sexta-feira, dezembro 26, 2008

...


..., upload feito originalmente por motionid.

terça-feira, dezembro 09, 2008

O poeta engenheiro

O poeta engenheiro preocupa-se com a estrutura e assim constrói um poema sólido, seguro e firme
Como há tempos não se via!


Preocupa-se com sua musa e faz belíssima casa para morar sua beleza
E ali ela se enamora namorando-lhe num olhar que de contentamento chora

A casa é tão boa mas tão boa que abriga infinitas coisas belas
Na possibilidade de se fazer nada para ser morada do amor eterno

E o poeta que lê o poema o do outro
E o namorado que vê o namoro do outro
Joga sua vara de pescar no jogo aberto desse amor que é rei
transcende leis e faz como eu nem sei

A vida ali é tanta
O olho de André é tão
As linhas de sua musa é tudo
Que o poema vence o mudo
Que o poema porta um mundo: Gaia
Que o poeta tem sua musa
Que a casa não tem porta
E só Mafalda importa

Para comentar

Para comentar o post, algo que tem estado na minha cabeça esses tempos: penso que o amor é dado a você se tem responsabilidade para mantê-lo. Se deixá-lo esvair por medo de nele se perder, esquecendo-se que se ganha quando se ama, ele lhe escorrerá pelas mãos entre dedos confusos que apontam para direções de fuga e desencontro.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Versos Singelos

O que a Lua é para o Sol
Você é para Deus
No mundo que sou eu

Sua luz é o farol
A iluminar os caminhos
Por onde vão os beijos meus

quarta-feira, novembro 26, 2008

Diga-me as suas palavras mais verdadeira tendo ao fundo essa música e me fará entender melhor porque as julga assim, as mais verdadeiras...

segunda-feira, novembro 24, 2008

Frase

Eu sei que vou escrever sobre tudo o que eu senti e cada palavra dirá dirá dirá sem dizer realmente aquilo que senti sobre tudo o que escrevi e fui saber.

sábado, novembro 15, 2008

Escrevo para acordar

desse sono
que não sente o real
que me cerca e me interessa

O show do Lenine ressooa
pois é som

Você resplandece
em minha memória
em cinco sentidos
porque é luz virando sol
ao fazer de mim seu céu
um céu sem véu

Nasço nas palavras
e talvez morra nelas nuas

Nelas te encontro,
nelas eu infinito em entre-linhas de amor

Sigo a voz da intuição,
a que muitos aqui pensam coração...
e "Deus" pensa o Cristão

Eu penso nos olhos seus
Penso piscar
E pesco aí minha paixão em amar

Eu penso nos seus olhos sempre
E sempre que penso eles piscar
Penso que
pensar e piscar
é sempre em mim
solidão,
solidar

terça-feira, novembro 11, 2008

Outras crianças


dancing in the sun, upload feito originalmente por threelittlebirds {Mindy J}.

Eram crianças


What does love mean?, upload feito originalmente por claudia_sa28.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Esse é um vídeo que faz bem a internet!


me and mom from Charlie McCarthy on Vimeo.


Às vezes (ou diariamente) é bom parar um pouco e ver uma coisa assim. A mais simples. Grama, uma mãe e uma filha, provavelmente um pai a filmar... É quase nada e tudo está aí. As pessoas fazendo um momento, uma criança fazendo pessoas, o sol se pondo, a grama sendo grama, o ar sendo respirado.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Um pedido


Dancing Queen, upload feito originalmente por skarpi.

Se tenho a possibilidade de fazer um pedido a cada momento, no momento de agora, eu pediria de todo o coração, de todas as batidas que ele dá e me alimenta, para que eu não deixe esse planeta sem antes ter visto os traços da deusa que em nosso céu se chama aurora.

quarta-feira, outubro 22, 2008

É preciso escrever o que eu senti...


Quinta Ninféia-Flor na Chuva, upload feito originalmente por Massao.

Ontem chovia e era verão. Eu tinha saído de uma piscina de São Paulo onde muitos nadam. Um ambiente fechado por vidros e, por entre eles, se vê um lindo jardim. Um chão de madeira, um lugar para tomar sol. Algumas duchas, mas estava chovendo e estava calor mas estava chovendo e parecia que só isso estava naquele momento - como um milagre quando enxergamos. Sai da piscina sabendo que não nadaria mais naquele dia. Já havia nadado o que fora nadar. Via a chuva cair de longe e tudo o que queria era ir lá perto e ficar olhando. Caminhei até ela, até o vidro e a vi. E fiquei bem pertinho a olhar tudo aquilo. O vidro embaçou um pouco com o calor que saía da minha boca, as minhas mãos na barra de contenção - como no balé. Cada pingo que caia naquela tarde iluminada era como se pingasse na minha alma esparramada pois essa se estendia mesmo esparramada mansamente por tudo o que eu via e tudo o que eu era, tudo era eu. As plantas regadas no belo jardim, o chão de madeira... Até que meu olhar encontrou parte de uma casa e, nessa casa, uma janela de madeira pintada de verde aberta, a parte de vidro fechada como fazemos quando chove no meio da tarde para ficarmos olhando. Logo a cima estava o telhado com a calha, tudo pintado, tudo cuidado, a parede branca, tudo feito. Eu fiquei uns bons minutos olhando para aquilo e como foram bons! Era como estar de novo em casa - mas um estar em casa que ultrapassa territórios, que é muito mais; um estar em casa que algumas músicas conseguem. Ouço Djavan para escrever e reviver tudo isso que compartilho. Era a sensação que se  quer viver para sempre. Eu podia me ver na casa, aliás eu estava nela mais do que aquela imagem. É uma casa que ultrapassa territórios, geografias, físico. Podia ver o quarto daquela janela, um livro de romance lindo sendo lido no momento, tudo feito, nada para fazer além daquilo, uma satisfação de férias boas e chuva. Chuva, chuva, chuva de verão que me lavou e fez memorar o dia. Eu me reconhecia em tudo, senti! Senti! Nada faltava pois era um estar em casa que transcende até a mim mesmo - contudo, eu nunca morei numa casa com janelas assim em um sobrado sem sacada, e são as que mais me faz sentir em casa – uma casa que tem escada e nenhuma casa que morei teve escadas. As janelas abrem para os lados, os vidros sobem ou descem. São pintadas de verde com tinta simples e bem cuidada. É um bom lugar para livros, para passar a tarde, para se viver, se estar. Não falta nada... E, à noite, ao dormir, a chuva de verão já passou e quem banha a casa é a luz do luar e brilhos de estrelas, poucas horas antes – e o que são horas nesse lugar? – as nuvens se abriram e, pouco depois, as janelas se recolheram. As janelas daqueles que harmonizam dentro da casa as suas vidas com a vida da casa e de seus sonhos à noite e não se põem a ver a diferença entre essas coisas belas, apenas sentem partes de um todo e sentir é o que completa a tudo e mantém as almas esparramadas pelas superfícies. Nada precisa mais ser feito, tudo o que é feito é feito sem precisar; pelo simples fato de fazê-lo se faz... Que sejam uns bolinhos de chuva, um pano que limpa a mesa e outros móveis, que seja a chuva que chove quando chove e não se preocupa se é preciso ou não pois... Tudo está em harmonia. O instante durará para sempre e aos poucos me mostra o real significado do que é estar em casa.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Sobre a crise

