quarta-feira, junho 20, 2007

Hiatus

Ah, poeta que leio agora
Busco em ti o que havia em mim outrora
e parece perdido...
e não há mais...

Mas deve estar aqui; bem perto
Aqui nessa mesa deve estar
Sei que está muito próximo

Mas onde? O que me falta para achar?
Harmonia humana, divina, musical...? O quê!

Onde está a caneta mágica
que você bem usou
no livro que tenho em mãos
e que eu tinha
e com ela tecia meus
versos de poeta aprendiz?

Ah, Moacyr Sacramento,
o quê está em mim desligado?
Em quê não estou ligado?
E que você se liga tão bem?

Tão facilmente em seus versos
pega um punhado da terra escura
na concha da mão e me mostra
e sei que a caneta mágica está ali oferecida
a todos que te lêem

Como voltar a merecer e
assim receber a inspiração dos poetas?
Os sentimentos transbortantes?
Seja meu Rainer Maria Rilke!
Vitor Bustamante

Resposta

Olá, Vitor! Obrigado pelo texto. A sua, com certeza, é uma alma boa e a isso se deve tanto carinho para comigo. Estou longe, muito longe de poder ser orientador de alguém! No entanto, como o poema sugere um pedido, eu vou me arvorar a dar-lhe uma sugestão: a magia não está na caneta e sim, no Espírito Santo de Deus que habita seu coração. Não há que procurar no material pelo que pertence à Luz. Reiterando o agradecimento por sua gentileza, deixo aqui um fraterno abraço do Moa.
Moacyr Sacramento

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que o seu poema também conta como uma resposta :)

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....