quinta-feira, abril 29, 2004

Segredos Vitorianos do Misterioso Carnaval de 2004

Eu sou um bosta com as mulheres. Dei carona para Ela até onde a vã com o pessoal nos pegaria para irmos pular o carnaval numa cidade interiorana. Esperamos pouco e falamos o tanto que deu. Como fomos os últimos, ficamos nos piores lugares, na frente, longe da galera, junto ao motorista - piores se observados num primeiro golpe de vista, porque, olhando por um pouco mais de tempo, acabamos percebendo que aqueles lugares não poderiam ser melhores para o belo casal; pensando no jovem Vitor: a oportunidade de ouro.

Pulamos todos o carnaval, não houve olhares entre eu e Ela, aliás, as visões de algum relâmpago romance (que é o que mais temos nos dias de hoje, ainda mais no carnaval) vinham e saíam do meu imaginário como os raios que vêm a terra e voltam para suas nuvens antes que possamos tirar uma foto. Fiquei muito do tempo que passamos naquela cidade com o meu amigo Daniel. E como é ótimo conversar com bom e grandioso amigo! Nos projeta à leitura do clássico livro da nossa vida. Voltamos (eu e ele) antes Dela para a vã e sentamos na frente. Iríamos nós, agora, ao lado do motorista e Ela com a galera. Por sermos humanos e sociais, não esperamos calados os outros voltarem para partimos. Temos hoje dezoito anos e a vontade de saber das categorias de carteira de motorista está mais viva e forte do que em qualquer outra possível época. Carteira da categoria A é para motos, B para carros de passeio, C para transporte em veículos de médio porte onde não são transportadas nem cargas perigosas e nem animais bípedes que raciocinam. A categoria D possibilita as negativas e positivas da C e a na E você pode dirigir grandes veículos articulados como o nosso amarante motorista já dirigira em profissão. Fora motorista do corpo de bombeiros. Claro que eu "viajei" um pouco na hora da conversa e não tenho certeza sobre toda essa informação que estou dando - não há conversa que eu não me distraia por alguns segundos ou minutos.

Quando Ela chegou para ir embora e abriu a nossa porta para pegar a sua bolsa, foi perguntado se Ela gostaria de voltar aonde veio: comigo. Ela quis! Mais uma vez o Daniel se provou um amigo verdadeiro, deixando-a ir ao meu lado instantaneamente. Mas até mesmo o mais filho-da-puta de todos os rapazes dificilmente não cederia a um pedido daquela moça. Na sala de aula "todo mundo" algum dia fora apaixonado por Ela. E Ela tem, além de tudo o que normalmente balança as cabeças da hormônica juventude masculina, cintura - sobrevivente ao estrago estético causado pelas novas calças jeans como diriam os estudiosos de moda que se metem a estudiosos do desenvolver do corpo feminino.

Nunca, eu e ela, tratamos as nossas conversas de forma calorosa, o que não significa ausência de tentativas, pois houve, e de ambas as partes, todas frustradas - seria por "vibrarmos" em sintonias diferentes? Eram sempre conversas de conhecidos, havia um muro a destruir para nos metamorfosearmos em amigos de verdade. E na volta não foi diferente, apesar de termos nos falado muito mais soltos e espontâneos. Era perceptível a qualquer um a nossa carência sexual pelo modo como observamos os amigos que haviam conquistado os seus romances relâmpagos no decorrer do dia.

Antes de continuar é preciso dizer que tenho um amigo apaixonado por ela e que isso vinha a minha cabeça de vez em quando e me fazia refletir algumas vezes ao invés de conversar. Ficava viajando nisso.

Ah, como em certos momentos eu quis desistir da amizade do apaixonado amigo só para tela em meus braços um único momento, nada mais. Era carnaval! Mas eu tenho medo, sei que sou bobo e que me apaixonaria por um beijo dela só para sofrer em poesia, pois eu adoro isso! Pensando um pouco, isso deve ser um trauma do primeiro beijo, me faz pensar que acontecerá igual nos dias de hoje, que fantasiarei um namoro simplesmente por ter sido beijado, que eu vou querer amar só por ter lábios aos meus. Pensar assim é acreditar que eu tenha a mesma cabeça do terceiro mês dos meus 16 anos. E eu não tenho mais.