"O colapso do poder leva à ondas de turbulência que causam um vácuo tenso, o qual leva a um novo saber"
Einstein e um espírito que lhe inspirou

2.5 Dimensões


2.5 Dimensions
Upload feito originalmente por guyonabus
Dá para fazer coisas muito belas nas duas dimensões e meia, quiçá aqui em três dimensões onde vivemos... Quais sejam os números das dimensões, não importa, uma coisa ultrapassa todas elas e todos vamos atrás. Aquilo que não se enquadra em nenhuma somatização de planos, tempo... O que for! E está nas fotos, está nas músicas, está no evangelho, está a cor. Está no poeta, na namorada e na flor. Aquilo que chama e traz a rima que anima e reanima a nossa dor.

Palette Nature


Palette Nature, upload feito originalmente por Philippe Sainte-Laudy.

segunda-feira, outubro 13, 2008

"Re: 4 coisas:"

Feliz, pai, marido e poeta.

quarta-feira, outubro 08, 2008

“O importante é que a nossa emoção sobreviva”


Graduation, upload feito originalmente por Nilton Ramos Quoirin.

A frase título é de Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro. Aqui segue um pequeno texto que sugeri para se colocar no convite da minha formatura:

Um momento importantíssimo para cada um nós, nossas famílias e nossos professores. Uma hora para derramar alguma lágrima. Refletir profundamente, como em nenhum outro momento isso poderá ser mais vivamente atingindo. O que foi toda essa experiência? E essas pessoas que conhecemos? Demos passos na estrada do saber e também sobre como repartir nossos aprendizados e realizações com a sociedade - responsabilidade. Tão impossível medir a dimensão de tudo isso que o cérebro não conseguirá encontrar palavras. Porém, no final, o coração sempre triunfante se fará expressar ao som das palmas das mãos de todos nós.
Vitor Bustamante – Formando 2008 do MultiMeios PUC/SP

quinta-feira, setembro 25, 2008

Essa foto


Goodbye, Toby, upload feito originalmente por littlesilverboxes.

Adoro as coisas que têm a cara dessa foto.

domingo, setembro 21, 2008

Ferramenta


Quantas vezes questiono as ferramentas? E fico nessa superfície sem chegar ao ponto gerador de seus movimentos? Fico procurando sentido na ferramenta e não no seu uso! Ora raios! Os sentidos estão onde? Vivo atrás deles mas posso sempre acabar parando de procurar: ou pra reclamar, ou por desânimo, ou por não olhar pro lado certo. E me mantenho questionando a ferramenta. Já deveria saber quem somos nós.

sábado, setembro 20, 2008

Inventei uma piada!

Por que não se pode pagar ladrão com cheque?
Porque o crime não compensa.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Que primor



., upload feito originalmente por wild goose chase.
Do poeta ficou apenas uma pena
Encravada na ruína do tempo
de uma casa velha

Mil coisas saíram de cena
Mas uma entrou-lhe a vida
Seu coração atento
Como quem acena
até o último momento
(da partida
de um ente querido)
Acenou para sua busca
findada nos bateres
de um peito feito marido:

          Numa única musa
          Encontrou todas as cores
          Numa única musa
          Pôde morrer de amores
          No plural


Afinal,
Numa única musa
os olhos do poeta
enxergaram o que viam em "entrelinhas" de ilusão e esquecimento

Linhas femininas tocáveis
de verdade: o contentamento

Traçando a realização dos sonhos seus
Ao viajar como o vento nos planos de Deus

Com a felicidade dos adoráveis quando juntos
Com a felicidade dos intermináveis assuntos

Com a felicidade dos que moram agora na casa certa
Jardinam flores, deixam a porta aberta

o bairro é o amor
o poeta é sem dor
sua musa calor

que primor... que primor

quarta-feira, setembro 17, 2008

Alma não tem cor


breathless, upload feito originalmente por Farl.

Que cachorro você é?

Eu sou um cachorro terapeuta segundo o teste da IstoÉ. Imaginem se eu não gostei? =P

terça-feira, setembro 16, 2008

Eclesiástico, 34, 11

Vi muitas coisas nas minhas viagens, e o meu saber ultrapassa as minhas palavras.

?

O que fazemos com as perguntas ruins?

Coisa que eu escreveria na carteira da faculdade sobre edição

É tudo uma edição! Feliz de quem sabe editar! Se nada se cria e tudo se transforma, o que chamamos criação está na capacidade de editar e dar um sentido para as coisas. São inúmeros os códigos que temos e inúmeras as informações, ambos sobram. Feliz os editores que fazem e dão boas semânticas para suas linguagens e nos passam mensagens percebidas.

Doido.

sexta-feira, setembro 05, 2008

O que posso agora...


Blue Wednesday, upload feito originalmente por Kerfuffle~.

Uma flor eu posso agora. Nessa projeção de te entregar essa beleza. De mostrar Deus contido num pequeníssimo pedaço de mundo. De estender um pouco de amor. Desse único jeito. Como poderia mais se tudo o que sei nesse momento é essa flor para lhe dar, Juliana Araújo Ferreira? Somente essa flor e mais nada. E tudo! Tudo o que está nela: as coisas que só uns olhos de amor são capazes de ver e somente e apenas olhos de amor. Love, love, love... Abramos os nossos grandes olhos de amor, pois... Precisamos amar! Amar sempre para atingir o nosso limite: ser feliz! Vermos nascer flores em cada lugar.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Essa coisa que os outros fazem (com vídeo)



Em 23 de fevereiro eu tinha feito esse post sobre o vídeo e a frase sem o vídeo, agora é mais. Fotos do Bruno Oliveira, amor maior do Rafinha Tomasetto.

