domingo, dezembro 27, 2009

Carta para a minha mãe

São Paulo, Brasil - Chove bastante - 7/12/2009

Mãe,

Há tempos que não te escrevo. Ou falo com você dessa maneira. Dirirgir-me por carta já implica uma mudança pessoal minha.

Fiquei muito contente com seu telefonema hoje. Você estava animada e falou expontaneamente. Gosto de te ver assim. Sinto você livre.

Os questionamentos que me habitam em relação a viagem para a Argentina são um pouco mais sérios do que parecem. Eles têm a ver com a busca da missão da minha alma. Com a minha vontade mais interna. Não sei se essa formação atenderá os meus anseios íntimos, porém, se souber que não, optarei por não ir pois só iria atrasar a minha caminhada. Mas, se souber que sim, irei com apetite. De nada vale sentar-se a mesa sem apetite.

Escolher nunca foi fácil quando as consequências envolvem vidas. A sua e as de quem está em volta. Para escolher é preciso respirar. Jogar o mundo para dentro, absorver o que serve para você e depois devolver o que compete somente ao planeta resolver.

Estou jogando todo o mundo do momento para dentro e já começo a pegar o que me serve. Munido de minhas necessidades e com o coração aberto, poderei escolher a melhor escolha. Torça por mim e reze. Eu quero seguir o caminho mais reto. Fazer bem a minha parte.

Um beijo carinhoso

Vitor

sexta-feira, dezembro 04, 2009

4 de Dezembro de 2009

Nesta sexta-feira, resolvi sair do aquário do meu apartamento
E os amigos chamei atrás de mim
Para ver a aula do planetário
e o show do Olo Ba de Mim

Obrigado a todos que vieram
Sabendo ou não, vocês fizeram feliz
O dia do meu aniversário

quarta-feira, outubro 07, 2009

Quando um mestre vai...

A diferença que há quando é um mestre que vai embora é que muito dele fica em cada um que o encontrou. Os mestres são capazes de ir e ficar ao mesmo tempo. Nada são.

terça-feira, setembro 29, 2009

Preocupação

E
se quando a tristeza morrer
a alegria se puser a chorar?
O que será?

sexta-feira, setembro 04, 2009

Fazer um presente para uma Criança


Onashamsagal, upload feito originalmente por fameleaf.

Ao fazer um presente para uma criança, a gente escolhe pequenininho diante da grandeza da pureza posta a nossa frente. Pensar na criança ao compor uma homenagem escorrega. A gente nem sabe o que que é. Só sabe que é, porque sim, ué. "Eu sei que você está aprendendo" - a criança nos diz com boca e com os olhos meiguinhos sérios. Estar diante da criança é escorregar para dentro do coração no parquinho do mundo. Todo tombo é no banco de areia, divertido. Corre-se de mãos dadas a ela quando vaga um balanço e se sente no cabelo dela, no vestidinho de menina, nos cachinhos o vento. O pai já é muito mais lápis-de-cor do que caneta, babão do que galã, coração do que tudo. Já é mais do que tudo. Muito mais.

terça-feira, setembro 01, 2009

Deus é muito mais mulher do que a gente pensa


The Secret Garden, upload feito originalmente por littlesilverboxes {Katrina}.

Olhar para uma foto dessas é quase como enxergar o paraíso. Imagino-me chegando no paraíso, para falar a verdade. É um puro encantamento. Eu faria o meu céu assim. Chamaria a mesma família arquiteta para plantar, regar, decorar e construir a casa. Depois de pronta, colocaria a Andreia e Clara nesse lar sonhado e plenamente possível de se realizar. Imagine essas duas mulheres e eu atravessando essa porta e indo para a casa simples guardar todas as frutas colhidas durante o dia, brincar e descansar. A coisa mais linda de se sonhar... Que bom!

domingo, agosto 16, 2009

Expectativas

Quando há expectativas, as surpresas podem ser ruins muito facilmente. Quando não há, é sempre melhor.

quarta-feira, agosto 05, 2009

Como ficar imune a situações epidêmicas?

