quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Eu a Vi

Boa semana foi sua última palavra. Recheada do sorriso que amo. Coloquei na paisagem minha trilha sonora favorita: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. A música que vinha nos fones de ouvido, vinha de um mundo onde se pode voar à vontade. As nuvens no céu. Ora algumas gotas no ar. Não estava frio. Quase estava. Era ótimo! Aquelas ruas da Cardeal Arcoverde até a PUC ganharam pinceladas sonoras dos mais preciosos artistas da humanidade. Cores. Era dia. Aquelas ruas por onde fui a pé eram o mundo todo. Eu era o mundo que andava contente sobre si mesmo. Estava feliz. Muito feliz! O coração do amor batia em mim. De repente, não era mais andar. Saltitava ao ritmo dos sons. Sobre eles estavam meus pés. De repente uma calçada acabava e esperava que os carros passassem. Esperava girando em volta de uma placa que segurava com a mão. Estendendo a outra para o mundo de Deus. Felicidade. Cumprimenta os motoristas. Um espaço entre dois carros, tempo para atravessar. Seguir. Ver no mato uma flor ao longe. No caminho. Correr até. Laranja era. Correr como um bailarino em espetáculo ao encontro do seu par. Sem parar furtar da natureza a flor. Presente. Sem falar entregá-la a moradora de rua. Só sorriso eu era. Voltar a correr dentro do filme que vivia. Era só gratidão. Ah, vida real! A harmonia divina presente em tudo. Tudo ser movimento. Chegar à puc. Entrar na igreja e agradecer.

Cristian disse...
Amélie Poulain também acompanhou a apresentação destas
palavras. Os olhos ao longo do texto, aceleravam,
alentavam-se... em um ritmo dissonante com o coração, mas que
em conjunto geravam... comoção!


Fechar os olhos, lembrar-me de você e ... agradecer.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Visitas ao blog


Por algum motivo muito provavelmente google o cab recebeu, nesses últimos três dias, mais de 390 visitas. Ainda estamos no dia 16 e o número de visitas de fevereiro já chega a 1361 até o momento.

Mesmo eu postando com maior freqüência, são coisas corriqueiras da minha vida que estão vindo para cá, certamente não é essa nova fase o grande atrativo. Isso aqui está hoje muito mais para um diário do que para um blog.

Com tudo, fico feliz, claro. Mas me preocupo, pois se mais pessoas lêem o que eu escrevo, tenho mais responsabilidade e o pessoal que o google manda cai geralmente numa parte antiga do blog. Não posso revisar todos os textos e ver o que tem medonho neles para tirar do ar ou modificar.

Outra coisa são as imagens do blog hospedadas gratuitamente no geocities. Ontem elas sumiram, pois há um limite de envio/hora para os visitantes. Ultrapassado esse limite, as imagens do blog não são enviadas. Alguém conhece outro bom lugar para hospedá-las?

Intransparência na geladeira

É engraçado como de repente uma coisa que passou pela minha cabeça há muito tempo, que escrevi e publiquei, volta a tona num comentário de algum navegante do google, que uma hora aportou no cab e carregou algumas palavras para o estoque do seu barco e, logo após, deixou algumas outras na ilha. Recebi o comentário da Anônima hoje em um post de março de 2003. Não se preocupem em ler, pois o efeito de ler um texto meu de quatro anos atrás é bem mais sutil do que olhar uma foto minha dessa data.
Maldita intransparência!

São um saco os potes de guardar comida da geladeira que não são transparentes. Tem que ficar abrindo um por um para ver o que tem de bom. E para você fazer isso tem que pegar o pote. O que aumenta em muito a sua chance de derrubar a panela de arroz em seu pé e quebrar, lascar uma parte da querida geladeira sonho realizado frost-free da sua mãe e ter que contar para ela que além disso ainda danificou o piso da cozinha. Ainda perdendo boa parte do arroz da janta da família.

E, como se não bastasse, quando está montando o seu prato o arroz gruda na colher e você a bate no prato para ver se arroz resolve colaborar e por fim trinca um prato.

Comentário:

Pois é, Já tive horríveis experiências na cozinha.Essa de arroz grudado na colher é pior porque se não for o prato o prejudicado é a limpeza da cozinha porque você sacode a colher e o arroz voa. Aí vc tem que ouvir sua mãe dizendo que vc não vai dá em nada porque vc não sabe nem servir a comida, aí diz que seu marido vai pedir marmita porque vc não tem jeito na cozinha e por aí.Também tem aquele mamão "gostoso" esquecido na geladeira cheio de umas coisinhas verdes que é a sua culpa que ele ta estragado porque os adolescentes não comem o que é saudavel entre outras...

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Desatento

Sem dúvida, não dormir é prejudicial à saúde. Mais imediatamente à saúde do humor, eu diria. O final de semana não foi de muito bom sono. Tive que fazer algumas coisas e não pude descansar boa parte do sono que tive. Agora as coisas parecem se ajeitar nessa questão, pois as aulas começaram e uma rotina também.



No sábado, filmei o batizado da minha priminha de segundo grau, a Letícia. Confesso que tive que fazer um esforço para estar constantemente concentrado no evento. O que não consegui muito, não pensar na lembrança de eu deitado, um travesseiro... Enfim.

Em dado momento resolvi subir no órgão da igreja e fazer tomadas de cima. Havia dois músicos ensaiando lá, olhei para eles sem vê-los. Continuei os degraus da escada, cheguei ao topo, filmei. Fui descer pelo outro lado, escorreguei, eles me viram escorregando, o final da escada estava fechado e, depois de quase cair, tive que voltar e descer pela escada que estava aberta.