Ah, sim! Também é bom dizer que ela o tipo de pessoa misteriosa. Nunca se sabe o que ela está pensando, pensa ou pensará a respeito de algo. Leitoras, se alguma revista tititi trouxer o conselho "seja misteriosas para conquista-lo", rejeitem a idéia. A não ser que vocês estejam buscando um caçador de mistérios, porque, se estiverem com o alvo já escolhido ele pode simplesmente detestar a idéia, sendo assim uma pessoa muito parecida comigo nesse aspecto.

Acredito que tenha passado a possibilidade do "ficar", e ainda ouso mais: comigo, no raciocínio feminino Dela. Houve uma hora que fiquei olhando para ela, mas só na hora que voltei os olhos para os olhos-de-gato que iam passando ao lado da vã, na estrada, que Ela retribuiu a olhada, e permaneceu um tempo me observando - segundo a minha visão periférica. Houve outro desencontro quando tive coragem encara-la. Havia um sonífero silêncio que se estabelecera no interior do veículo durante todo esse parágrafo.

Não tenho dúvidas de que houve oportunidades de manejar aquela provocante gostosura para a aplicação de um belo beijo e que ela ao mesmo tempo em que não queria, também queria muito tudo isso. E que houve muita viadeza da minha parte. Mas melhor assim, ainda tenho um bom amigo e não choro por ela ter se mudado para São Paulo, ou seja, continuo no período de estiagem, seca brava. Entretanto não posso dizer que sou "um cara difícil" - sou complicado, isso sim - pois nunca uma menina me deu uma cantada verbal que eu ousasse dispensar. Ops! Nunca ganhei uma cantada verbal. Houveram piscadas de amiguinhas do meu irmão, algumas possibilidades de atitudes não tomadas, inícios de novos assuntos quanto eram para serem iniciados os elogios ou algum arriscado carinho; enfim muitas me acham bichosamente babaca. Porém isso realmente não me importa, sempre esqueço logo esses eventos e para lembrar é preciso desempoeirar a última estante da parte escura e com goteiras da biblioteca da minha memória.

quarta-feira, abril 28, 2004

Post novo só amanhã
O que vocês querem?

Dance o clipe MTV,
Segredos Vitorianos do Carnaval Misterioso de 2004
ou Debate entre Vitor e Pablo sobre a inclusão de esportes radicais nas olimpíadas?

Um voto por cabeça, por favor. Não, seu engraçadinho! homem não pode votar duas vezes; só se digital o voto com os testículos!

segunda-feira, abril 26, 2004

A Casa (Vinicius de Moraes)

A Casa
Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada. Não se podeia entrar nela não, porque na casa não tinha chão. Niguém podia dormi na rede, porque na casa não tinha parede. Ninguém podia fazer pipi, porque pinico não tinha ali. Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero. Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero.
http://www.cab.org.nz/

domingo, abril 25, 2004

--Ah, então foi isso, Vitor. Você estava sem vontade de escrever o capítulo III e forçou uma escrita inteligente querendo fazer bonito superando com classe e nariz empinado a não-vontade-de-escrever. No final, acabou não gostando de como escreveu o tal capítulo.
--É verdade, caro amigo. Acabei me achando prepotente. Como você disse, quis fazer bonito e não escrever.
--Mas do quarto capítulo você gostou...
--Ah, sim! Gostei muito.
Parar de escrever

Depois do segundo capítulo dos posts sobre o show do cpm22 eu quis parar de escrever sobre. Já era algo meio passado e a piora na qualidade da escrita que o segundo texto teve também serviu para me desanimar. Mas eu lembrei-me de que já tinha começado e de que tinham pessoas querendo saber o que aconteceria no próximo capítulo, eu tinha certa responsabilidade com essas pessoas, com vocês.