A frase eu escrevi para o final desse slide de fotos, onde cada foto é a foto de uma criança olhando para a lente. Fotos de olhares. Olhares das crianças com as quais um amigo fez muito mais que um trabalho, fez grandes amizades. Montando o slide, os outros amigos que ajudavam a preparar a surpresa, falaram de pôr uma frase. Queriam que eu escrevesse, é do conhecimento geral dos meus amigos que eu gosto de escrever, mas fui procurar no google "olhar é" + frases. Não achamos algo que servisse. Aí, insistiram para eu fazer uma. Pensei na situação e sob a pressão deles algumas idéias foram vindo, mas com formas muito ruins na minha cabeça, porém que eu ia descartando e, buscando entender porque descartava, tentava novamente uma outra frase para expressar a idéia que queria. Até que eu cheguei nessa que vemos no fim. Só depois de tudo pronto, muita complicação no computador e o já dvd gravado, eu fui ver a frase com olhos novos e gostei mesmo do que escrevi. Ainda mais pelo contexto do amigo, Rafinha, que irá ver as fotos das humildes crianças sorrindo para o olho de uma câmera que sabiam que no momento do clique era os olhos de quem as ama e com elas caminhou e caminha em feliz.

Teve um dia que eu acordei

Teve um dia que eu acordei meio doido obcecado pela felicidade. Descobri que ela não está solta por aí, mora nas pessoas.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Para meu avô poesia



Se botarmos o espelho da História
Na nossa frente
Veremos atrás de nós
Todos os nossos antepassados
Um a um
Repararemos na glória dos momentos
Nunca nos pecados

Quando me boto frente ao espelho da História
Reparo num detalhe
Ouço no coreto da memória
O som que faz que eu pare

É o violino de meu avô
Que era um artista
E fez mais que muito doutô

Vou andar!

E o som ecoa...
E me sinto rodeado de notas
Que até parece uma garoa
Harmoniosa, melodiosa, rítmica

O som ecoa, ecoa...
A garoa é colorida
me-di-ci-nal

Nessas horas, a alma voa
Busco toda a vida que há no meu ser
E encontro

Achei
Por isso
Posso ir embora
Vitor Bustamante


No encontro dos ex-seminarista redentoristas de Aparecida 2008, na noite de apresentações, a pedido de Antonio Afonso de Carvalho, fiz uma homenagem para o meu avô violinista, que se foi quando eu era adolescente. Declamei essa poesia, que escrevi no mesmo dia.

Meu avô ia tocar nos eventos do seminário às vezes e, nos últimos anos de vida musical, tocava todo final de semana em frente a "basílica velha" no coreto da praça, com a banda da cidade de Aparecida. Era lindo e muito interiorano. Hoje as coisas mudaram um pouco, mas os corações ainda trazem batidas daquela época. Dentro de mim trago as batidas do coração de meu avô. Chamava-se Belmiro Bustamante, mas era conhecido como Seu Maninho.

Para ele

A mim parece que lhe falta uma mulher presente em cada canto constantemente... Tá tudo uma bagunça. Cadê o feminino? O que é aquele carro?!? Mas se houvesse uma alma tão presente/acompanhante, haveria espaço para tanto mundo? Não importa o tamanho do coração masculino pois, quanto mais grande é o homem, maior a mulher que vai atrás. Se há mulher.

Não arrumei o gosto das palavras como faria Guimarães, como faria arte, estou bêbado de sono e outras coisas. Desligo.

quarta-feira, agosto 06, 2008

Para minha namorada: J.A.F

Me senti como um passarinho agora
Ao comer amoras no caminho
Voando com a certeza
de que você é meu ninho

domingo, agosto 03, 2008

Para abrir o artigo da iniciação científica

"É da natureza humana a busca pela felicidade e a conservação da vida, dois aspectos que inspiram criações, geram mudanças e fazem com que homens e mulheres reinventem recursos que nutram tais aspectos"
Vitor Bustamante Mesmo

sábado, agosto 02, 2008

Para minha professora

"Vamo que vemos!"
Vitor Bustamante

sexta-feira, agosto 01, 2008

Para meu pai

A preocupação nunca livra o amanhã de seus pesares, apenas impede as alegrias de hoje.
Leo Buscaglia

quinta-feira, julho 31, 2008

Para encerrar esse mês

"Muitos de nós permanecem como estranhos de si mesmos - escondemos o que somos e pedimos a outros estranhos, que também escondem o que são, para que nos amem"
Leo Buscaglia

quarta-feira, julho 30, 2008

Vontade


Canute, upload feito originalmente por Tarlyn.

Sei que devia estar com o cérebro ocupado pelos pensamentos necessário para produzir o relatório de minha iniciação científica nesse momento, mas não. Ontem, fui repentinamente ver o mar. Sentir o sopro do oceano em meu rosto. Mergulhar... Joguei futebol, taco, ganhei, perdi, mais perdi que ganhei e foi tão bom. Me diverti! Aprendi. Treinei. Mergulhei!

Entrei na água inicialmente fria, mas era somente charme e ela logo estava acolhedora como uma grande mãe salgada e flácida. Boiei em seus braços, flutuei levado por suas ondas, molhei meus pés como a criança: de braços abertos para o vento e para mundo. E, agora, tanta foi a vontade de entrar no flickr atrás de uma foto para postar com um texto feito embaixo... Eis o texto, eis a foto, eis a vontade, eis alguém que escreve e sente saudades da saudade que sentiu de para o mar... Contudo, os olhos sempre colhendo as flores do presente, mesmo quando é preciso procurá-las. Interesso-me pelas flores.

Não se preocupe com o amanhã

"Não tema o fim da vida, tema que nunca começará de novo"
Grace Hansen

sexta-feira, julho 18, 2008

Amor


Amor, upload feito originalmente por Vitor Bustamante.

