sexta-feira, dezembro 31, 2004

Feliz ano que vem!

Antes de qualquer coisa, vamos discutir esse título. Por que raios insisto em dizer "Feliz ano que vem!" para todo mundo esse ano? Por que não o bom e velho "Feliz [número do próximo ano]"?

Eu queria fazer aqui no cab um negócio bem bonito ou bem criativo, mas não está sendo possível no momento por pura incompetência pessoal. Parece que esse ano eu fui brocha e não penetrei no clima de ano-novo. Bem, se clima não deu, pelo menos é inevitável não penetrar em 2005.

Dentre os e-mails de desejos positivos para a vida que tenho (e certamente vocês também) recebido, há um item em muitos presente: Seja você mesmo! Recentemente minha prima, 15 anos, passou um trote para o namorado dizendo ser uma tal de Cláudia. Não só pediu para uma amiga ligar para o avaliado, como também bater um papo com ele na internet exibindo a foto de uma modelo como sendo a aparência da tal bonitona inventada. Bem, o menino mandou bem inicialmente, ficou na dele e falou que tinha namorada. Mas no dia seguinte, quando chegou em casa de um lugar que tinha ido, trazendo consigo dois amigos, ligou primeiro para a Cláudia, olha só, e não para a minha prima que esperava a ligação. Bem, o pau comeu, mas bem pouco. Ele será perdoado. Isso tudo foi um ato mais preventivo causado por uma talvez insegurança presente na minha prima, para que quando alguma menina der em cima do namorado, ele se lembre desse ocorrido e pense que é apenas um teste novamente e não uma bênção dos céus; ou foi a pura falta do que fazer mesmo. No final, descobriu-se que a chuva de apontamentos gays a sua pessoa provinda da nuvem formada pelos dois amigos, foi a causa dele ter aberto o seu guarda-chuvinha do azar.

Ele foi ele mesmo? Eu digo que sim. Foi uma pessoa que se deixou levar pela influência, ou seja, ele mesmo. O fato é: ele mudou. Não sei se com esse exemplo inventado consegui dizer o que queria. Mas, se você pensar: "Nossa, se eu tivesse sido eu mesmo, eu não teria feito tal coisa" é menos legal do pensar: "Nossa, eu fui uma pessoa que me deixei influenciar. Quero mudar".

Em todo caso, se não tiver sentido nenhum o que foi dito aqui, se caí na falsa lógica do meu raciocínio, ou não:

Boas entradas!

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Dizem que é preciso pensamento positivo ao se aguardar o resultado do vestibular. Bem, eu fiz uma paródia bem positiva em cima de Eu sei que vou te amar do Vinícius de Moraes. Ficou assim:

Eu sei que vou passar
Eu sei que vou passar
por toda a minha garra eu vou passar

Por cada hora acordado eu vou passar
e tão tranqüilamente eu vou passar
E cada amigo meu virá pra me

dizer... eu vi, passô, tá lá
No topo da grande lista

Eu sei que vou chorar
A cada alternativa que eu pular
Mas cada chute novo a de acertar

Ê que essa errata tua transtornou!
Eu sei que vou sofrer
agora, mas depois vocês vão ver
quem foi que realmente se fudeu

traçou a sua vida.

Escrevendo

Então, Dona Liana. Olha pro cê vê. Eu estava programando postar aqui uma história de natal, aconteceu com a minha mãe. Já tinha até começado a digitar, tinha ido dois ou três parágrafos; e ontem, antes de ir dormir, resolvi imprimir o início que já tinha pronto para corrigi-lo e continuar a contar o resto da história a mão. Mas, veja você, menina, parece que eu gostei do negócio, sabe? Inventei um monte de coisas, botei um monte de personagens novos, altas imaginações que madrugaram na minha cabeça e ao mesmo tempo em que eu ia escrevendo era como se eu assistisse àquele "filme" todo pela primeira vez. Eu posso até dizer que foi uma experiência. E, ainda não tenho certeza, mas acho que eu escrevi o meu primeiro conto (que ainda está só no alicerce rascunhativo).

domingo, dezembro 26, 2004

Um blog para se amar


O blog das Garotas é para mim o quarto/escritório de três moças inteligentes e, como definir..., são moças "para se amar" como se diz no filme Alguém tem que ceder. O blog é um toptop entre os mais visitados. Clara McFly, Flá Wonka e Vivi Griswold se mostram Garotas responsáveis postando todo dia útil e transformando o conceito "blog" em trabalho. Trabalho cheiro de sabor, feito com prazer e vontade. O endereço delas na rede é uma casa onde moram as três escritoras. Uma república onde cada centímetro da habiatação é palavra, cada metro, um texto, cada parede, um painel de registros interessantes de se ler. O fato é que eu estou fazendo esse elogio para simplesmente indicar um texto da Vivi. Leiam o Minhas férias, está ótimo.