Seria desrespeitoso da minha parte parar a história no meio. E ter esse dever é muito importante para eu crescer um pouco. Não sabem como! Isso me faz lidar com deveres que contrariam as vontades do momento; me faz jogar esses deveres na esfera do desafio e vence-los ou, ao menos, tentar. E, se vocês observarem que eu posso ser melhor e estiver sendo pior, podem me cobrar, pois eu sempre trabalho melhor sobre pressão.

sábado, abril 24, 2004

Nossa! Reli os capítulos agora. Como que eu escrevi chato o Capítulo III! Desculpa, gente. Deve ser influência do Primo Basílio.
O Show - Capítulo IV - Final


Era muito bom estar ali cantando as músicas do cpm junto com as outras pessoas pulando na chuva. Parece que a chuva contribuiu para um clima mais rebelde em nós. Havia uma "grade" separando o povo do palco, uma distância de 4 ou 6 metros. Mas ela não durou muito não... Talvez no show do Djavan, esses mais calminhos aquilo resista. Correria novamente! Todo mundo queria ficar mais perto dos caras.

Música Nova: Não lembro o nome e nem se eles falaram, procurei no site deles, nas páginas dos fã-clubes e não achei. É muito foda! É num formato interessante: um verso calmo e no próximo a banda explode atrás da voz do vocalista, calmo, explosão, calmo, explosão... Ficou um jogo "melódico" muito... muito... de um groove fudido. Queria ouvi-la já, aprender a letra! Talvez tenha um show deles aqui por aqui, em Guará; arrumo um gravador portátil e pronto!

O ápice do show foi quando o Wally (vide foto) começou a conversar com dois "carinhas" que estavam perto do palco e ninguém entendeu nada de princípio. Com o decorrer da conversa ficou claro que esses dois caras ficaram mandando o cpm se foder durante o show todo. O Wally acabou com eles de todas as fomas possíveis: Primeiro com argumentos, depois virou a bunda para eles, deu um tapinha e mandou beijarem. Foi o melhor! O Baduino, vocalista, (na verdade Badaui. é que eu achava (sem certeza, claro) que era Baduino até o Felipe me corrigir) fez um comentário: "Se fosse vocês não beijava que isso aí tem um mês que não lava". E para completar o "acabar com os dois caras":

Sabem aqueles grupos que vão ao show e ficam um pulando no outro, é todo mundo conhecido do outro, não é briga, mas tem umas pancadas feias? Tinha uns três grupos nesse show. Quando o Wally falou dos caras, os três (acredito) foram atrás dos idiotas. Estavam perto do palco e foram apanhando, passando bem no meio da galera, assim como Moisés e o mar vermelho (ou foi o mar morto?) até o final, lá atrás onde não tinha mais ninguém. Nossa! Mas não deve ter ficado nem o ciso na boca dos caras para contar história, foi altamente espancadante! Já estava no final e não demorou muito o show acabou.

sexta-feira, abril 23, 2004

O Show - Capítulo III

Com a chuva, todos fugiram para locais cobertos. Eu e o Felipe ficamos com o pessoal que preencheu o shopping center da cidade. Era só piscar as luzes e por um tuntuntúm de fundo musical que o recinto virava uma balada perfeita.

As Caraguatatubenses são muito bonitas e aqueles molhados decotes ostentando gotículas da chuva era um conforto visual compensador o suficiente para nos relaxar e deixar-nos tranqüilos, distraídos e despreocupados. A chuva amenizou um pouco se transformando num chuvisco contínuo. O Shopping começou a esvaziar-se, todos, inclusive nós, íamos para a porta. Lá, em frente ao palco, via-se as pessoas molhadas esperando o show, cada uma com a sua filosofia foda-se-chuviana.

Essa filosofia contagiou todos os que estavam secos sob os tetos quando, num tiro sonoro, os versos viajaram até os ouvidos: "Não há mais desculpas, você vai ter que entender, quando olhar pra trás, procurando e não me ver!" Fomos todos, correndo, pisando com vontade em poças, pulando, fechando a avenida da praia e gritando a música com nossas veias por onde o rock'n roll percorria todo o corpo a sacudir a nossa alma e nos fazer vibrar tal qual as cordas das guitarras. Foi uma sensação que valeria sozinha todos os shows de uma juventude. Amontoamo-nos frente ao palco. O show havia começado.

quinta-feira, abril 22, 2004

O Show - Capítulo II


No caminho entre a rodoviária de Caraguá até a casa do meu tio Adriano, onde ficamos; adivinhe o que aconteceu com o Vitor, aquele desgraçado? Descendo da calçada de uma casa em reforma para atravessar a rua? Hein? Ele enfiou o pé numa poça de cimento! Mas enfiou cavernoso, feio mesmo, com muito gosto. O único consolo que o Felipe foi capaz de arrumar naquela hora é que ninguém iria querer roubar os meus tênis novos (ex-novos, aliás).