Meu amor e a Vitorinha, criança linda que colore a vida de alguns felizardos adultos. Meu amor colore também muitas outras, mas principalmente a minha... Que "nasci virado para a lua" e fui premiado com a possibilidade de namorá-la. Um encontro histórico nesse planeta: Vitor e Juliana. Vide a lua lá perto dos prédios, outra beleza feminina nessa foto tirada ontem no parque villa lobos em São Paulo capital. =)

Sobre a questão de não comer carne, parece que eu não me obedeço, tive vontade de comer e me privei.
Não lembro mais o que eu queria escrever mas era sobre mim, Deus e as relações com as pessoas, a minha relação com a Ju.

quinta-feira, julho 17, 2008

Eu queria impossível ter a consciência perfeita de Deus: de tudo lembrar, tudo saber e usar o dom para amar.

quarta-feira, julho 16, 2008

A vida lapida a gente.

terça-feira, julho 01, 2008

Adoro conversar com minha gatinha ao telefone, vulgo namorada. Que o digam nossas famílias... Mas é amor. Por mais que os pais e irmãos digam que não entendem de onde vem tanto assunto e qual o sentido disso, no fundo, eles entendem sim: é amor.

segunda-feira, junho 30, 2008

Adoro mandar e-mail com o título "Oi".

domingo, junho 29, 2008

Entre abrir a porta...

Num trabalho para a faculdade, lendo um texto do Paulo Laurentiz que falava sobre a mudança do campo para a cidade; achei essa frase ótima: "Há uma diferença entre abrir a porta da sua casa e ver a majestosa tempestade que se aproxima vinda do infinito horizonte e abrir a porta e ver o outro lado da rua".

Mostrei para uma amiga e ela perguntou: "o que será que eu vejo? a tempestade ou o outro lado da rua?"

Respondi que se olharmos para cima poderemos ver a tempestade se aproximar, mas se mantivermos o olhar a altura de nossa condição humana, possivelmente veremos um muro.

Sensação do inédito

Sim, já conhecia essa coisa antes. Mas isso não impede que renasça em mim a sensação do inédito, pois sou outro a cada dia.

quarta-feira, junho 25, 2008

O poeta é um fingidor


Gotas..., upload feito originalmente por crecuerok.

Pinga das curvas que meus olhos são e vêem a lágrima comum de todo homem. Pinga em mim, gota a gota, desejos... E o clima continua... Mesmo que passasse por aqui a bela mulher a quem chamaria namorada. Mesmo que passasse por aqui um anjo do céu traduzido em beleza feminina que tanto almejo tocar com esses dedos carentes que Deus me deu. Mas antes de ver mais uma gota pingar dentro de mim peço uma pinga de bar para calar-me a boca antes que eu minta novamente ao olhar.

terça-feira, junho 24, 2008

A Bailarina nada


vôo1, upload feito originalmente por crecuerok.

A bailarina nada no ar
É mais que os peixes no mar
É como se pudesse chegar a superfície...
No céu! Quando quisesse
E encher os pulmões de um ar divino e celeste
Que tinge seu corpo...

Com cor de anjos
A reveste

*Apesar de não ser minha namorada na foto, essa poesia é dedicada a ela, que é bailarina.

sexta-feira, junho 20, 2008

Sonhos de Einstein


Sonhos de Einstein, upload feito originalmente por Vitor Bustamante.

Postando mais uma foto de um trabalho para a faculdade. Acho que começarei a fazer essas montagens por inciativa própria. Adoro fazer isso! Inspirado, caçar fotos no flickr e tentar combiná-las de uma maneira harmônica. Dessa vez foi um trabalho baseado num curto conto do mais linguarudo dos cientistas, Albert Einstein, do livro Os Sonhos de Einstein (recomendo).

Mais legal foi que o Professor Sérgio Bicudo fez uma referência no colab ao meu trabalho de criação da imagem inspirada no filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças, ou seja, referência a esse post. É interessantíssimo estudar a mente humana, como ela cria; ela é infinita! Pensa sobre si mesma. Quer descobrir como pensa, como faz coisas legais. Por que as acha legais! Por que pensa.

Também escrevo no colab, sou colab_orador! =] Meu último texto lá foi sobre a Priscila Aprígio no dia do aniversário dela. Postarei aqui dentro em breve.

Agora, mesmo sendo sábado sexta-feira à noite, vou tirar um cochilo e ver se tenho um sonho-de-einstein que me inspire a montar uma imagem mais doida do que essa aí a cima! Boa noite.

sexta-feira, junho 13, 2008

Pelo dia dos namorados


my mOther's rose, upload feito originalmente por icaritoenelsol.

Uma rosa para a minha namorada Juliana. Que faz meu coração bater Ju-Ju, Ju-ju, Ju-ju... O cardiologista achou extranho, até entender que era amor, pois sabe que com amor tudo é possível. Ju-ju, Ju-ju, Ju-ju no meu peito vai por aí. Ju-ju, Ju-ju, Ju-ju e no mundo eis um menino a sorrir.

quinta-feira, maio 08, 2008

Assim Deus nos fez

"Acho que é assim que Deus nos fez, sem pensar, apenas sonhou com a gente e foi fazendo, confiando Nele mesmo...
Um processo de criação interessante: construir o presente no presente, conscientes de que somos meros instrumentos aptos a aceitar as idéias de uma beleza maior e que só se torna acessível se estivermos atentos, vulgo: presentes.
No fundo, não perdemos méritos pela nossa beleza, apenas temos consciência que somos um belo espelho. Nós também brilhamos, só que o brilho não é diretamente nosso".
Ju(liana) Ferreira

quarta-feira, maio 07, 2008

Eternal Sunshine of The Spotless Mind

Trabalho para a faculdade. Usando o photoshop e brincando com algumas imagens do flickr em cima de uma foto do maravilhoso filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Adoro fazer essas coisas... E ficam boas só quando eu as faço assim como fiz essa: sem pensar. Estranho? Pois é... É um processo de criação interessante. Quase uma terapia. Esforçar-se em não pensar e criar algo. Uma liberdade, enfim. Compor sem preocupação nenhuma, vulgo "ir fazendo..." Outra coisa interessante foi que eu coloquei links para todas as imagens do flickr.com que me ajudaram a fazer essa montagem. Inclusive as que eu acabei não usando, no final, mas, por algum motivo, quis usar. O resultado é esse que você vê a cima. Finalmente uma imagem do flickr nesse blog que é minha ou "quase minha" porque é uma edição de outras imagens.

terça-feira, abril 29, 2008

O mestre

Paulinho da Viola (bebadosamba):

"Um mestre do verso, de olhar destemido,
disse uma vez, com certa ironia:
“Se lágrima fosse de pedra
eu choraria”
Mas eu, Boca, como sempre perdido
Bêbado de sambas e tantos sonhos
Choro a lágrima comum,
Que todos choram
Embora não tenha, nessas horas,
Saudade do passado, remorso
Ou mágoas menores
Meu choro, Boca,
Dolente, por questão de estilo,
É chula quase raiada
Solo espontâneo e rude
De um samba nunca terminado
Um rio de murmúrios da memória
De meus olhos, e quando aflora
Serve, antes de tudo,
Para aliviar o peso das palavras
Que ninguém é de pedra"

segunda-feira, abril 28, 2008

Minha amiga chorou.

