domingo, março 19, 2006

Art Class


Art Class, originally uploaded by Niara.

Oscar in Shades


Oscar in Shades, originally uploaded by borolad259.

sábado, março 18, 2006

Eu olhando o meu cantor preferido da última semana

sexta-feira, março 17, 2006

"Fala, garoto!" - Estarei no Altas Horas desse sábado

Pessoal, ontem fui à gravação do Altas Horas da rede globo em que estavam: Suzana Vieira, Jota Quest, Ziraldo e Ney Matogrosso. O programa será exibido já nesse sábado. Se não cortarem minha pergunta na edição, vocês podem me ver como uns garotos do "Fala, garoto!" do Serginho Groisman, falando com o Ziraldo sobre o livro dos 25 anos do Menino Maluquinho. Estava de camisa verde-escura e óculos, sentado bem atrás da cadeira do Serginho.

quarta-feira, março 15, 2006

Sensação

Acabei de escrever meu primeiro currículo, minha primeira redação para uma disputa de estágio e sinto pela primeira vez uma sensação de fé num futuro e verdadeiro trabalho, que sei que muita gente já sentiu. Saio na janela do apartamento da Happy-ública e olho para o céu em busca de estrelas. Deparo-me com a lua coberta por nuvens, não se mostrando diretamente mas dizendo que está ali com luzes que branqueiam um grande círculo na nuvem. Respiro. No terceiro andar a temperatura do ar é agradável.

Ontem foi legal: já estava na cama e lembrei o que o Tiago disse uma vez sobre os alongamentos. Falou que eles relaxam os músculos e não devem ser feito muitos antes de um exercício, mas sim depois, pois relaxam. Antes, o que vale mesmo é o aquecimento. Descobri-me do lençol e pulei do beliche, tudo escuro, o Daniel e o Edu dormindo e me alonguei bem, para relaxar. Doeu muito quando tentei alcançar o chão com as mãos e mantendo as pernas esticadas, mas foi o movimento que mais me fez bem. Rezei ainda em pé e subi no beliche novamente.

Quando acordei, meu corpo estava ótimo e soube o Rodrigo no seu primeiro dia de trabalho nos correios: Aê! Pensei na Sheila por um bom tempo bom. Fiz macarrão de almoço e fui para a PUC. À noite, acabei os textos: currículo e redação "O que a TV PUC pode fazer pela sociedade?". É lá, na TV PUC, que tentarei o estágio, torçam! Amanhã estarei na gravação do programa altas-horas da rede globo provavelmente, avisarei quando for passar. Lavei minhas cuecas, coloquei as meias de molho e, agora, vou tomar banho. Inté!