Em tempo de difusão do medo da gripe suína, vale essa reflexão muito interessante do Trigueirinho. Espero que gostem: Ouvir reposta a pergunta em Imunidade e Infecções.
Vitor

PS: Lembra-me a história do Che Guevara muito bem narrada em Diários de Motocicleta. O líder não tinha medo, muito pelo o contrário. Nadava até a ilha reservada aos doentes e os tocava, abraçava, cheio de amor e vontade. Lógico que devemos nos cuidar e não estamos vivendo a experiência desse homem histórico, mas digo isso para falar de apenas um grande.
Che_Guevara_01.png

sexta-feira, junho 26, 2009

Dizem...



Broadtailed and Ruffus Hummingbirds, upload feito originalmente por tguttilla.
Dizem que um beija-flor bate o coração 500 vezes por minuto.
O beija-flor apaixonado: 8 mil.
Não tem problema se é difícil. Que mania!

Impossível não postar


hippopotabutts, upload feito originalmente por ~Shyann~.

segunda-feira, junho 22, 2009

Fim de Semana

Obrigado a todos que me desejaram um ótimo final de semana. Ele foi ótimo mesmo. Fazia tempo que eu não ia para Aparecida visitar minha mãe e meu irmão. A minha namorada foi também e vários amigos. Era a festa de aniversário da Kika e do Rafa. Foi festa junina e tinha uma fogueira que todo mundo adorou e rodeou. Como era bom! Sentei na roda de casais com a minha namorada encostada em mim. Que gostoso! Nesta roda só tinha casais e o Felipe, que é um amigo que está em todos lugares e conhece todo mundo e é muito legal. Uma pena que o final de semana acabou porque estava bom demais. Mas agora a semana começou e é preciso voltar para começar a resolver as coisas todas. Tem sempre bastante coisa mas eu gosto. Uma ótima semana.

sexta-feira, junho 05, 2009

Reler

Abrir um livro e ouví-lo coletivamente

O som é coletivo; a leitura de um livro, individual.

Os sons se misturam, confundem, você perde o foco. Mas ganha em possibilidades de leitura, variação de sentido, obra irreptível.

Voz da leitura não é interior, é exterior.

Solidão vs. Coletividade, solidão na coletivid...

Linhas de leitura cruzadas, tempos que se misturam

segunda-feira, junho 01, 2009

A cara do blog


, upload feito originalmente por ojaipatrick.

sábado, maio 23, 2009

Paz e paciência - caminham juntas


angling, upload feito originalmente por Jibbo.

sábado, maio 16, 2009

Para sua eternidade

1.Ah, por que se batizou assim agora?
2.E entregue se fez ao mundo
3.Quem te viu sabe e, quem não viu e sente, sofre: eu
4.Mas, sabe que eu não estou mais afim
5.Já serviu para o melhor fim do mundo
6.Chama-se realidade agora?
7.Aventureira!
8.Vem cá, acabou... Já deu!
9.Dê uma mão para o mundo,
10.Dê a cara ao céu e...
11.Deh, me leva!
12.Puxando com o que sobrou
13.Que juro que vou sabendo que você vem
14.Como ficou o luar sem alguém por perto?
15.Como ficam as ondas dos seus cabelos sem me ver?
16.Desfaz a tatuagem que eu desmonto e remonto a minha vida
17.Desfaz namora, desfaz!
18.Desfaz porque já está feito e é hora de recomeçar aquilo que não termina nunca
19.Meus pés estão no chão
20.Meu coração? Nunca foi o coração biológico da ciência!
21.O que a gente faz com a pergunta de uma mulher?
22.Vem cá... Vem cá que a resposta é o meu abraço, essa música que ponho para tocar e a meia luz do carinho
23.Enfim, no lugar certo além do tempo
24.Eu nem lembro o que é o tempo
25.Desde a primeira vez que você veio eu só sei o que é eternidade
26.Quer você esteja perto
27.Quer você esteja longe
28.Só sei eternidade
29.Aquela história de consumir saudade
30.Como sendo um alimento? Te lembra a rima?
31.É como você disse: se assim mesmo fosse, estaríamos obesos
32.E somos dois magrelos
33.Deita na cama que é o sofá da sala e fica aí que eu faço um chá, um volto já de quem nunca vai
34.Pétala de flor pousada sobre o colchão
35.Nós somos sempre, acho que não dá
36.Vem pra cá de uma vez e fica
37.Fica

domingo, maio 03, 2009

Glu


pescado, upload feito originalmente por Chris Lombardi.