Chegamos, fritamos hambúrguer (sim, me queimei com o óleo, claro que isso iria acontecer; estou vendo a marca no dedão agora), ovo mexido, e o arroz já tinha pronto. Estômago tratado, banho tomado, tênis lavado, dentes escovados, fomos para o show! _o/

Chegamos e já tinha bastante gente, havia uma garoa fina muito sapeca e risonha. O show, gratuito, era em um local especial para eventos como esse: um cimentado na praia. Só havia pessoas entre 16 e 25 anos pelo o que eu pude perceber. Todos olhando para o palco esperando o Badaui entrar (vide foto) e, de repente, quem que começa o Show? Uma dica: não foi o cpm22. Quem foi?
a) O Batman
b) O Primo Basílio
c) A Penélope da MTV com suas mamas maravilhosas
d) São Pedro, aquele fillo da plutta!

Acertou! Alternativa d) São Pedro, aquele fillo da plutta!

quarta-feira, abril 21, 2004

O Show - Capítulo I


Como era de se esperar, ainda em São José dos Campos, os primos já iam falando bosta o tempo todo. No ônibus até a rodoviária tivemos muita sorte de ir ao lado de um humilde vendedor de algodão-doce. Aquela árvore de nuvens azuis e rosas protegidas cada uma por um saco plástico, era toda a vista que tínhamos naquele curto trajeto. Claro que, custando 1 Real cada uma daquelas colônias de glicose, eu não resisti. Tive que comprar!

Lá estava eu a caminho da rodoviária para descer a serra comendo algodão-doce cor-de-rosa com o Felipe (bichosamente romântico isso!). Ele não quis muito e fiquei um tempo me divertindo sozinho com a minha nuvem particular de chover açúcar; todo tranqüilo naquele banco duro do transporte público, lambendo a ponta dos dedos calmamente, sem presa alguma ao contrário do motorista, aquele viado. Por que viado?

O desgraçado passou tão rápido por um desnível no asfalto que me fez levantar a bunda do banco o suficiente para me sentar em cima do meu testículo direito que é um pouco mais para baixo que o esquerdo. Puta merda! Isso dói! Dói bagarai! Sem noção da vesguice contida na minha expressão facial. Quase cheguei no show falando fino.

domingo, abril 18, 2004

Diretamente de São José dos Campos...

Speed House

...do PC central da LAN HOUSE que o Felipe trabalha, eis que surge, no ctrl+alt+blog, ele, Vitor! Postando besteira no início duma viagem de muitas conversas besteiradas. Esses dois, Felipe e Vitor, vão amanhã para o litoral assistir um show aberto do CPM22 no aniversário da cidade de Caraguatatuba para só voltarem no feriado. \o/ Uma ótima viagem para a gente, pessoal! =D

sábado, abril 17, 2004

Sobre a Briga

No dia seguinte eu fui falar com o meu motorista. Falei que eu tava devendo metade do mês e que iria pagá-lo. Na sexta-feira, paguei e foi bom ver que não houve ressentimentos de ambas as partes. Quando eu estiver com carteira de motorista ele não irá me fechar tentando jogar para o acostamento e nem eu nada... Ficou estranhamente profissional. No fundo eu gostava dele e ainda gosto, mas foi inevitável a discussão uma vez que ele não ouvia numa boa.

sexta-feira, abril 16, 2004

A Briga - icq log editado

É que o desgraçado do motorista da minha escolar pega a gente correndo no colégio para ter que ir num outro e ainda ficar esperando bater o sinal desse outro colégio, o povo descer as escadas, entrar na topic e etc. Por que no meu colégio ele não pode esperar?

Quando não dá tempo de pegar, a gente se atrasa um minuto ele vai lá no outro colégio e pega a gente na volta do outro lado da avenida.

