles usarem Amor (aqui você entende o final do texto do meu perfil do orkut) ao invés de Deus em seus parágrafos. É só assim que você realmente compreende o que eles querem dizer, pois se usassem “Deus”, o pensamento do leitor ia passar batido por aquela idéia. Se usassem “Deus”, o leitor usaria o seu pré-conceito fechando-se do quê o autor realmente quis dizer em um momento em que a proposta é a reflexão. A palavra Deus muito já foi pensada por nós e ainda pensamentos sobre ela, principalmente no que diz respeito a nossos pais, foram nos passados e os absorvemos: as interpretações. Como a temos numa opinião já formada em nosso pensamento, no instante em que a lemos nem pensamos nela. Não há uma nova reflexão, pois acreditamos piamente em nossa opinião de outrora (que já não serve, pois mudamos, precisamos mudar e ler é mudar) e colocamos a nossa antiga idéia da palavra nas novas idéias do autor subjugando o sentido de sua frase. Como a palavra Deus foi muito exposta, ela se queimou. Assim como um filme em película do cinema do passado, se fosse muito exposto, queimava.

Nenhum comentário:

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....