A lata, o gato e o imbecil

por Branco Leone

"Desde que o mundo é mundo, gente desocupada passa a vida pensando numa nova maneira de importunar quem está trabalhando, quem está sofrendo, quem precisa de ajuda. Daí, acredito, a necessária criação do ditado "Ajuda mais quem não atrapalha".
Um exemplo recente é o e-mail que circula por aí há mais de um ano, dizendo que o Hospital Sírio-Libanês oferece tratamento gratuito para câncer de mama, o que, segundo a mensagem, inclui "internação, anestesia, equipe cirúrgica, remédios, exames e imediata reconstrução da mama mutilada" (tudo de graça!), bastando para isso que a candidata faça uma consulta (igualmente gratuita), agendada por telefone.
Ora, se isso não é mentira completa, é verdade parcial: esse hospital, assim como qualquer outro, mantém convênio com o (Des)Serviço Único de Saúde, e atende gratuitamente por mês umas tantas pacientes com essa enfermidade: vinte, segundo o próprio hospital, em nota distribuída à imprensa. E, muito importante, diz a nota que é o próprio (d)SUS que encaminha a paciente a esse (ou a outro bom) hospital, se a paciente tiver pelo menos essa sorte.
Fico aqui pensando que espécie de canalha chega ao computador, cria uma "notícia" como essa, e depois fica sentado, olhando o teto com o sorriso próprio do imbecil que é, imaginando mulheres numa situação de extrema fragilidade provocada por uma doença mortal, crédulas por falta de melhor opção, voltando-se com todas as suas lágrimas e incertezas para a esperança de serem bem tratadas por um hospital de alta qualidade, para, em seguida, serem imediatamente decepcionadas, logo ao final do telefonema.
Este é um caso. Há outros, às centenas, de crianças doentes, seqüestradas ou desaparecidas, mutiladas, à morte. Os desocupados, por terem muito tempo para elaborar suas asneiras, imploram que você reenvie a mensagem "para todos da sua lista" porque, para cada e-mail reenviado, uns poucos centavos serão doados à criança em questão, como se houvesse uma maneira capaz de contabilizar o envio de mensagens com qualquer acuidade. "— Vamos salvá-la", diz o filho da puta, que deseja apenas uma coisa: ver seu e-mail circulando o mundo, como quem prende uma lata ao rabo dum gato e fica ouvindo o barulho que ele faz durante a noite, correndo desesperado pelo bairro.
A lata é a mensagem, o bairro é o mundo, e amarrar um troço ao rabo dum gato é a obra máxima que um imbecil pode criar."

Sei que postar um post alheio, por muitos, não é considerado um bom hábito blogueiro. Porém, convenhamos, esse mereceu. E, depois que o blog Copy & Paste escancarou, fez da fórmula o seu sucesso e fim único de sua existência; a gente aceitou de uma melhor forma essa prática ou, pelo menos, eu aceitei de uma melhor forma o ato de copiar as coisas dos outros.

sexta-feira, março 10, 2006

Eu disse a ela

Agora, quando peguei a caneta para te escrever, não consegui me mover. Parece que a alma encheu de palavras a minha mão e tonou os meus dedos incapazes de dize-las tamanha a demanda e magnitude. A única maneira de expressar tais palavras seria a carícia que desce o seu rosto para depois subir e descer novamente. Um desejo de proximidade infinita.

Pensão

Capítulo 05
Inicialmente pensou: “Que dia... Enfim em casa!” Mas achou esse pensamento de "chegar em casa" totalmente impróprio; assim resolveu reformulá-lo: “Enfim na pensão!”. Estava muito bem até entrar em seu quarto e ver sobre sua cama o pôster rasgado em dois! Não acreditava no que via... Rasgado! Sentiu-se invadida; ficou nervosa; cheia de raiva e ódio, uma combinação perigosa e, por isso, contou até dez respirando fundo. Foi ter com a dona da pensão, porém, antes, no caminho, se encontrou com Maria, a simpática empregada do pensionato.

Capítulo 06
Nossa! Aquela mulher... Se fosse por mim, qualquer pôster podia ficar nas parede... Ela fala que eu preciso limpar elas e, por isso, não pode ter nada nas parede, mas é só uma vez por mês que eu faço isso. Até eu teria um pôster! Do Wando no meu quartinho. Mas a Dona é triste, mulher difícil de agüentar! “Não pode porque não pode” ela sempre diz.

Nossa bichete preferida logo foi reparar o pôster com durex e enquanto fazia isso, sozinha no quarto, a Dona apareceu na porta.

Capítulo 07
Desculpe-me, querida, quando fui tirar: crash... Ele acabou rasgando sozinho.

Capítulo 08
Tudo bem... Eu já estou colando de novo, assim ele até terá uma história gravada em si, que irá servir para quando os outros perguntarem sobre o rasgo eu poder dizer: é uma das marcas que a velha dona de um pensionato deixa no mundo.