Só depois que me encontrei comigo mesmo. Quando falei com uma criança que adoro, minha priminha Vitória. Eu nem havia falado com os músicos! Pedido licença. Mas, colocado no mundo novamente, fui lá e pedi desculpas. Tudo melhorou magicamente.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Comentário da Luana

Esse comentário vale um post. A Luana é minha vizinha também e velha amiga jovem! Tem um blog: travessia. Se você quiser entender melhor o que ela fala no começo, leia o comentário que fiz nesse post dela: increíble recurso: tirar el loco en el mar e, claro, o post que ela comenta.

Vitor, acho mesmo que o mundo é difícil em qualquer língua. Pode ser monolíngüe, bilíngüe ou poliglota, ele é sempre difícil! Nos momentos de grandes dificuldades a linguagem universal do sorriso é a que vale. Com ela o mundo até se torna vivível, mais navegável. E é tão bom ter motivos pra sorrir, como os pequenos encontros de uma manhã de domingo, não é?

E eu também posso conhecer essa sua nova avó? afinal também sou vizinha dela.. e sou de Aparecida (= simpática!) hehehe (será que essa lógica vale?)


Apitemos!
Beijo,
Luana

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

E também um apito

Já tinha uma missa andando... Eram 10 horas. A próxima seria às 11h e a que já estava no fim havia começado às 9h. Como da happy-ública até a igreja são no máximo cinco minutos, voltei. Encontrei meu pai no gmail. Tecleie um pouquinho, deu a hora e fui para a missa das 11h. Quando estava quase chegando fui encontrado pelo Luís Paulo. Ele que me viu! Conversamos sobre o meu post do sábado à noite. Da sensação que eu estava da minha mudança penetrar todos os climas. Expliquei melhor que eu me vi num novo clima para ter a minha mudança e, quando voltei a um clima antigo, trouxe tudo o que de novo tem em opiniões, posições, julgamentos, valores, conclusões, provas concretas. Foi incrível a sensação que tive! Depois conversamos sobre falar com as pessoas na rua. Contei da Vó Alda e ele me contou que outro dia conversou com um cara que fazia esculturas em metal. Quando perguntou ao moço que mais ele sabia fazer além do que já estava a mostra, o artista lhe fez um apito incrível. De um design lindo e um bom som. Algo totalmente original aos meus olhos e aos de vocês também. E, para fazer da minha manhã de domingo definitivamente o céu, ganhei o apito do Luís! Veja só! Vou pôr esse texto na parede da happy-ública e pendurar o apito ao lado! Valeu, Luís! Obrigado, Vó Alda! Obrigado, Vi! Obrigado, Deus!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Ganhei uma avó

Domingo de manhã, muito sol, um bom banho logo depois de quase acordar, acordar de verdade logo após um bom banho, planos para o dia! Mas, mais interessante foi o que não estava nos planos. Sempre é, não é?

Ao sair de casa, iria errar o horário da missa, porém, antes de chegar na igreja e descobrir o meu engano, encontrei no caminho uma velhinha de rosto muito simpático andando apoiada numa bengala. Carregava algumas sacolas de supermercado. Nada demais. Pelo o que vi eram coisas para um lanche que faria à tarde. O primeiro impulso de aproximação que tive foi para ajudá-la com as sacolas mas ela não deixou. Pessoas mais velhas são bem teimosas na maioria das vezes comigo.

Comecei uma conversa com ela e o papo fluiu. Fico tão feliz quando isso acontece com pessoas na rua! Ela sempre morou no Butantã os seus 77 anos. Seus filhos são casados e formados em economia, o menino, e a menina é contadora. Não tem mais o seu marido. Engraçado foi ouvir, quando eu lhe disse que sou de Aparecida, que era por isso que eu era tão simpático. Imagine! Ela que é muito simpática! Tanto quanto mostra a sua expressão ao nos olhar. É irresistível. Chama-se Alda, é minha vizinha. Mora sozinha e me convidou para ir a seu apartamento a hora que quisesse. Prometi ir essa semana. Espero que dê. Despedi-me de minha mais nova avó e fui para a igreja, onde iria descobrir que estava uma hora adiantado para a próxima missa.

sábado, fevereiro 03, 2007

Como me sinto

A noite caiu, eu parei um filme no meio clicando no controle-remoto, liguei para casa, vim para a internet, botei um rock and roll, encontrei o amigo on-line, fiz um lanche, li o blog dele, li o blog de uma amiga, fiz comentários, fui parar no blog do Danilo que é de fotos e versos-ou-fases.

Estou num clima estranho! Como estou confuso! De certa forma, sinto-me livre de alguns pensamentos que deixam o Vitor existir pouco. Acho que é tudo culpa do rock que estou ouvindo. Não! Minto. É culpa do que me fez colocar esse som, do que está me dando uma imensa vontade de andar de patins. Sinto-me um pouco como estava no show do Chico antes de entrarmos, antes de você me beijar. Será que conseguiremos ser bons amigos, Vi? O tempo irá dizer.

Nesse momento que vive agora, eu estar na frente do computador, atender minha tia ao telefone, falar animado, te escrever... Sinto que estou conseguindo desassociar coisas. Eu associava essa sensação a um modo de pensar antigo, onde conclusões mais maduras ainda não existiam, posturas em relações a certos assuntos não eram tão firmes. Posso manter meus novos valores e viver sensações que tinha antes deles existirem. E, quando eles estavam começando a aparecer, eu não me permitia essa sensação. Como estou diferente! Como me sinto jovem! Como me sinto! Obrigado, Vi.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....