sábado, dezembro 25, 2004

Natal quebradeira

Eu ia escrever hoje uma história de natal, aconteceu com minha mãe, mas não vai dar... Varei a noite e não dormi até agora (17:40), joguei bola, caiu no vizinho, já pegamos, tomei três banhos por causa do calor e de jogar bola, ganhei um presente ótimo do Paulo meu primo, daqueles sem palavras mesmo, um ótimo do meu pai, mas tô com fome... Fica pra amanhã talvez, se houver tempo. Pois saíremos com uma família amiga, de São Paulo, que vem para cá justamente para essa atividade. Minha mensagem de natal? Aqui, eu omo vocês!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Desblogado

Há um tempo venho sentindo esse blog desblogado. Conclusões ilícitas da minha parte; admito. Mas não deixa de ter um fundo de verdade. Parece que eu parei de vibrar como eu vibrava, como está vibrando essa menina e pondo em seus posts o brilho que eu queria pôr nos meus; o brilho que eu sabia onde encontrar, que eu sabia usar quando eu não escrevia julgando o que estava sendo escrito. Antigamente eu postava, as pessoas comentavam, eu ia ao blog delas, eu lia os posts delas, comentava lá. Havia um círculo de amigos visitantes sendo visitados e isso está me faltando.

Quando você perde o brilho, você deixa de postar de verdade. Postar é a falar das coisas por querer falar delas. É reparar algo na rua, na TV, no seu quarto, nos seus sonhos e falar sobre, simplesmente. Saber falar sem nenhum sentimento de preocupação. Preocupação sempre estraga as coisas. Como estragamos momentos atuais por ficarmos pensando em momentos que nem aconteceram ainda, que ainda são espermatozóides no saco da vida. Acho que é mesmo a falta de círculo, a falta de comentar nos blogs dos outros, o sentimento de estar sozinho nessa área que foi o que fez escrever isso aqui após ler todos os posts da página principal desse blog, já citado a cima. Consegui escrever sem preocupações, graças a Deus. E escrevi ouvindo Gonzaguinha.
Antes de voltar a postar no blog eu fui atender alguém que estava mais abandonado, o fotolog, o ctrl+alt+fotolog.
Computador arrumado. Vitor voltando.

sábado, dezembro 18, 2004

no post1

Lucas lendo o post1 da série do sarau sobre a Palavra e me dizendo no msn:

"--.................? .....?
--.........! .....................! ....................?! ................ ."

(Ela) -- Você me comeria mesmo? Sério?
(Ele) -- Claro! Mas o Lucas nao pode saber! Não irás contar?! Seria melhor não.

[edit] Leiam o comentário do Lucas.

Em tempo

Eu tenho que admitir que foi grande erro não ter feito assim no texto que seguiu sobre a Palavra em capítulos: Recebi um e-mail certa vez que falava do poder dos palavrões... Aí entraria aqui o que eu escrevi sobre eles, foi plagio do e-mail o que eu fiz. Depois colocaria: Mas o e-mail só falou dos palavrões, há também a classe bem-educada das palavras.... E pronto teria sido tudo dito da maneira correta. Vou arrumar dessa forma a versão final que ficará salva no meu computador. E como não estou em casa, estou em São Paulo, na casa de grandes amigos, outro computador, muita preguiça da minha parte (real motivo), não vou arrumar o jeito que o texto foi aqui publicado. Lembrando que a parte do “Plageio Gonzaguinha” é puro plagio mesmo, nada meu.

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Sarau - post final

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 4 - último

Me desculpem, mas devemos também nos lembrar do poder da classe mal-educada das palavras: os palavrões. O que é mais definitivo do que um "nem fudendo"?, é incontestável. O que é maior do que "grande pra caralho"? "Muito grande" parece uma formiguinha perto de "grande pra caralho". Nada é mais indiferente do que um "foda-se". O que é mais exclamativo do que um espontâneo e bem dito "Merrrda"? (se for com sotaque caipira é uma delícia de dizer) O que é mais aceitador (de aceitar as coisas) do que um "Agora fudeu"?