Eu também choraria se um dia constatasse que a vida pode ser não mais que uma preciosa pedra, que a gente lapida a cada dia e nem por isso perde a sua dura característica... e fica de vez em quando no caminho, nos fazendo escolher entre tropeçar e carregá-la nas mãos. Escolhemos carregar e carregá-la pesa, mas deixa 'preciosidade' com a gente, ao menos naquele momento... Aí eu sentiria dor, porque, contudo, a vida passa, a pedra é pó reunido e pode voltar a ser apenas pó. E, depois dessa outra constatação, quereria somente ser a vida que é a pedra de pó reunido e receber tudo o que já dei; naquele único momento, ser também um pouco lapidada, carregada, ser por tudo amada, mas estando estática, como é uma pedra. Porém isso não aconteceria e eu ficaria como uma pedra de aquário sabendo que por ali passam peixes que nunca me tocarão, aí eu choraria até transbordar um pouco a água das paredes de vidro.

sexta-feira, abril 25, 2008

"Se faço sombra em meu caminho, é porque há uma lâmpada em mim que ainda não foi acesa"
Rabindranath Tagore
"que tudo seja leve
de tal forma
que o tempo nunca leve"
Alice Ruiz
"Das colheitas dadivosas
que Deus deixa nos caminhos,
uns curvam-se e colhem rosas,
e outros colhem os espinhos..."
(Ademar Macedo - Natal/RN)

domingo, abril 20, 2008

Poesia Alheia

"um bom poema não é aquele que a gente lê, mas o que lê a gente"
Ricardo Silvestrin - http://silvestrin.blogspot.com/

terça-feira, abril 15, 2008

Era uma família


bar code, upload feito originalmente por wild goose chase.

Era uma família de um pai, uma mãe, dois filhos e um cachorro.

Amar você, Coração, me transforma, me reforma, me dá a forma que sempre quis ter e a tenho querendo ostê!

sexta-feira, abril 11, 2008

Tendo você em amor, meu coração,
posso suportar as dores do mundo.

Engraçado como as coisas acontecem

Tenho um amigo chamado Rodrigo Rosa, que é um dos jovens mais ativos na promoção do bem em São Paulo com quem pude estabelecer um vínculo nesses meus três anos morando aqui. Algumas vezes ele escreve textos e envia por e-mail. Adoro-os! São ótimos... Comentei com ele que gosto de seus texto e ele retribuiu meu comentário presenteando-me com um poema (também de sua autoria). Após isso me senti inteiramente voltado a lhe enviar um texto meu e transformar essa pequena troca de mensagens em um diálogo mesmo. Lembrei do texto Às vezes, comprar a passagem pode ser o melhor da viagem e achei que era o mais interessante para lhe enviar. O curioso é o texto está com exatamente 1 ano de vida! Faz aniversário! 10 de Abril! Achei isso de uma força motivadora. E resolvi colocar tudo aqui como estou fazendo para ficar também uma homenagem ao blog. Fica novamente o texto para que se possa ler e dessa vez dedicado a ele! Um grande abraço no Rodrigo, Rodriguinho!


O Antonio Afonso foi comigo até a esquina. Despedimo-nos e entrei no metrô São Joaquim. Em pouco tempo estava no Tietê. Era quinta-feira da Semana Santa. Quando cheguei na rodoviária e parei um pouco para olhá-la, ver que, na verdade, a rodoviária são as pessoas em movimento e não o prédio estático, deslizei os polegares pelas alças da mochila que carregara o dia todo. Estampada em meu rosto estava a frase "Ir pra casa". Na covinha da minha bochecha estava a palavra "satisfação" disputando um pouco daquele espaço com a palavra "enfim". Até que eu vi que uma não anulava a outra e assim meu sorriso aumentou, a covinha também e as duas com espaço puderam ali dançar uma música em homenagem a harmonia.

Pensando que "enfim" nascia do desejo de chegar e que "satisfação" nascia de onde já se estava, andei até a fila do guichê para comprar minha passagem. Havia mais duas filas a minha direita e, em cada uma delas, uma mãe e, em cada mãe, duas pernas e, em cada par de pernas, uma filha que segurava a calça adulta com seus dedinhos pequeninos. Meus polegares novamente pelas alças da mochila deslizavam. Olhei para a primeira menina, que estava bem ao meu lado. Ela me olhou séria. Voltei. Olhei de novo com o meu sorriso estrelado por minha covinha. Pareceu que algum brilho refletiu no rosto dela e ela me sorriu. Segurando o sorriso, olhei para a frente como quem está fazendo arte. Estava na minha fila. Percebi a segunda menina me olhando. Um sorriso em mim, um sorriso nela. Cúmplices de um sorrir. As mães olhavam só para a frente, estavam em suas filas com o dinheiro na mão. Coisa de adulto. Eu, quando estava olhando para frente e com a carteira na mão, era só uma criança brincando de gente séria. Fazia isso para fazer graça com as duas. Comprar a passagem era o que menos tinha a minha atenção naquele momento.

Eu “sério”, virar o rosto de repente e pegá-las me olhando em flagrante. Ou, elas me pegando em flagrante, eu virar o rosto de repente e fingir estar sério continuando o meu caminho reto. A brincadeira deu a nós três um tempo totalmente diferente do que era o tempo para as outras pessoas nas filas, do que era o tempo que corria no grande ponteiro dos segundos no grande e pesado relógio da rodoviária. Um em cada fila estávamos todos num mesmo lugar e nele vivíamos intensamente. Conversando horas só com os olhos. Longos papos plenos e profundos. Nossos espíritos usando os nossos corpos. Como éramos grandes e leves ali.

Cada um havia chegado vindos de um lugar diferente e diferentes eram os destinos escritos nas passagens, diferente seriam os ônibus, os motoristas que nos levariam a diferentes locais, mas naquele momento era tudo um um. A união nas diferenças. Diferenciar e unir. Não dividir e misturar! Que força éramos nós três! Uma força única habitanto três pessoas naquele momento.