Glu-glu-glu glu, glu-glu! Glu!

sábado, abril 25, 2009

Até que o mundo volte às suas canções

O olhar do poeta reconhece esse olhar que reluz como uma opala
Esse olhar de quem de dentro das minas olha para cá
O poeta como pode pára
Faz um verso, uma estrofe e um pouco de sala
Pobre do poeta! Deveria estar fazendo a mala
Para viajar até esse brilho precioso onde a saudade não há
Pobre do brilho! Queria o poeta encontrar e reunir os corações
Para dançar... Para dançar... dançar... dançar... dançar...

Até que o mundo volte às suas canções

sexta-feira, abril 24, 2009

A poesia

A poesia é a entrega ao presente
Mais do que um relato daquilo que se sente
É uma criação que acompanha a Criação

A poesia é a semente ausente
em flor transformada sutilmente
descontrolada num peito que ecoa ão

Meus interesses me regam
E passo essa rega adiante

Nada do que me negam
Faz falta

aos olhos motivantes
que regam a flor

Transformando dor em cor
Pudor em amor
Rancor em favor

Transformando oliva em azeite
Momento em presente
Menino em Homem
Matriz em trabalho

Alho em tempero
Pera em mordida
Coração em batida
Banana em Brasil

Transformando bombril em limpeza
Realeza em povo
Ovo em pássaro
Raio em fogo

O ogro vira príncipe
O cipó, balanço
A lança, alvo
O calvo vira chapéu

E...
o Céu é Terra
o Sol é Lua
o Nu é Rua

Transforma pruma em água
Água em gente
Gente em mente

Inconsciente
Adolescente
Ascendente

Mal em bem
Dualidade em unicidade

E tudo é um
E serve para crescer
Separado junto

Separado junto
Dentro e fora
Agora e depois
o feijão com arroz

A mistura subiinsubistituível
Tanintangível
Eco equívoco
Amarelo infalível

Pó de estrela se transforma em gente
Ser em Sou
Crer em Vôo
No em Em

Vazio em Poesia
Criança em Mãe
Homem em Boto
Namorada em Fada

Nada em Maestria
Verso em Vaso
Eu em Você
Raso em fundo
Acaso vira Deus

Vazio vira Poesia

Vazio vira Poesia

Poesia viria Po-e-sia

E Poesia se transforma em Po-e-sia

segunda-feira, abril 20, 2009

Looking for a blue world...


Looking for a blue world..., upload feito originalmente por Tonyç.