Mas eu já falei palavrão pra cacete, vamos mudar um pouco, invertamos. Se de um lado temos as palavras mal educadas, do outro temos as bem educadas: O que é mais suplicante do que aquele "por favor" dito olhos nos olhos? O que um "com licença" dito suavemente não consegue mover? O que pode demonstrar melhor a sua gratidão do que um "muito obrigado" muito bem dito? Quais expressões são mais apropriadas para se começar uma conversa do que: Boa noite!; Bom dia!; Boa tarde! (de madrugada estamos dormindo como acreditam os nossos pais e não somos educados a nenhum cumprimento correspondente a esse horário). E, para encerrar, é com palavras educadas que eu os agradeço: Muito obrigado por me ouvirem, por virem aqui, por estarem aqui e pelas palmas que baterão, senhoras e senhores, moços e moças, e crianças que não prestaram atenção. Muito obrigado! Plageio Gonzaguinha, grande compositor popular (popular por retratar as coisas do povo), e digo que... Levo no tamanho desse abraço de vocês, um novo laço, um nó de aço, uma nova fé. Também levo no tamanho desse abraço, uma história nova no meu peito. Adeus, inté! (-lamentação dramática-: Eu não sabia como terminar, aí terminei com palavras de outra Pessoa)

-[Palmas]-

Ah, se educadamente eu os agradeço, mal criado eu exclamo: Eu consegui! Puta que paril! Fiz professores me aplaudirem! Vocês gostaram! Valeu.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Uma entrevista para rir bastante.

Sarau - Pé (post3)

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 3 - penúltimo



Que palavra lembra mais "chão" do que "pé"? Há palavras que são praticamente casadas.
Complete a frase:
Pé ____________.
Você responderá: Pé no chão!
Ou então, qualquer outra coisa, todas ligam "pé" à "chão":
Pé-de-muleque (muleque que vive encardido de chão)
Pé-de-goiaba (a árvore nada mais é do que um chão modificado pelo poder de uma semente)
Pé-na-bunda! (E você deu cara com o chão)
Pé-chato (o quê é mais achatado do que o chão?)
Pé-de-atleta (atleta que salta do chão, corre dele, mas nunca consegue se afastar, pois o chão está sempre aos seus pés)
Pé-de-pato (que na água não é notado, mas basta estar no chão, em terra firme, para ser fonte de riso gozador e alegrar os humorados)
Pé-na-estrada (e vamos empurrar e empurrar e empurrar chão com nossos tênis para nunca abandona-lo)

Enfim, uma caralhada de coi... Ops! continua

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Sarau - Frases (post2)

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 2

Frases

Na frase onde uma primeira palavra nos traz inúmeros significados, coloca-se uma segunda palavra. Essa nova definirá qual dos significados da primeira devemos escolher como sendo o que o autor quis dizer. A composição da primeira palavra mais a segunda, por sua vez, gera uma piscina imensa de significados. É chegada a vez da terceira palavra ser lida na frase. E essa terceira serve de trampolim para que mergulhemos na tal piscina de significados das primeiras palavras e de lá tiraremos o melhor significado que se encaixe com aterceira palavra. O mesmo ocorre com as frases. Uma frase dá o sentido da outra, uma página faz com que uma outra possa existir e assim possamos ter um... Livro, que poderá gerar outro livro, que poderá gerar em alguém a vontade de escrever o seu próprio livro. Uma coisa influencia a outra, as palavras se influenciam e acabam por influenciar nós mesmos. Às vezes, nos constroem, outras vezes, nos destroem; às vezes, nos formam, outras vezes, nos reformam; às vezes, nos enchem, outras vezes, nos esvaziam. Tudo por pensarmos através delas; foi como os nossos pais nos ensinaram. Nada é tão humano quanto a palavra, nada nos faz sentir mais em casa do que a palavra. Quando viajamos para longe, as palavras são ditas com sotaques diferentes, há palavras novas, estranhas, novas combinações também estranhas; mas basta ouvirmos alguém falando como se fala na nossa terra, para nos sentirmos em casa e termos carisma pela pessoa em questão, pois, a palavra, pode ser o mais forte dos laços.

domingo, dezembro 12, 2004

Sarau - A Palavra (post1)

Escrevi um texto sobre a Palavra para ler no sarau da minha mãe (onde esse era o tema, a palavra). Ficou meio grande e eu quero apresentá-lo aqui da melhor forma possível; vou dividir em capítulos o que, na hora, eu li de uma vez.

capítulo 1

Palavra

Minha mãe está fazendo um sarau com o tema Palavra. Olha só! Palavra. Algo que está presente mesmo quando está ausente. Lembram daquele capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas?
--.................? .....?
--.........! .....................! ....................?! ................ .
Diga-me se palavras não vieram à sua mente?