Após esse diálogo, a velha resmungou algo incompreensível e saiu da porta um tanto empinada ao nariz. Nossa menina juntou suas coisas e em uma hora e meia estava na rodoviária com todas as suas coisas, sentada num ônibus que ela carinhosamente batizou de “de-volta-para-a-casa”. Mentalmente, conversou com ele por esse nome para desabafar e se sentir menos solitária. Naquela semana, foi de ônibus para as aulas e voltou para casa todos os dias, duas horas e 15 minutos de viagem. Não tardou, arrumou uma república e estava novamente presa a sua liberdade.

Essa novela é dedica à Ana Carolina.

quarta-feira, março 08, 2006

Pensão

Capítulo 03
A pensão era cheia de regras e liberdade era algo totalmente limitado ou, às vezes, até amputado por essas regras. Mas dessa forma parecia mais fácil para ela. Seus pais trabalharam bem a questão da liberdade em sua criação; para bem dizer, ela era presa a sua própria liberdade desde sempre. Então, pensava que seria fácil viver naquele lugar, pois ela não se dividiria entre escolhas, bastaria seguir as regras e tudo daria certo. Era só seguir.

Capítulo 04
Quando pôs o pôster na parede da pensão, a cima de sua cama, que era a parte superior de um beliche, quase no teto, sentiu-se melhor, bem mais confortável com o lugar, que agora ia tomando a sua cara. Suas colegas de quarto não estavam, chegavam só à tarde na segunda-feira. Agradecia por estar sozinha naquele momento de contemplação da própria vida. Enxergava os passos que estava dando. Terminou de arrumar suas coisas, pegou algumas delas, olhou o pôster mais uma vez e foi para a faculdade. Ficou lá até às 19 horas, um pouco além do período da aula. Amigos novos.

terça-feira, março 07, 2006

Pensão

Capítulo 01
Havia se mudado para a pensão na semana passada. Feliz da vida que tinha passado na puc, num curso que muito queria e que era a sua cara. Trabalharia com arte e comunicação. Agora, a adolescente começaria a desentranhar de si forças de mulher para o trilhar da vida que é feito longe do pais, numa cidade nova, São Paulo, e em um novo nível de aprendizado.

Capítulo 02
Era o primeiro final de semana que voltava para a casa. Havia se passado a primeira semana em São Paulo, a semana em que saíra de casa e dormia na pensão feminina ao lado da faculdade, a semana que dava início a amizades possibilitadas pela da conquista do vestibular, pensava ela. Nada além de um prêmio por merecimento. Enquanto preparava a mala para ir novamente para São Paulo, resolveu levar um pouco do próprio quarto. Pegou o pôster da sua banda preferida e dois porta-retratos. Uma hora depois, entrou no ônibus e se foi novamente para a cidade grande.

quinta-feira, março 02, 2006

Eu nunca quis ser padre

É quarta-feira de cinzas, assisto a missa na TV. Ver a celebração na Basílica de Aparecida faz com que eu pense em minha casa e na cidade onde cresci. Mas faz também com que eu pense em várias coisas (sem sentido?) sentado no sofá. Agora pouco: por que eu, em nenhum momento da vida, quis ser padre? Acredito que o motivo está longe do "padre não tem vida sexual" que falávamos no colégio com os colegas. Sempre, talvez por influência da família, tive vontade de ser professor. Espero que isso um dia aconteça. Gosto muito de pedagogia e de psicologia. Minha mãe é professora. Meu pai sabe ser um mestre muito bem. Os dois me criaram como filho, no significado absoluto da palavra, e um filho eu me sinto desde o meu nascimento e isso eu garanto a mim mesmo. A questão foi gostar de ser filho -- adorar a relação -- e, às vezes, me pôr no outro lado, no papel de pai ou mãe. Por isso, sempre quis estar do outro lado de verdade para ser como é que é. O que impediu que a idéia de ser padre parasse em mim por nem mesmo alguns meros instantes de imaginação infantil. Naquele tempo, padre e pai eram pessoas que pertenciam a mundos completamente diferentes e eu vivia e queria viver para sempre no mundo dos meus pais.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....