sexta-feira, janeiro 30, 2009

Texto que escrevi e li como orador dos formandos de 2008 do curso de Comunicação e MultiMeios da PUC/SP

Olá a todos. Boa noite.

É com um grande sorriso no rosto que estamos aqui neste momento. O momento da nossa formatura. Senhores Pais e Mães, Senhores Irmãos e Irmãs, Namorados e Namoradas, Familiares, Amigos e Amigas, Senhores Professores e Professoras...

Prestem atenção em nós! Olhem cada um, e tentem ver atrás da pessoa que se forma quatro anos de aprendizado. São esses quatro anos que estão sendo comemorados agora. Poderia parecer pouco quatro anos?, mas seria pouco uma formiguinha para o olhar de um poeta?

Quem aqui é pai ou mãe de formando? Erga o braço! Ótimo, ótimo! Quem de vocês, pais e mães, já escreveu uma poesia? Erga o braço! Poucos? Muitos? Todos? Eu os convido a escrever uma poesia agora mesmo, uma poesia sobre o filho ou filha de vocês – se é que ainda não descobriram que eles próprios são poesias vivas. Nos enxerguem com olhos de poetas, por favor, olhos que vêem mais que os outros. Que vêem tudo pela única via capaz de atingir o âmago de quem somos: a via da beleza, a via da arte, a via do amor.

Poesia é aquilo que transforma vermelho em joaninha, alho em tempero, pêra em mordida, pudor em amor, matriz em trabalho, coração em batida, banana em Brasil, namorada em fada, raso em fundo, eu em você. E os multimeios, nós, somos aqueles que trabalham as linguagens, eis aqui uma linguagem textual! Somos conhecedores das belas pontes que comunicam e ligam ilhas e continentes! Sabemos gerar a comunicação. Das coisas mais sutis às mais brutas e necessárias: coisas belas. Fazemos arte! Os códigos são nossos tijolos, a sintaxe o ferro e concreto da armação e o sentido ou a semântica, o nosso trem – aquilo que leva e flui pela ponte que podemos realizar.

Reparto o convite a todos que aqui estão. Irmão, (cadê o meu irmão?) me enxergue com os olhos do poeta que você é, porque o momento é bonito demais e somente assim você irá aproveitá-lo com sabedoria. Eufórico: Eu estou me formando, todos nós aqui estamos, veja quanta gente, estamos nos formando, cara! Caramba! Acabou a faculdade!

Permitam-se livrar do pensamento lógico, da razão, da análise das palavras... para que isso que está acontecendo aqui possa ser apreendido pelo único sentido onde se pode haver verdadeiramente uma compreensão vossa: o sentido dos vossos corações, dos vossos sentimentos, os vossos olhos novos.

Vocês conhecem a velha conversa do mestre com o discípulo?

O discípulo pergunta ao mestre:
_ Mestre, como consigo atingir a sabedoria?
O mestre responde:
_ Fazendo as escolhas certas.
Discípulo:
_ mas como vou saber quais são as escolhas certas?
Mestre:
_ fazendo as escolhas erradas!

A faculdade foi o lugar onde errar era mais ameno e as possibilidades de degustação maiores... Quanta coisa nos foi oferecida! Quantas portas para passar! Ajudando que descobríssemos aquilo que mais gostamos, aquilo que queremos sorver realmente da taça das mãos do trabalho nosso de cada dia. Alguns descobriram que não era a comunicação logo no primeiro ano e já remaram em direção a rios de outras cores. Outros se formaram para depois buscar novos aromas. Muitos Multimeios permaneceram e Multimeios são. Muitos começaram a trabalhar muito bem já durante a faculdade. Outros entram no mercado este ano e a gente comemora! O curioso... O curioso é que todos deram certo. Enfim, como poderiam dar errado se não pararam de remar? Se há emoção? Se a coragem de seguir continua pulsando? E faculdade de multimeios é assim: o mais multi possível. Quantos tipos dentro do curso! Impossível deduzir um estudante multimeios. Ele poderia ser aluno de qualquer curso aqui da PUC... o tipo Jornalismo é encontrado no multimeios, o Artes do Corpo, o tipo Letras, o ciências sociais... Que curso plural!

E voltando a falar de mestre. Uma coisa que a gente aprende na faculdade é que o mestre somos nós. O seu professor mais importante não lhe ensina nada e é chamado de Orientador. Aponta caminhos, analisa as coisas junto com você, acompanha, sugere... E mesmo não ensinando nada aparentemente, é com quem você mais aprende.

Aprende-se na faculdade que não é necessário fazer um vídeo melhor do que um outro, um site melhor que aquele ou tirar uma nota melhor que a de fulano. Aprende-se a conviver na diversidade e que a diversidade é que colore a vida. Aprende-se que, no final, só podemos nos comparar com nós mesmos e descobrir se fizemos o melhor que podíamos.
Este discurso não necessita ser melhor do que nenhum outro. É apenas requerido por todos que se tenha feito o melhor que se podia.

Há aqui uma esperança de que seremos insubstituíveis no mundo, pessoas transformadoras e, acima disso, grandes seres humanos. Se podemos agora fazer as próximas escolhas, isso aumenta nossas responsabilidades em cima delas e a necessidade de termos coragem para fazer o que é certo, o que manda o coração.

No fim de tudo mesmo, compreende-se que o objetivo é ser feliz. E isto aqui é muito mais do que um encerramento. Fica claro que o desejo de toda a humanidade é único: crescer em verdade e em espírito. Crescer exige mudança e estamos preparados.

