sexta-feira, janeiro 28, 2011

Comentário em "Manifesto de um homem que tem certeza"

Post: Manifesto de um homem que tem certeza



Comment:
Vou viajar...
No começo do texto não parei de pensar num momento do livro que estou terminando de ler:
"Lá não existe a confusão e a incompreensão oriundas da palavra oral e escrita, que os moradores da Terra têm que suportar".
Paramahansa Yogananda. pág 454, 2ª Edição em Português, Autobiografia de um Iogue.

Linguagens são passíveis de falhas, claro. São sistemas abertos. Logo, evoluem. Ou se extinguem. Para mim e para muitos, a mente humana em sua novidade ainda precisa em muito amadurecer. Em cálculos geológicos, quantos anos ela tem perto de outras inteligências terrenas? Ainda é um instrumento precário para mensurar certezas, quiçá comunicá-las.

Adorei "a certeza é tão escorregadia". É tão escorregadia quanto se escorregam pelos feixes de luz os galhos da planta solitária que cresce dentro da floresta procurando timidamente o Sol. Por onde ela irá? Escorregará no ar. Ambos imprevisíveis.

A certeza poderá escorregar no contexto; no pensamento linear; no pensamento sistêmico; no pensamento complexo; na emoção, que diz sem pensar mas sabe que é tudo o contrário em seu peito. Ah! Como aceitar?

Certezas podem se desmanchar quando olhos se abrem! E viram certezas do passado. Ainda certezas, mas não mais certas. Viram certezas erradas.

A força de uma certeza se encontrará na sua aura e na teoria por de traz, pautada em ciências humanas. Confiando eu mais confortavelmente na imutabilidade das exatas... 2+2=4 com certeza!

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Chico Xavier e outros filmes em 4 capítulos

A maioria dos comentários que eu ouvi em relação a dividir um filme em capítulos foi de que o estão "quebrando" para atingir objetivos interesseiros. Eu não vejo assim.

Cada vez mais vivemos em um habitat de mensagens instantâneas. Múltiplas informações trafegam até nós todos os dias (e vão embora), a todo momento em quase qualquer atividade que fazemos. O resultado acaba sendo que não exercitamos a nossa capacidade de memorizar. Pausa para pequena aula sobre memorização:
"Aprender implica mudar fisicamente o nosso cérebro. A grosso modo, no momento em que tomamos contato com uma informação, produzimos uma reação cerebral que alguns cientistas classificam como 'memória curta'. Sinapses (ligações entre neurônios) que já existiam são ativadas, mas isso não fica gravado automaticamente. Quando 'salvamos' os dados em nossa caixola, além dessa ativação inicial, são produzidas proteínas e novas sinapses, responsáveis pela 'memória longa'.
Se retomamos a memória, ou seja, se lembramos, essas sinapses aumentam e se consolidam. Experimentos mostram que se, por outro lado, deixamos de retornar essa informação, as sinapses diminuem, mas ainda ficam em maior número do que eram antes. Isso indica que uma vez você aprendeu verdadeiramente algo, o seu cérebro sofreu uma mudança física a longo prazo. A descrição desse processo de cognição rendeu ao cientista Eric Kandel o prêmio Nobel de Medicina de 2000". Em "A internet está deixando você burro?" Revista Galileu, agosto de 2010, nº 229
No meu círculo social, a maioria das pessoas que assiste a um filme na TV o está vendo pela segunda vez. Geralmente, DVD ou Cinema já apresentaram a história. A TV reforça. Estando dentro de casa em horário nobre, na sala, no meio da janta, da conversa, do estar junto, do descansar... Fomenta assuntos na família. Dependendo da família, o filme é realmente comentado, a história analisada, lembramos de fulaninho não sei da onde que teve a mesma coisa do personagem, histórias parecidas, descobrimos opiniões diferentes etc. Sem preconceitos e com gratidão, isso acontece muito mais se há pelo menos uma mulher compondo a cena. Vocês adoram falar e adoramos vocês! ;-)

Passar um filme em quatro partes mantém o assunto, estimula o aumento e consolidação das sinapses relacionadas a ele, o episódio de hoje nos faz relembrar de memória o que aconteceu no de ontem. Possibilita também que o assunto/mensagem trazida pelo audio-visual seja aprofundado e visto sob as condições de um novo dia. Porém, como são apenas 4 episódio a habilidade não cai num maquinal automatizado que já engendramos bem na prática de assistir uma novela. Um filme é bem diferente, tem muito mais singularidade.