sexta-feira, abril 17, 2009

Segundo sonho de Abril

Eu estava entrando num grande templo, havia muita e muita gente. O templo era meio quadrado e tinha um andar de cima como no teatro há a parte superior. Essa parte estava reservada para pessoas mais importantes. Não era o momento presente nem um momento passado, o que seria um sonho de época. Era um sonho que misturava futuro, passado e presente como que se se tivesse atingido um estágio em que a noção de tempo fosse totalmente outra, algo sem menor importância, sem a menor preocupação. Imagine um tempo desses. Muitas pessoas nesse templo usando roupas de panos, tudo meio pastel na cor, meio sépia... Eu andava ali sem saber o que iria acontecer. Muitas pessoas também não sabiam e outras se destacavam pelo olhar que compunha seu rosto. Um rosto que mostrava que sabiam e assim deveria ser porque assim seria. Eram como os mestres da vida que encontramos vez outra em nossa existência, aquelas simples pessoas que amam e ensinam o que fala ao coração. Nesse cenário avistei uma menina lá no andar de cima. Cabelos pretos, túnicas pretas, levitando! Levitando como quem solta o corpo em pé e levita solto. Contrariava a mãe como quem sabe muito mais do que seus pais. Poucas pessoas a viram, muitas das que viram não deram atenção pois aquilo fazia parte, eram os mestre. Estava tudo muito agitado. Eu vi como coisa normal aquele levitar por cima da gente... Mas logo ela voltou para junto da mãe. A menina vestida de túnica preta deveria ter por volta de uns 14 anos e aparentava maior saberia em relação a todos que estavam ali, inclusive os que eu julgava mestres; aparentava ter maior poder. Mal ela voltou para junto da mãe, entrou no templo um exército, homens uniformizados e sem rostos, armaduras. Trouxeram Jesus Cristo, que foi colocado no meio do templo, no centro de todos. Eu comecei a chorar, a chorar e a chorar e chorar como quem chora com desespero. Mas era um amor que habitava dentro de mim e ganhava cada vez mais espaço que acontecia. Eu urrava o choro. Urrava. Jesus era coisa mais incrível que eu já tinha visto. Impressionava de fazer brotar águas dos olhos. Nunca havia visto tanta luz, paz, tranquilidade, naturalidade em uma pessoa. Havia amigos de Jesus perto dele e o Cristo fazia, tentava fazer com amor que eles entendessem que aquilo deveria ser assim e que eles, os amigos companheiros, não precisavam sofrer, pois assim era. O tempo mudou, o clima mudou e fizeram-se nuvens negras no céu, ventava, era um pré-chuva de uma chuva que, no fim, não choveria. Apareceram mais crianças especiais de túnicas pretas, cabelos pretos, aparentando ter a mesma sabedoria que habitava Jesus, como que se elas estivessem tremendamente junto a Ele participando de tudo naturalmente. Todos levitavam e pararam num ponto fixo, levitando de pernas cruzadas. Consegui ver duas delas de onde estava mas sentia que ficavam ao redor de Jesus. Imaginem que fossem umas seis crianças no total, levitando ao redor de Cristo. Ele no centro e as crianças em volta como pontas de hexagrama. Atrás de cada criança havia um imenso cristal de quatzo, perfeito, sem lapidação, rústico-natural, do tamanho da criança de tão grande que eram cada um. Apontavam para cima. Em uma cruz gorda como uma parede crucificaram Jesus - eu chorava como um desesperado me enchendo de Amor. E, como Cristo foi crucificado, os cristais atrás de cada criança explodiam como se fossem gelo estourando, mas eram pedras, pedras translúcidas explodindo. As crianças desapareciam como quem se faz transparente até sumir. Eu já há muito não tinha mais noção da multidão que devia estar ali. Acordei deitado no colchão da sala do meu apartamento em São Paulo na Jabaquara. Parecia que eu tinha mesmo chorado em Espírito mas fisicamente não havia nada, nenhum sinal de lágrimas. Voltei as palmas das minhas mãos para o céu e os chackras delas se ligaram fortemente. Fiquei assim por um período e lembrei que há muito não rezeva o terço católico e que nesse dia antes de dormir eu o havia rezado, não completamente pois adormeci, mas depois de longo tempo sem rezá-lo eu o havia feito e esse sonho apareceu. Já era muito tarde. Não havia acordado com o despertador difícil de não ouvir. Vim para o computador e decedi ir a missa do meio dia, tive que ir correndo, de jejum. Já estava quase na hora. Cheguei a tempo.

Banco pra namorar


banco, upload feito originalmente por Ana Carmen.

quarta-feira, abril 08, 2009

Primeiro sonho de abril

Estava na casa de uma menina de uns 14 ou 15 anos conversando com ela e seu pai, na sala. Era um dia de sol, na sala havia muita luz e plantas vivas decoravam ambiente. A menina de rosto redondo tinha cabelos lisos, curtos e negros. Havia também uma irmã mais nova aos seus 5 anos rodando pela casa... Depois de conversar saímos da casa para a rua em direção ao carro. A menina me disse que achava deveria fazer o módulo 5 do cursos de Balanceamento Muscular para resolver o problema da bipolaridade. Fiquei feliz pois tinha esse módulo e lhe balancei a cabeça positivamente... O pai dela estava mais a nossa frente, já perto do carro; a irmã havia permanacido na casa e ainda com nós três andando em direção ao veículo o sonho acabou como se aquela menina fosse mais uma das pessoas que eu estava recrutando para unir a um grupo que eu organizava para ensinar-e-aprender com ele.

All-Love, skhm, seichim...