Só que "hoje" estava chovendo e eu saí mais cedo e fiquei conversando na frente da escola, quando bateu o sinal: "agora sim eu vou embora"

Quando terminei de me despedir do Daniel e virei para trás ele (motorista) tinha saído. Para quê? Para ir ficar esperando lá no outro colégio. Foi nem um minuto depois do sinal. Aí eu tive que esperar na chuva a escolar passar lá na avenida. Foi o estopim! Quando chegou e parou para me pegar, botei a cabeça para dentro da escolar e soltei o verbo!

Falei que qual era a dele. Que não esperou nada. Que saiu correndo para ir esperar na outra escola e, olhando para o povo da topic, falei que ele não respeitava ninguém colocava 4 num banco de 3... e ele só falando que eu que não respeito, que eu fiquei conversando, que agora discutindo eu tava atrasando o pessoal com fome e ficou falando -- enquanto eu falava -- para alguém fechar a janela para ir embora.

Ficou fugindo ou com medo de eu abrir os olhos de algum colega de escolar para tomar a mesma atitude minha.

Tem uma garota, coitada -- deve estar na sétima -- todo santo dia ela vai sentada no buraco que separa o banco-que-levanta do banco fixo, apertada com mais três pessoas (isso dá 4 pessoas num banco de três) E o que ela pode fazer, tadinha?

Nossa, não queria me ver assim! Artérias no pescoço, veias nos olhos arregalados, exalando um ódio sustentado por uma razão inquebrável que o faz dilatar até se partir em desgosto de si mesmo pelas palavras famintas cruelmente encaixadas que eu solto da jaula (um pouco de exagero não é nada demais).

E todo mundo reclama disso! Eu já reclamei com ele. O problema é que ninguém faz nada; por isso que o mundo está assim, todo mundo se acostuma com as injustiças, falta de respeito etc! Ninguém nunca me falar assim como eu falei. Até me assusto de mim, só de lembrar.
"Não assistimos BigBrother, lemos livros. Porque analizar psicologicamente analizante e analizado é muito mais interessante"

Rotiv Senun Rodasnep

quinta-feira, abril 15, 2004

Choveu e o Vitor se fodeu.
Festa de São Benedito



Oh, caros amigos. Como o prometido não será cumprido, venho dar uma satisfação. Falando jovem: Tá bombando a maior quermesse aqui em Aparecida, mais conhecida como Festa de São Benedito. É na praça do centro, hoje é show do Falamansa e o Vitor não vai lhes caprichar um texto de passado briguento e ser o jovem-alternativo-não-vô-na-festa da cidade, ele não é bobo!
Felipe é um primo meu que me fará ficar com alguém. Vide comentários. O insistente ainda vai me convencer a experimentar beijos de outras moças.

quarta-feira, abril 14, 2004

Briguei!

Acho que eu nunca tinha brigado com ninguém. Não caímos na porrada, mas a discussão foi boa na frente de todos. Um show eu diria. Onde os atores, eu e o motorista da minha escolar, talvez tenham interpretado o chamado Papelão daquela frase: "Mas que papelão, hein?" (Não, seu idiota! Não é frase do cara que ganhou a caixa da minha geladeira nova)

Bem... Amanhã conto tudo. Ainda é cedo para falar do ocorrido. Melhor tomar um banho, ler um pouco e dormir uma noite inteira. Aliás é bom dormir logo, porque agora eu vou para a escola de ônibus e isso me obriga a acordar mais cedo.

Leia o segundo parágrafo do post abaixo.
Hoje, não... cheguei agora em casa, tive um GRANDE dia!

Na aula, eu e o Daniel nos enturmamos, através de um jogo de truco, com um grupo só de garotas que vamos conhecer melhor. São as meninas de estilo alternativo da sala. Além de termos tido papos interessantes e gostosos com meninas do nosso grupo de amigos. Grupos que eu digo são as pessoas que fazem uma roda no intervalo e ficam conversando. Não são panelinhas porque todo mundo está buscando conhecer tudo mundo. É uma turma legal. =]

Depois eu briguei o motorista da minha escolar. Mandei ele a merda. E isso está a todo momento me tomando o pensamento e mexendo em sentimentos não agradáveis desde a hora do almoço. Horrível! Mas foi bom verbalizar aquelas coisas engasgadas à muito! O estopim eu conto num próximo post. Conto tudo. Aconteceu tudo hoje e é melhor escrever amanhã.

