"Um mestre do verso, de olhar destemido,
disse uma vez, com certa ironia:
“Se lágrima fosse de pedra
eu choraria”
Mas eu, Boca, como sempre perdido
Bêbado de sambas e tantos sonhos
Choro a lágrima comum,
Que todos choram
Embora não tenha, nessas horas,
Saudade do passado, remorso
Ou mágoas menores
Meu choro, Boca,
Dolente, por questão de estilo,
É chula quase raiada
Solo espontâneo e rude
De um samba nunca terminado
Um rio de murmúrios da memória
De meus olhos, e quando aflora
Serve, antes de tudo,
Para aliviar o peso das palavras
Que ninguém é de pedra"
terça-feira, abril 29, 2008
O mestre
Paulinho da Viola (bebadosamba):
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ao terminar de ler A Natureza da Mordida
Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....
-
12/10/2023. Dia de Nossa Senhora Aparecida. Em 1717, num rio barroso, foi pescada, a Esperança. A carruagem da fé, que leva o filho do amor....
-
Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....
Um comentário:
Que minhas palavras sejam pesadas de açucar, para que quando vierem as lágrimas apenas reste o alívio das águas de um rio doce.
Postar um comentário