A melhor experiência terapêutica pela qual eu já passei:

segunda-feira, março 30, 2009

sexta-feira, março 20, 2009

Clara e Vitor-sem-barba


Clara e Vitor, upload feito originalmente por Vitor Bustamante.

quarta-feira, março 18, 2009

Na nota de 2 reias

Em minha carteira encontra-se uma nota de 2 reais. Daquelas já um pouco surradas pelas mãos dos homens desse país. O curioso dela é a frase que escreveram logo a baixo da tartaruga: "Nunca diga a Deus que você tem um grande problema e sim mostre a seu problema que você tem um grande Deus". Achei de uma sabedoria popular incrível! Vou passar a diante! No ônibus.
Nota: Acabei por passar adiante no mercado...

terça-feira, março 17, 2009

Eu e as crianças...


Carnaval de São Luís de Paraitinga - 2007

Isso me lembra...


Colourfall, upload feito originalmente por Kushal Das.

Isso me lembra um dos melhores momentos vividos em minha vida no carnaval de São Luís do Paraitinga quando brinquei de guerrinha de água com umas crianças lindas. Que saudade!

Oi


, upload feito originalmente por Yana_B.

quarta-feira, março 04, 2009

Energia Pura


hdr tree, upload feito originalmente por Paulo Brandão.

domingo, março 01, 2009

Nesta noite o amor chegou

É mais profundo do que parece
É mais cristão do que parece


São tantas coisas a dizer
Mas como lhe explicar
O que me aconteceu
Não vou contar
Se não vai me deixar

O que é que ele esconde
E não quer revelar
Pois dentro dele um rei existe
Mas que não quer mostrar

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Porque essa foto é como a um livro


the fresh evening breath, upload feito originalmente por hanne::.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Não é fascinate?


2008-10 Peru 283, upload feito originalmente por .Carlo.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Texto que escrevi e li como orador dos formandos de 2008 do curso de Comunicação e MultiMeios da PUC/SP

Olá a todos. Boa noite.

É com um grande sorriso no rosto que estamos aqui neste momento. O momento da nossa formatura. Senhores Pais e Mães, Senhores Irmãos e Irmãs, Namorados e Namoradas, Familiares, Amigos e Amigas, Senhores Professores e Professoras...

Prestem atenção em nós! Olhem cada um, e tentem ver atrás da pessoa que se forma quatro anos de aprendizado. São esses quatro anos que estão sendo comemorados agora. Poderia parecer pouco quatro anos?, mas seria pouco uma formiguinha para o olhar de um poeta?

Quem aqui é pai ou mãe de formando? Erga o braço! Ótimo, ótimo! Quem de vocês, pais e mães, já escreveu uma poesia? Erga o braço! Poucos? Muitos? Todos? Eu os convido a escrever uma poesia agora mesmo, uma poesia sobre o filho ou filha de vocês – se é que ainda não descobriram que eles próprios são poesias vivas. Nos enxerguem com olhos de poetas, por favor, olhos que vêem mais que os outros. Que vêem tudo pela única via capaz de atingir o âmago de quem somos: a via da beleza, a via da arte, a via do amor.

Poesia é aquilo que transforma vermelho em joaninha, alho em tempero, pêra em mordida, pudor em amor, matriz em trabalho, coração em batida, banana em Brasil, namorada em fada, raso em fundo, eu em você. E os multimeios, nós, somos aqueles que trabalham as linguagens, eis aqui uma linguagem textual! Somos conhecedores das belas pontes que comunicam e ligam ilhas e continentes! Sabemos gerar a comunicação. Das coisas mais sutis às mais brutas e necessárias: coisas belas. Fazemos arte! Os códigos são nossos tijolos, a sintaxe o ferro e concreto da armação e o sentido ou a semântica, o nosso trem – aquilo que leva e flui pela ponte que podemos realizar.

Reparto o convite a todos que aqui estão. Irmão, (cadê o meu irmão?) me enxergue com os olhos do poeta que você é, porque o momento é bonito demais e somente assim você irá aproveitá-lo com sabedoria. Eufórico: Eu estou me formando, todos nós aqui estamos, veja quanta gente, estamos nos formando, cara! Caramba! Acabou a faculdade!

Permitam-se livrar do pensamento lógico, da razão, da análise das palavras... para que isso que está acontecendo aqui possa ser apreendido pelo único sentido onde se pode haver verdadeiramente uma compreensão vossa: o sentido dos vossos corações, dos vossos sentimentos, os vossos olhos novos.