A menina que vi primeiro foi embora primeiro. Saiu quando eu estava sério com carteira na mão e quando a vi já estava de costas, ela saltitava feliz de mãos dadas a mãe, que não presenciara o nosso segredo. Aqueles pulinhos da alegria da menina eram fogozinhos de artifício que raiavam o meu coração iluminado. Trazer para a felicidade. A segunda menina eu não perdi de vista na despedida. Muito preocupada em manter o segredo, demorou um pouco para responder o tchau com a mão que havia lhe dado. Quando viu que ninguém estava olhando, com uma carinha tímida em seu um metro de altura, disfarçando, me respondeu com a mãozinha mais graciosa que já vi em uma criança. Aqueles cinco dedinhos apontavam para o que há de melhor no mundo, eram os raios de um círculo perfeito chamado amor e me entregavam o maior presente de todos mostrado a mim na palma daquela mão: a vida. Aquelas duas na quinta-feira... Saltinhos e dedinhos! Foi a coisa mais linda.

segunda-feira, abril 07, 2008

Fernando Pessoa


Fernando Pessoa/Alberto Caeiro, upload feito originalmente por catb.

E ainda deixo mais um trecho, de outro poema, outro heterônimo:

"Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada"
Fernando Pessoa

domingo, abril 06, 2008

Citado pelo meu amor

Nos comentários, Ju(liana):
"Todos os artistas têm em comum a experiência da distância insondável que existe entre a obra de suas mãos, por conseguida que seja, e a perfeição fulgurante da beleza percebida no fervor do momento criativo: o que conseguem expressar no que pintam, esculpem ou criam é só um tênue reflexo do esplendor que durante uns instantes brilhou ante os olhos de seu espírito." [Papa João Paulo II]

sexta-feira, abril 04, 2008

mammoth plains


mammoth plains, upload feito originalmente por whickus.

quarta-feira, abril 02, 2008

Assim


Civil war, upload feito originalmente por Descriptimage.

Inúmeras vezes nos sentimos assim!
Ora como o terceiro
Ora como o segundo
Ora como o primeiro passarinho
Sempre passa...

domingo, março 30, 2008

Lygia Clark


Lygia Clark, upload feito originalmente por Letrúcia.

"Acho que o que importa é ter uma vida satisfatória; isto é o bastante. Estou convencida de que qualquer pessoa que pense que pode 'finalizar' outra pessoa esquece que as pessoas são e sempre serão 'inacabadas' e vão ser sempre vulneráveis a outra crise, provocada pela experiência de novas percepções"
Lygia Clark

sábado, março 29, 2008

Por que?

Por que disse que viria aqui? Me ver?
Assim, eu anseio demais por sua chegada!
Vivo uma aflição! A de sem você não poder ser.
A aflição de estar sem a minha linda namorada.

Surpresa

Fazer uma surpresa é demais gratificante, todo um planejamento que deu certo e trouxe felicidade! Ganhar uma surpresa é sempre bom se a surpresa é boa! Mas ganhar a possibilidade de fazê-la e fazer parece melhor ainda!
Coral de criança arrepia aquele espírito sensível dentro de nós que tem os olhos puros e enxerga a beleza do mundo: http://vartzlife.wordpress.com/2008/03/27/cruel-luiz-melodia-e-escola-de-musica-da-rocinha/

quinta-feira, março 20, 2008

Última conclusão

A última conclusão é amar!

Ca(cho)rinho

Segue aqui um texto do meu irmão. Ele não tem blog, mas manda para a família por e-mail as coisas que escreve! O título desse é por demais interessante!
Estava passeando pelos passeios de Passa Quatro quando me deparei, logo a frente, com um cachorro sentado na calçada, de costa para mim e como que num movimento involuntário estalei os dedos, para que ele não se assustasse quando eu passasse, fiz um carinho em sua cabeça e continuei andando. Não esperava nada, por mim aquele cachorro continuaria sentado e eu continuaria caminhando, mas me assustei ao perceber que algo gelado tocava minha mão e aquele cachorro que pensava nunca mais ver me acompanhava em minha caminhada.

Tem vezes que agradamos os outros só esperando algo em troca, alguma recompensa, mas percebi, através de um animal de rua, que a recompensa só virá quando nossos carinhos forem verdadeiramente sinceros.
Caio Reis

sexta-feira, março 14, 2008

Chiara Lubich


Chiara Lubich, upload feito originalmente por Servizio Informazione Focolari.

O paraíso, mesmo que absoluto, consegue ficar cada vez mais interessante com o passar dos anos. Somos um, Chiara! Obrigado pelo amor, pelo ideal. Deve ter bastantes frutas brasileiras no céu. Come um manga divina por mim! Acho que essas não têm caroço. Um beijo fílhico.
Vitor Bustamante

segunda-feira, março 10, 2008

Como estou me tornando um ator


Estou fazendo aula de teatro, na verdade uma oficina de diálogo entre teatro e vídeo, na Companhia do Latão para auxiliar minha compreensão de cinema numa dada disciplina da faculdade. Na turma, só eu não sou ator; meus colegas todos são atores e com DRT. Muitos muito bons atores, segundo os olhos meus.

Por ser o patinho feio da turma, ou melhor, por ter o complexo de tal, muitas vezes nos exercícios provavelmente por causa de alguma vergonha que eu sentia, pensava: "Eu não sou ator! Não tem porquê mergulhar assim nisso! Meu negócio aqui é observar criticamente! Esses caras já fazem isso há anos, é a vida deles e eu de gaiato no navio?". Pensamento que me travava. Travava mesmo! Rompia a harmonia com ambiente: eu ficava distante. Também, que raios eu fui fazer numa oficina de teatro sendo que eu sentia vergonha em fazer alguns exercícios de atuação? Apesar de no fundo ter uma vontade imensa de fazê-los, mas que estava soterrada na areia seca dos meus entraves. Talvez fosse uma estratégia de defesa contra o pavor de interpretar pela primeira vez ou ler um texto em público entre bons leitores e intérpretes e engasgar em "enrijecido".

Aconteceu que eu sei que caminhar é preciso e toda caminhada é preciosa. Ainda mais em uma aula de teatro onde a gente pode colher tantas ametistas que ainda não havíamos encontrado nesse novo e fértil solo, que se chama palco. Assim, eu quis teatrar e para isso reformulei minha estratégia. Com uma simples mudança de pensamento, essa nova estratégia me transformou, num lapso de raciocínio, em um Ator. Se penso quê, então: Eu sou um ator! Mas É chato chegar... A um objetivo num instante.