Em se tratando de Televisão, a caixa mágica (ou quadro mágico hoje em dia) colocada num cômodo da casa que todo mundo fica olhando, dividir um filme em mini-série é um bom negócio.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Em segredo, mas eu conto...

Vejo que você como a primavera está florida. Traz em si a fertilidade criativa da Natureza.
Todavia, ora e vez, sai algo sem sentido no papel: "sei não que é mesmo que ele quer de mim".
Ame o seu coração, mulher. A cada batida ele irradiará mandalas em flor, magnéticas, que só espíritos elevados perceberão e espíritos ainda não elevados se elevarão.
Um beijo no seu colo de poetisa!

terça-feira, janeiro 25, 2011

Essa história não é minha

Num parque em Tóquio, sentado em um banco um Sr. com rosto europeu e falando inglês abre uma mala levemente e mostra seu conteúdo para uma garota que está ao seu lado. Ela mora ali, no parque, na rua. Jovem, bonita e artista: dançarina e performer de rua. Os dois têm um olhar cúmplice. Que vê de fora não compreende, mas dentro da mala estão as roupas da falecida esposa do Sr. de face européia. Dentro da menina artista está um coração não fácil de encontrar e um jeito de ser que faz dela própria uma arte: comunicando muito mais com o próprio espírito/aura do que com palavras. Mulheres assim costumam me encantar, pois desafiam, são obras de arte e me fazem aprender a olhar tudo de um jeito novo a cada instante. São jovens e clássicas ao mesmo tempo. Os dois vão viajar. O que acontece é que a falecida esposa do Sr. está conhecendo o Japão através de suas antigas peças de vestuário feminino que viajam junto com o marido, que mostra tudo a ela simbolizada em panos trabalhados. A amizade com a menina artista nutre tudo e ajudar revelar na vida muito mais do que se esperava. Sr. e menina tornam-se íntimos e há muita pureza nesse encontro.

Você vê isso nesse filme:

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Um sono avassalador


Caramba! Ontem foi um ótimo domingo. Acordei cedo, organizei um pouco o meu trabalho, tomei café e saí. Encontrei-me com a Célia, fomos a um parque ótimo em São Bernardo do Campo, almoçamos em sua casa e fomos ao cinema assistir o nova versão de As Viagens de Gulliver. Foi uma delícia o dia! Quando cheguei em casa ainda havia muita coisa para arrumar e tinha que inventar uma janta. Missões cumpridas eram ainda umas 22 horas. Resolvi me deitar, estava com bastante bastante sono. Mas que sono forte que eu não sentia há tempos! Um pouco estranho mas muito bom. Parece que finalmente havia tido um domingo domingo e meu corpo feliz com isso me recompensou com um sono nível 5, um S5. Durmi durante 12h. Das 22h às 10h. Até levantei com uma dorzinha no pescoço por conta de ficar um pouco torto na cama no período da manhã. Vou fazer uma sessão breve de Yoga para pôr o corpo no lugar e infelizmente o dia vai começar depois do almoço. O que significa trabalhar à noite. Não reclamo, por um sono bom assim e por um domingo melhor ainda a gente trabalhar em paz.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Papel antigo

Arrumando alguns papéis antigos achei uma folha do tempo de colégio, colegial. Nela há uma letra do Chico Buarque: a música "Minha história", alguns cálculos de química com mols e cals e duas versões de um poesia que fiz na época. Eis a primeira:

Como é bela a vista pura que vejo A
São ondas de lábios salgados B
Onde brilha a crista de um desejo A
Mergulhar a língua - raio penetrado B
fundir espíritos num choque molhado B
e quatro pernas sambarem um rock embalado B

Eis a segunda:

Como é bela a vista pura que eu vejo
Duas ondas, doces lábios a salgar
Onde brilha a alva crista de um desejo
Mergulhar a língua é raio a penetrar
Atingidos queimam espíritos num choque de cegar
Embaixo quatro pernas sambam um rock a valsar

A segunda agrada mais em parte. O fato de ter tirado "choque molhado", foi o maior erro. Gostei bem de "choque molhado". Momento cheio de hormônios...

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....