E ainda conversei com uma amiga antiga que há muito não falava. Eram só Ois aos nos cruzarmos nos corredores do colégio. Tive papos interessantes gostosos com mais duas amigas. Conheci uma moça do meu cursinho que voltou comigo de ônibus para Aparecida -- moramos no mesmo bairro -- após vermos no colégio o filme musical HAIR. Fala sobre os hippies, guerra do Vietnã (não sei escrever ainda) e está no meu Top5 de melhores filmes do mundo (esse "do mundo" no final da frase causa um impacto legal). Estou ouvindo o CD da trilha agora! É bom conhecer pessoas.

segunda-feira, abril 12, 2004

Era uma vez um livro muito chato que todo mundo tinha que ler para o vestibular. Ninguém gostava dele, assim como ele não gostava de ninguém. Ele era bom, mas era um saco; e as pessoas também eram boas, legais, mas o odiavam mais do que ele não gostava delas. Um dia o livro caiu no chão um tombo feio que o embaralhou todo. As palavras não desmontaram, mas trocaram de lugar; a história ficou totalmente diferente; ninguém entendeu como isso pôde ter acontecido. Formo-se uma história prazerosa, dinâmica, a leitura fluía com um riacho em dia chuvoso.

Só que isso não foi bom para o livro. Todos reclamaram, as pessoas que o xingavam, que não passavam do primeiro capítulo, falavam que virara livro de quem lê só harry potter; e o livrinho, apesar de não ser rotulado como chato, ficou famoso como sendo ruim, sem qualidade. Isso causou sérios problemas que desestruturaram psicologicamente o bichinho.

A tormenta não parava e o livro foi entrando em depressão. Em três dias a tristeza era tamanha que ele tentou suicídio: Pulou da geladeira: Pá! No tombo o texto todo mudou novamente e dessa vez o título também. Isso tudo fez com o livro ficasse legal e bom ao mesmo tempo. Todos gostavam dele agora; sempre era comentado nos terceiros anos e cursinhos. De O Primo Basílio com uma história detalhista e enrolativa, formou-se o que lhe salvou da sua morte no esquecimento: Ola Pro iBomisí, sem rodeios e de escrita muito inteligente; outro título, outra história e todos o adoraram.

domingo, abril 11, 2004

Olhem que ótima idéia do publicitário do Schwarzenegger!

sábado, abril 10, 2004

Estou melancólico!

É incrível o poder que a leitura ou o escutar-música têm. Eu sempre fico bem, inspirado, corpo melhor até, se eu li alguma coisa ou me penetrei em uma letra pensante de música. Fecho o livro e pronto, lá estou como se saísse do mergulho na cachoeira da montanha sagrada do sol nascente dos grandes cumes orientais. Ou então, ouço aquele verso e meus pensamentos viajam pela galáxia do raciocínio pseudofilosófico encaixando as peças da realidade na nova visão adquirida e fico BEM.

E, se acordo, não ouço música e nem leio um pouco, é como se ainda não tivesse levantado da cama; nem tomar banho ajuda. Tem que ser música ou leitura! Por quê?

Ter escrito isso ajudou, mas muito pouco. Vou almoçar -- não muito, pois enchi o rabo dos chocolates que a professora de regime Minha Mãe ganhou (salve esses alunos!) -- e tomar um banho seguido de uma leitura (O Primo Basílio =/) enquanto ouço alguma boa -- na minha opinião -- música. E tudo se resolverá.
Feliz Páscoa, pessoal! (é hoje?)
Que isso venha dentro do seu ovo de chocolate!

sexta-feira, abril 09, 2004

A nossa geração
é dividida em dois grupos: os cresceram vendo xuxa e os que cresceram vendo ra-tim-bum!

Eu cresci com ra-tim-bum!, graças a deus!
Por que formiga faz bem para a vista? Já viu tamanduá de óculos?
Por que cenoura faz bem para a vista? Já viu coelho de óculos?