Depois de atingir em milésimos de segundos o objetivo de me tornar um ator apenas com o poder do pensamento e ter alguma liberdade para fazer os exercícios da aula, o objetivo que fora atingido num instante deu lugar a outro, mais relevante. Minhas energias agora são empenhadas na tentativa de me tornar um Bom Ator. O que talvez empregue inúmeros professores de teatro. E, assim, vou indo. Como bom brasileiro driblando meus entraves com estratégias das mais abstratas para entraves abstratos e físicas para os palpáveis. Rumo ao gol! Rumo as palmas! Tornar-me um espetáculo!

domingo, março 09, 2008

O novo sempre vem

Encontrei esse poeminha nos meus rascunhos do gmail. É engraçado ao lê-lo ver que os olhos já são novamente totalmente outros e a essência é mesmo a mesma. Devo ter escrito isso já faz um ano

É bom ver que eu amo o meu passado
E saber que por mim (e por vocês) ele foi realizado
É bom estar nos velhos tempos (é bom o voltar)

Para sair um pouco dos "momentos de agora"
Basta estar com vocês. Bom é rir, fazer rir
Rirem de mim e rir de vocês e depois ir... Embora

Ver que por mais que eu pense estar mudado
Eu ainda sou o mesmo e essa essência sempre serei

Os olhos são outros, há mais gente no coração
E por isso ele cresce e me leva junto. Pois temos dadas as mãos

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

As coisas que ela faz

Por mais que escreva das coisas que outros fazem, as que me dão gás para me erguer sempre que preciso, para me atirar no novo, são as coisas que ela faz.

Eu não sabia o que era o amor, que o amor podia ser assim tão bom. Soube depois que a minha alma criança pode repousar em seus braços de carinho, namorada.

sábado, fevereiro 23, 2008

Essa coisa que os outros fazem

A frase no post abaixo eu escrevi para o final de um slide de fotos, onde cada foto era a foto de uma criança olhando para a lente. Fotos de olhares. Olhares das crianças com as quais um amigo fez muito mais que um trabalho, fez grandes amizades. Montando o slide, os outros amigos que ajudavam a preparar a surpresa, falaram de pôr uma frase. Queriam que eu escrevesse, é do conhecimento geral dos meus amigos que eu gosto de escrever, mas fui procurar no google "olhar é" + frases. Não achamos algo que servisse. Aí, insistiram para eu fazer uma. Pensei na situação e sob a pressão deles algumas idéias foram vindo, mas com formas muito ruins na minha cabeça, porém que eu ia descartando e, buscando entender porque descartava, tentava novamente uma outra frase para expressar a idéia que queria. Até que eu cheguei nessa que vemos no post abaixo. Só depois de tudo pronto, muita complicação no computador e o já dvd gravado, eu fui ver a frase com olhos novos e gostei mesmo do que escrevi. Ainda mais pelo contexto do amigo, Rafinha, que irá ver as fotos das humildes crianças sorrindo para o olho de uma câmera que sabiam que no momento do clique era os olhos de quem as ama e com elas caminhou e caminha estando na felicidade.
A voz da gratidão está no olhar de quem é amado.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Quadra

Se perguntasses à pessoa certa,
certamente verias porta aberta.
Foste confiar em quem não presta,
agora bate a parede na testa!
sobre pedir informações para andar em São Paulo

sábado, fevereiro 16, 2008

Comentário de minha namorada sobre eu sobre rodas =)

Quando vivemos o momento presente, simples coisas são capazes de nos trazer
felicidade, ou quando fazemos isso, somos capazes de enxergá-las.

Nossa existência é complexa e não complicada. Nossos planos se tornam difíceis ou são abandonados porque nós adiamos sempre o primeiro passo, aquele que depende
apenas do nosso sim, o que incluiu nossa vontade, nossa coragem e determinação.

Lamentamos porque não sentimos mais a adrenalina de ultrapassar nossos
próprios limites, a sensação libertadora do risco e velocidade, o sentimento
entusiástico de se perceber que somos mais humanos do que pensamos, de que
podemos ser mais, pelo simples fato de termos rodinhas nos pés, e isso faz toda
diferença.

Fiquei um dia entusiasmada com um largo sorriso só de
visualizar os trajetos que meus olhinhos quase negros percorriam sobre 8 rodas
(4 para cada pé, alinhadas numa reta). Acompanhada de um sentimento de risco e
de "Ai, meu Deus! Esse menino é mais louco do que eu pensava!", outro sentimento
vencia todo o receio por ele e sua segurança, um sentimento de orgulho e de "E,
como eu gosto disso!".

Minhas palavras se resumiam a "Nossa!" a cada vez
que ele me falava que já tinha pulado por aquelas escadas, que já tinha descido
aquela longa íngrime ladeira, que já tinha pulado de cima daquele muro, que já
tinha despistado alguns seguranças com suas rodinhas, que já tinha se estourado
todo tentando fazer aquela manobra...e meus olhos brilhavam cada vez mais.
Dentro de mim apenas dizia: "Que máximo! Meu namorado anda de patins!"
Ju(liana)

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Você se lembra?


Do you remember, upload feito originalmente por TomLA.

Eu olhei para essa imagem a tarde inteira - salvo que eu exagero às vezes. É linda! São lindos esses patins e me dão vontade de patinar novamente por aí. Desde que a cidade em que moro ficou gigante de repente, desde que me mudei para São Paulo, a minha vida sobre rodas ficou esquecida dos meus dias e só existente em lembranças e em vontades. Às vezes acontece de eu ver um patinador entre os carros. Um perigo, se diz! Uma alegria, vejo eu. Mas contudo não arrisco e não é essa a vontade que eu tenho. Eu patinava pela cidade no interior. É uma delícia fazer isso! Mas também patinava dentro de casa deslizando incontáveis manobras e combinações num cano firme de ferro feito sob medida. O meu corpo ia... Um impulso numa direção escolhida e lá ia ele! Magro, moleque, medindo até onde poderia ir sem que tivesse de dar outro impulso. Passeava com o cachorro a me puxar - isso foi raro. Escolhia ladeiras desertas de carros para descer e até pulava escadas. Era gostoso! Gostoso escolher se lançar e depois de lançado não ter mais volta. Meu corpo se mexia muito mais do que meus dedos num teclado. Ia de frente, de costas, de lado e de outro lado, pulando e girando e pulando girando, horário e ante-horário. A minha vontade agora é me mexer novamente. Uma vontade que se faz mais do que só vontade pois me põe em equilíbrio! Não era só equilibrar-me em pé sobre as rodas... Patinar era equilibrar a minha biologia, a minha vida. Está fazendo falta!