Vocês conhecem a velha conversa do mestre com o discípulo?

O discípulo pergunta ao mestre:
_ Mestre, como consigo atingir a sabedoria?
O mestre responde:
_ Fazendo as escolhas certas.
Discípulo:
_ mas como vou saber quais são as escolhas certas?
Mestre:
_ fazendo as escolhas erradas!

A faculdade foi o lugar onde errar era mais ameno e as possibilidades de degustação maiores... Quanta coisa nos foi oferecida! Quantas portas para passar! Ajudando que descobríssemos aquilo que mais gostamos, aquilo que queremos sorver realmente da taça das mãos do trabalho nosso de cada dia. Alguns descobriram que não era a comunicação logo no primeiro ano e já remaram em direção a rios de outras cores. Outros se formaram para depois buscar novos aromas. Muitos Multimeios permaneceram e Multimeios são. Muitos começaram a trabalhar muito bem já durante a faculdade. Outros entram no mercado este ano e a gente comemora! O curioso... O curioso é que todos deram certo. Enfim, como poderiam dar errado se não pararam de remar? Se há emoção? Se a coragem de seguir continua pulsando? E faculdade de multimeios é assim: o mais multi possível. Quantos tipos dentro do curso! Impossível deduzir um estudante multimeios. Ele poderia ser aluno de qualquer curso aqui da PUC... o tipo Jornalismo é encontrado no multimeios, o Artes do Corpo, o tipo Letras, o ciências sociais... Que curso plural!

E voltando a falar de mestre. Uma coisa que a gente aprende na faculdade é que o mestre somos nós. O seu professor mais importante não lhe ensina nada e é chamado de Orientador. Aponta caminhos, analisa as coisas junto com você, acompanha, sugere... E mesmo não ensinando nada aparentemente, é com quem você mais aprende.

Aprende-se na faculdade que não é necessário fazer um vídeo melhor do que um outro, um site melhor que aquele ou tirar uma nota melhor que a de fulano. Aprende-se a conviver na diversidade e que a diversidade é que colore a vida. Aprende-se que, no final, só podemos nos comparar com nós mesmos e descobrir se fizemos o melhor que podíamos.
Este discurso não necessita ser melhor do que nenhum outro. É apenas requerido por todos que se tenha feito o melhor que se podia.

Há aqui uma esperança de que seremos insubstituíveis no mundo, pessoas transformadoras e, acima disso, grandes seres humanos. Se podemos agora fazer as próximas escolhas, isso aumenta nossas responsabilidades em cima delas e a necessidade de termos coragem para fazer o que é certo, o que manda o coração.

No fim de tudo mesmo, compreende-se que o objetivo é ser feliz. E isto aqui é muito mais do que um encerramento. Fica claro que o desejo de toda a humanidade é único: crescer em verdade e em espírito. Crescer exige mudança e estamos preparados.

O que a gente sente “vontade dê” é de agradecer. Simples assim. Agradecer essa invenção da sociedade que é a faculdade. E veja só – vejam só, Amigos -, a sociedade somos nós! A gente então acaba por agradecer a nós mesmo! As coisas boas que fazemos, essas idéias que rendem frutos necessários para dar à vida dos indivíduos, à vida do grupo, à vida do humano o sentido de que ela necessita. Esse ser da Criação que é capaz de chorar e de rir! Fazer carinho e abraçar com amor. Que é capaz de gesticular, circular por várias linguagens para se expressar. Usar inúmeros meios para atingir o que se quer: multimeios! Um ser capaz de estudar e conhecer a si próprio. Imagine chegar a um auto-conhecimento em que você saiba o que você é quando faz MultiMeios – impressionante, não? Passaremos a vida toda tentando responder a pergunta: o que é MultiMeios? Por hora, seria apenas um rótulo diferente. Diferente do Advogado do direito, do médico da medicina, do biólogo da biologia... Uma coisa que não é nem um pouco ruim. O que você é com o multimeios? Ora, nós somos nós mesmos. Você faz multimeios, mas o que você é? Ora, então, é... Pois bem... Eu sou o Vitor. Fica mais fácil chegar a essência. Nenhum médico é apenas um médico, há uma alma ali, uma pessoa. Inteira! Somos pessoas que gostamos de linguagem! Multilinguagens... A finalidade? Comunicar. Unir aquilo que é desejado a quem o deseja, compor! Somos maestros em comunicação afinal, sabemos tocar vários instrumentos e montamos nossas músicas com eles. E só na formatura é que eu fui chegar a essa imagem! Somos maestros. Curvando o corpo agradeceremos, então! Eu curvo o meu após esta “música discursada”, após essa comunicação! Obrigado a todos, sem exceção.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Assim que você se gaba de uma virtude, você a perde.
Mesmo se for apenas para você mesmo.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Tirinha