Não tem um nome que significa responder uma pergunta com uma outra? Acho que eu já vi isso. Alguém sabe? É da mesma família da metáfora, prosopopéia, metomínia e por aí vai.

quinta-feira, abril 08, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo VI - Final


O ciclone se formou e tudo ia para o centro, menos eu que segurava no armário. Tudo girava, inclusive o monstro. Em volta do tornado as cascas do ovo explodido circulavam e começaram a emitir uma luz pausada: Luz, não-luz, luz, não-luz, luz, não-luz. Pareciam elevar o seu cosmos, o seu Ki.

A luz se fortaleceu tão brancamente que me cegou alguns instantes. Nesses instantes tudo se condensou, o ovo se refez e o mundo normal estava de volta.

Como aquela comida das tigelas não me era variedade suficiente, peguei o ovo e o fritei enquanto o prato rodava no microondas. Prato pronto, copinho de suco na mão; liguei a TV e me estirei no sofá que me cumprimentou educadamente sugerindo que assistíssemos ao programa que ele queria ver: "Tudo bem. Que canal que é?" perguntei com a boca cheia. "21, shoptime. Vamos ver umas camas trocando de roupa", disse com ar de safado o sofá tarado que anda muito atrevido ultimamente.

quarta-feira, abril 07, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo V


Com o choque minha mãe acordou e veio dando a bronca mais engraçada da minha vida: "O que é que está acontecendo aqui?" Foi engraçada porque saíam muitas bolhas da sua boca e ela tinha calças quadradas bobsponjianas ridículas. Vendo o monstro, perguntou: "Você tentou secar de novo o Golias no microondas?" -- Golias é o meu hamister -- "Vou voltar para a cama e não quero ouvir mais nenhum choque que me acorde e manda essa coisa parar de chorar!"

A tentativa chocante me fez desistir da idéia de furar o teto. Com os pés abri o congelador da geladeira e o ambiente se esfriou pra dedél! Puta frio docarai! Automaticamente o corpo do monstro-chorão criou pêlos para se aquecer (agora ele parecia o Golias), mas isso não funciona na água e ele começou a chorar mais intensamente. Num não-pensar liguei o liquidificador como se fosse a Didi perguntando ao Dexter: "Para quê serve esse botão?"

terça-feira, abril 06, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo IV


Até que eu acordei e percebi que todo esse sonho, não passava da mera realidade. O Submarino -- Lennon, seu barbeiro, Filho da Mãe! -- me batera na cabeça e eu desmaiei um pouquinho de tempo. Mas graças a isso, tinha agora dois galos na cabeça. E, saiba, galos são muito menos densos do que a água. Eles me serviram de bote salva-vidas e estava com a cabeça colada no teto.

Avistei a lâmpada e tentei aumentar o buraco pelo qual passava fio de eletricidade: Choque coletivo na casa toda! Com isso minha mãe acordou e veio dando A Bronca.

segunda-feira, abril 05, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo III


Vi-me morto após aquela frase, mas o monstro se sentou e pôs-se a chorar. Chorava que não parava. Maior bebezão! Era tanto que perdi de vista os meus dedos dos pés, cobertos pelas lágrimas cor-de-rosa com bolinhas amarelas que inundavam o chão. Rapidamente estávamos completamente submersos e pude ver ao longe, lá na lavanderia, o Bob Esponja vindo em minha direção, mas ao chegar um pouco mais perto ele se transformou em submarino amarelo transportando um cara de óculos redondos ao lado de uma japonesa. E o monstro não parava.

Entre mim e a imagem daquele treco amarelo se aproximando havia, além das bolinhas amarelas das lágrimas, bolhinhas de ar subindo ao teto e escapando para cima na entrada da lâmpada. Seguindo com os olhos o caminho que essas bolhas faziam vi o furo no chão: "Oh, não vamos afundar! Cadê o bote salva-vidas".

domingo, abril 04, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo II


Não deu nem tempo de ficar com o cu na mão e o monstro encheu seu tórax de ar, mostrando que soltaria um rugido capaz de ensurdecer uma população inteira e fazer minha alma me deixar e produziu um sonoro e baforoso: "Mamãe!"