O que a gente sente “vontade dê” é de agradecer. Simples assim. Agradecer essa invenção da sociedade que é a faculdade. E veja só – vejam só, Amigos -, a sociedade somos nós! A gente então acaba por agradecer a nós mesmo! As coisas boas que fazemos, essas idéias que rendem frutos necessários para dar à vida dos indivíduos, à vida do grupo, à vida do humano o sentido de que ela necessita. Esse ser da Criação que é capaz de chorar e de rir! Fazer carinho e abraçar com amor. Que é capaz de gesticular, circular por várias linguagens para se expressar. Usar inúmeros meios para atingir o que se quer: multimeios! Um ser capaz de estudar e conhecer a si próprio. Imagine chegar a um auto-conhecimento em que você saiba o que você é quando faz MultiMeios – impressionante, não? Passaremos a vida toda tentando responder a pergunta: o que é MultiMeios? Por hora, seria apenas um rótulo diferente. Diferente do Advogado do direito, do médico da medicina, do biólogo da biologia... Uma coisa que não é nem um pouco ruim. O que você é com o multimeios? Ora, nós somos nós mesmos. Você faz multimeios, mas o que você é? Ora, então, é... Pois bem... Eu sou o Vitor. Fica mais fácil chegar a essência. Nenhum médico é apenas um médico, há uma alma ali, uma pessoa. Inteira! Somos pessoas que gostamos de linguagem! Multilinguagens... A finalidade? Comunicar. Unir aquilo que é desejado a quem o deseja, compor! Somos maestros em comunicação afinal, sabemos tocar vários instrumentos e montamos nossas músicas com eles. E só na formatura é que eu fui chegar a essa imagem! Somos maestros. Curvando o corpo agradeceremos, então! Eu curvo o meu após esta “música discursada”, após essa comunicação! Obrigado a todos, sem exceção.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Assim que você se gaba de uma virtude, você a perde.
Mesmo se for apenas para você mesmo.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Tirinha


Hinchinbrook, upload feito originalmente por bauplenut.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Poesia para o texto anterior

E choro que era da gente
verte-se em texto
postado no blog
sem que se tenha chorado realmente

O que vem agora?
O pós, pré ou pretexto?
O que me sobra
das horas de um dia
de cama vazia?

O choro da gente

Ah, moço, a gente faz assim: tira tudo o que está em cima da cama e coloca com cuidado no chão. Mas a gente não tira a colcha grossa, que a cobre durante o dia e protege o lençol do pó do ar. Depois a gente vai e abre o armário, pega o travesseiro como quem vai dormir, mas a cama sabe o que a gente quer. A gente chora nela deitado, recolhido como feto em um útero, como um sem-teto. E só o bicho homem faz isso. A gente chora. Chora e chora. Mais e mais. Como um edifício que atravessa um século abandonado. As lágrimas se dão com a poeira que a gente carrega dentro no corpo. E a gente sofre porque dói, mas dói demais e parece que faz bem. No quarto, a gente sozinho chora em cima da cama com as memórias de glórias desperdiçadas. Há também outras memórias mais, aquelas que portam outras não-vitórias, mais conclusões. Há coisa que a gente nem sabe, mas sente. E sente que dói. E às vezes é um amor. Ah, mas quem é a gente para saber sobre sentimentos que só anjos podem ter, seu moço? A gente é assim... Não é nada. A cama, velha e sábia, reta e firme, feita de madeira maciça, de tudo sabe e recebe por fim um corpo fatigado de tanto choro e contrações, um corpo que é o nosso e se esparrama todo membros sobre a superfície, como quem cansa bem de tudo aquilo. Como quem termina, enfim. Como quem vira mãe. E se conclui, seu moço, que o choro foi o parto de um sono invejável, almejado, desejado, inevitável... E que é o filho de uma alma que alcançou um pouco de paz.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Para o final de semana


Depth, upload feito originalmente por littlesilverboxes {Katrina}.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Coincidências do dia 20 de jan 2009

Em São Paulo, encontrar o André das artes do corpo no metrô muito brevemente: ele entrando no vagão do qual eu estava saindo. Logo depois encontrar a Carla do focolare na Teodoro Sampaio e o Daví da puc letras na mesma calçada! Encontrar também o Rafael Sério do multimeios e a namorada dele no center3 e ainda saber que eles irão a festa de formatura por intermédio meu! Queria mais gente para ir por intermédio meu, fiquei feliz de serem eles! O SuperMercado Padrão ser tudo o que preciso para organizar a festa de amanhã e eu quase dar abraços nas balconistas que me atenderam tão amorosamente - realmente amigas - antes de eu ir embora! A Lu realmente não ter precisado ir ao Padrão comigo - que bom que foi ao cinema com as amigas! =D O cobrador comentar no ônibus sobre shiatsu longamente assim do nada O__O - vide post anterior. Mais coisas ainda no dia a agradecer a Deus por tanta providência. Minha constante gratidão! Obrigado, Pai.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Será que faço um curso de Shiatsu?


How about a back massage mommy?, upload feito originalmente por somesai.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Teve um dia que aconteceu isso

Essa segunda na paulista foi assim: eu estava super bem quando cheguei na Paulista porque tinha atendido uma paciente em pinheiros e havia sido até então a melhor sessão que fizemos. Cheguei antes da hora missa, encontrando o Felipe e a Marimogi no conjunto nacional. Eu precisava fazer xixi e fomos para a livraria cultura para eu usar o banheiro de lá. A Mari não sabia que eu atua como terapeuta a domicílio em SP....

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....