Hinchinbrook, upload feito originalmente por bauplenut.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Poesia para o texto anterior

E choro que era da gente
verte-se em texto
postado no blog
sem que se tenha chorado realmente

O que vem agora?
O pós, pré ou pretexto?
O que me sobra
das horas de um dia
de cama vazia?

O choro da gente

Ah, moço, a gente faz assim: tira tudo o que está em cima da cama e coloca com cuidado no chão. Mas a gente não tira a colcha grossa, que a cobre durante o dia e protege o lençol do pó do ar. Depois a gente vai e abre o armário, pega o travesseiro como quem vai dormir, mas a cama sabe o que a gente quer. A gente chora nela deitado, recolhido como feto em um útero, como um sem-teto. E só o bicho homem faz isso. A gente chora. Chora e chora. Mais e mais. Como um edifício que atravessa um século abandonado. As lágrimas se dão com a poeira que a gente carrega dentro no corpo. E a gente sofre porque dói, mas dói demais e parece que faz bem. No quarto, a gente sozinho chora em cima da cama com as memórias de glórias desperdiçadas. Há também outras memórias mais, aquelas que portam outras não-vitórias, mais conclusões. Há coisa que a gente nem sabe, mas sente. E sente que dói. E às vezes é um amor. Ah, mas quem é a gente para saber sobre sentimentos que só anjos podem ter, seu moço? A gente é assim... Não é nada. A cama, velha e sábia, reta e firme, feita de madeira maciça, de tudo sabe e recebe por fim um corpo fatigado de tanto choro e contrações, um corpo que é o nosso e se esparrama todo membros sobre a superfície, como quem cansa bem de tudo aquilo. Como quem termina, enfim. Como quem vira mãe. E se conclui, seu moço, que o choro foi o parto de um sono invejável, almejado, desejado, inevitável... E que é o filho de uma alma que alcançou um pouco de paz.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Para o final de semana


Depth, upload feito originalmente por littlesilverboxes {Katrina}.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Coincidências do dia 20 de jan 2009

Em São Paulo, encontrar o André das artes do corpo no metrô muito brevemente: ele entrando no vagão do qual eu estava saindo. Logo depois encontrar a Carla do focolare na Teodoro Sampaio e o Daví da puc letras na mesma calçada! Encontrar também o Rafael Sério do multimeios e a namorada dele no center3 e ainda saber que eles irão a festa de formatura por intermédio meu! Queria mais gente para ir por intermédio meu, fiquei feliz de serem eles! O SuperMercado Padrão ser tudo o que preciso para organizar a festa de amanhã e eu quase dar abraços nas balconistas que me atenderam tão amorosamente - realmente amigas - antes de eu ir embora! A Lu realmente não ter precisado ir ao Padrão comigo - que bom que foi ao cinema com as amigas! =D O cobrador comentar no ônibus sobre shiatsu longamente assim do nada O__O - vide post anterior. Mais coisas ainda no dia a agradecer a Deus por tanta providência. Minha constante gratidão! Obrigado, Pai.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Será que faço um curso de Shiatsu?


How about a back massage mommy?, upload feito originalmente por somesai.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Teve um dia que aconteceu isso

Essa segunda na paulista foi assim: eu estava super bem quando cheguei na Paulista porque tinha atendido uma paciente em pinheiros e havia sido até então a melhor sessão que fizemos. Cheguei antes da hora missa, encontrando o Felipe e a Marimogi no conjunto nacional. Eu precisava fazer xixi e fomos para a livraria cultura para eu usar o banheiro de lá. A Mari não sabia que eu atua como terapeuta a domicílio em SP....

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....