sábado, fevereiro 09, 2008

Para os casais

Que as alianças dos casais sejam como coroas de Nossa Senhora.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Muito mais é o repouso

Acho que sempre será um terço ou mais a proporção dos amigos mais caros que se foram. E levam um pedaço do nosso coração, que, quando retorna ao nosso peito num reencontro, resplandece num imenso sorriso. Se não imenso em tamanho, imenso em muito mais do que podem os músculos, pois muito mais é o repouso.
Comentando nesse post: http://vartzlife.wordpress.com/

Fios

Os fios poluem o mundo. Coisas sem fio são bem mais atraentes. Principalmente cidades.
Comentando nesse post: http://objetoabjeto.blogspot.com/

Para Andretto

De quando perguntei como chegar ao Villagio de ônibus e recebi sua localização em meu e-mail

Então, aí neste mapa que me mostraste, está meio que como ao site. O que queria eu saber, se você também o soubesse, claro, caro Andretto, é sobre quais são os ônibus para os quais devo eu dar sinal e neles entrar para que possa ao Villaggio chegar. Saindo do Shopping Eldorado em São Paulo, por exemplo. E, se não o sabe, que pudesse perguntar a alguém mais indicado do que pude eu perguntar, quem pudesse nos dar essa resposta, pois já transformei o meu problema em seu também e há agora mais duas pernas para se chegar até a solução.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Plagiando Vinicius

A Um Passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.

Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
Vinicius de Moraes

domingo, janeiro 20, 2008

Minh'última poesia assim

Passarinho da manhã, cantai!
Cantai para esse menino
Pois não mais pode ele
Dormir nessa madrugada que se encerra

Passarinho da manhã, contai!
Contai para mim o que
Dizem que os passarinhos contam
O segredo mais óbvio de um coração

Passarinho da manhã, voltai!
Pousai na minha árvore.
Pela janela vou lhe ver e ouvir
Dizer que em hesitar minh'alma erra

Passarinho da manhã, adeus!
Vou sair dessa poesia e
Ir atrás de quem é pra mim a perfeição,
Entregando-me como quem entrega tudo em oração...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

SMS1 2008, para Ju

Em meus pensamentos confundo o teu nome com felicidade inúmeras vezes e dando-me conta, repouso no sorriso adorável de quem agora para ler o mundo e aprender novos nomes, novas palavras usa os ensinamentos, o dicionário de Deus!

E um anjo se faz menino...

Um anjo na terra uma vez estava muito cansado depois cumprir numa única noite inúmeras tarefas que já haviam sido adiadas inúmeras vezes. Com os olhinhos miúdos de sono, ia pegar o telefone e ligar para a menina mais bonita que ele encontrou por aqui e que agora namorava. Para lhe desejar boa noite, como sempre fazia. Aconteceu que pouco antes disso ele recebeu dela um texto no seu e-mail; um texto que a menina fez sobre ele e sobre ela. Sobre a história que eles estão vivendo e que é um presente de Deus por terem cumprido a Sua vontade antes de se conhecerem e um tudo acontecer. Nesse texto, ela muito mostrou a maneira como podia vê-lo com seus grandes e belos olhos claros e, novamente, pois já soubera mais de mil outras vezes, soube o quanto a menina é grande e bela e única e o faz realizar sua missão na terra estando os dois juntos. Os olhos que já estavam miúdos muito se engrandeceram e ele, que maduro e consciente sempre se mantinha firme, chorou livremente ao ver tantas cores e brilho em tão curto momento. Depois que as gotinhas caíram e ele se enxugou, com as mãos estendidas ergueu para Deus as suas asas, oferecendo-as, e Deus, que já esperava por apanhá-las sorrindo pacientemente, recolheu-as. Deus não falou nada para o anjo e também não precisava, pois o anjo feito menino já sabia que sua volta ao céu seria no amor daquela menina. Aquela menina que podia colocá-lo lá quando quisesse mirando suavemente sobre ele o semblante que o recheava e o recheia de paraíso.

terça-feira, janeiro 08, 2008

O Valter Hugo Muniz link, grande amigo, me deu um belo presente de aniversário mês passado. Fez um poema e me chamou de Chaplim. Fez um poema e falou do Amor como único fim. Fez um poema para falar de mim e me deixou assim a rimar sem fim tudo com im. A primeira sílaba do infinito, a palavra que diz do que nunca termina. Assim, sem fim, seja a nossa gratidão, Valter. Que nossos sentimentos estejam sempre recheados dela. Assim estou.

Poema pro meu amigo Chaplim

Tinha um garoto, com cara de menino, que não parava de sorrir aquele sorriso engraçado.

Mas o que mais deixava perplexas as pessoas, era seu olhar que se perdia, profundo, mesmo diante daquela barba desfeita, o aspecto externamente descuidado.

Dentre seus dons a capacidade de simplesmente ver o mundo, sem vícios e vicissitudes que a banalização do olhar constantemente nos é imposta.

Essa garoto me fez chorar quando disse seu sim, sem saber o que estava assinando… Aquele acordo englobava milhões de almas. Ou será que ele sabia?

Mudam-se pessoas, o tempo, a vida, e a gente escolhe, antes de tudo, um Deus pra louvar, um amor pra amar e se delicia simplesmente por poder, desta festa, participar.

E assim, forró, samba, o que me importa?

Tanto pra mim, quanto pro garoto-Chaplim só resta a sensação de estar, mais que tudo, vivendo.

Aprendendo com os erros, mergulhando em crises aparentemente sem fim, mas tudo pra que a gente se dê conta, que nem tudo é tão complexo assim.

Pois tanto eu, quanto o meu amigo Chaplim, pudemos perceber que o amor, quer dizer, o Amor, é o único fim.

Fim em si, finalidade.

E mesmo que o tempo passe e adquirimos responsabilidades, decorrentes da nossa idade.

Podemos nos dar conta, de que é possível olhar o mundo, chorar com música bonita, fazer poesia.

Sem vergonha de manifestar, essa nossa tão efêmera sensibilidade.

Poesia em homenagem ao meu grande amigo Vitor Bustamante que ontem, 04/12, completou mais uma primavera.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....