Me abraçou tão forte que meu corpo se estreitou e minha cabeça cresceu vermelha, tímida e encaretada como se eu fosse um termômetro preste a estourar dentro de um desenho animado. Senti-me um animal da Felícia.

O monstro me apertou um pouco mais e não pude conter um extrovertido e nada tímido pum que causou uma ridícula careta na face do monstrengo. Afastou-se de mim sem me largar e tendo em suas mãos a minha pessoa, pô-se cafungar-me. Fez-se a cara de raiva, ódio, "vou te matar" que me gelou até o último elétron: "Você não é mamãe!" Rugiu pausadamente a aberração. Vi-me morto após essa frase.

sábado, abril 03, 2004

Esses livros de ficção do mundo real que lemos para o vestibular estão me deixando meio entediado. Onde está aquela ficção mágica das Viagens de Gulliver e do Sítio do Pica-pau Amarelo? Desapareceu da minha leitura! Em memória a ela eu escrevo:

Capítulo I


Fui à cozinha tentando, no caminho, lembrar o que tínhamos almoçado, mas não consegui. Só quando abri a geladeira que lembrei que foi arroz, feijão, carne-moída e salada de palmito. Com as tigelas já na mesa e porta da geladeira se fechando, salta da Brastemp um caco de casca de ovo que quase atinge o teto e ganha a minha curiosa atenção. A porta se fecha. Como aquilo poderia ter acontecido? Por um instante pensei ter ouvido tambores jumanjianos, mas fora impressão. Abri a geladeira e achei, dentre os muitos ovos, o que não tinha um pedacinho de sua casca e pude ver o seu amarelado interior que logo se escureceu num verde sombrio e repentinamente o ovo explodiu luminosamente me jogando de bunda no chão e costas na parede, batendo a cabeça no caminho.

Com a mão na cabeça doída e a visão voltando a funcionar, pude aos poucos identificar que havia um monstro, verde, enorme na minha frente. Não deu nem tempo de ficar com o cu na mão e o monstro que não conseguia ficar absolutamente ereto, pois a teimosa altura do teto não deixava -- até agora não sei como aquele teto de gesso não se partiu --, encheu seu tórax de ar, mostrando que soltaria um rugido capaz de ensurdecer uma população inteira e fazer minha alma me deixar.
Não sou nazista. Considerem o post abaixo escrito por um dos meus heterônimos pensamentos =]

sexta-feira, abril 02, 2004

Formatura do terceiro ano

Todos o adoram. Ele é engraçado, seus pais são legais, é orador da turma, toca violão, dá conselhos... E aqui estou eu. Reles aluninho comum a ouvir sua voz ditando as palavras que eu, aluninho comum, escrevi, mas nem crédito tive. Talvez por ser como sou. Gostaram do texto e pegaram a folha, mas ninguém não está nem aí para quem escreveu porque fui eu. Só têm olhos para o queridinho. Não é ciúme, é inveja! Eu nem quero sair de onde estou, mas quero reclamar, pois sou rabugento aos 17 anos. Oh! Ele parou de falar e começaram a aplaudir, mas não terminou ainda. Está passando mal. Interrompeu. Está no chão e cheio de gente o rodeando como sempre. Está morto. Tinha doença grave e sabia que a vida seria curta. Por isso aproveitava ao máximo e amava as pessoas como se não houvesse amanhã. Belo conselho do vocalista viado do Legião Urbana seguindo como ninguém por aquele cara legal.

Pronto, ele que animava todas as nossas festas acabou com a nossa última. Levou a alegria da turma com ele. Ou será que ele era nossa alegria? Ria de algumas piadas dele, mas sempre estou com espírito que estou agora. Nesse clima. Será que deveria seguir como ele o conselho do queima rosca? Não. Estou acomodado, um pouco incomodado, confesso. Mas não o suficiente para ter alguma atitude de mudança.

Repostado sem porquê

quinta-feira, abril 01, 2004

Eu fiz essa capinha para o CD da Maria Rita que eu gravei para o Daniel e gostei bastante. Note que é para impressoras sem tinta colorida.

As outas partes da capinha não me agradaram muito não.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....