Mas a palavra, mais do que ter o poder de estar presente mesmo quando está ausente, pode ser algo além. Pode ser o que nos faz existir. Já pararam para pensar? Nunca filosofaram aquele clássico: Penso, logo existo? E nós pensamos com palavras; nomeamos com palavras cada coisa; carregamos de adjetivos pessoas que adoramos, odiamos ou somos indiferentes (na nossa língua maravilhosa temos palavra para tudo). Se pensar é sinônimo de existir e se nós pensamos em palavras, elas são engrenagens essenciais que movem as leis do universo e nos remetem verdadeiros nesse canto do espaço.
Só pensamos com palavras, já pararam para pensar?

Não se lembram de quando no curso de inglês, seus filhos, seus colegas ou nós mesmos exclamamos: "Nossa, eu pensei em inglês! Isso é fantástico"? E, se a nossa língua é maravilhosa pelo número de palavras, sonoridade e por muitas outras coisas, outras línguas não ficam atrás. Peguemos de exemplo o inglês: Que palavra traduz melhor o amor do que "Love"? Love, love, love! Mas eu sou brasileiro e bato o pé!, coloco uma palavra em pé de igualdade com o Love do inglês: Que palavra tem mais força, é mais ávida e profunda do que a palavra Paixão? Apaixonar-se, pronúncia que nos aponta inúmeras palavras, uma síntese perfeita! Dentro de apaixonar-se temos, por exemplo: derreter-se, entregar-se, dedicar-se, desejar, sofrer por, ...e encheríamos essa folha se continuássemos.
O "hoje" do post abaixo é na verdade "ontem". É que já passam da meia-noite, mas para mim o sábado ainda não acabou. Não importa o tanto que o relógio insista em me converser disso. Nunca dei bola para ele mesmo.
"A grafia deveria ser assim
Letras brancas em fundos pretos
Pois são as palavras que trazem
Luz aos nossos olhos
Uma a uma dão cor
Ao nosso pensamento
E não folhas de mínimo valor"

Vitor Bustamante

Essa foi, das minhas frases, a que a minha mãe escolheu para transformar em banner ("faixa") para pôr na parede da sala especialmente para o sarau que teve hoje aqui em casa. Gostaria de dividir com vocês.

sábado, dezembro 11, 2004

Ah, Vitor! Uma semana sem postar para voltar e ficar falando coisas óbvias? Vai dormir!
Nossa, fazia uma semana certinha que eu não postava.
Voltando estou. Aos atrasados-parabéns a mim dedicados, muitíssimo obrigado! Não ligo se erram o alvo da data certa no calendário, adoro-os!

sábado, dezembro 04, 2004

Duas notas

+Aquele texto não é do Herbet Viana.
+Hoje é o meu aniversário.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Como fazer para...

a imagem não abriuSua empregada acabou de lavar o banheiro, você está com dor de barriga e não sabe como fazer para não molhar a sua pele branquinha ao se sentar? Seus problemas se acabaram-se! E de grátises! É só sentar com roupa antes e as partes que a sua pele irá tocar ficarão secas. Depois abaixe as calças, sente-se e faça tudo normalmente.


Ah, você ficará com a mesma calça até que alguém na sua casa pergunte: O que é essa marca de privada na sua bunda, Vitor!?
Trabalhos em grupo servem para não esquecermos que existem e sempre existirão chatos no mundo.
O texto do Átila foi encomendado pelo próprio e eu puxei um pouco o saco dele. Ah, conotativamente, é claro.

terça-feira, novembro 30, 2004

Átila!

[editado]
Pô, meu! O que dizer sobre o Átila? Ainda mais... visto que eu o conheci só no universo de uma sala de aula. Mal o encontrei na rua ou em qualquer outro lugar. Dentro daquele colégio particular as aulas eram estranhas, havia uma forma de respeito muito sério na relação aluno-professor, bem... Isso era "Antes do Átila". E a sua estréia foi assim: O professor de matemática perguntava ao mostrar a fórmula: "Agora, como é que Pitágoras chegou nisso?", lá do fundo, das últimas carteiras, das profundezas da sala, uma voz indefinível, numa pronúncia desprovida de dúvidas e carregada de espontaneidade, lavrou caminho atravessando a sala: "Se foda, sorrr!". Era Átila, o aluno de colégio do Estado fazendo rir um mundo particular muito sério e preocupado. A sala inteira riu do chute-no-balde que o Átila deu e o professor de matemática gostou: "Se foda então! Exercício 1", disse, chutando o coitado do balde para mais longe ainda. Estávamos atrasados com a apostila e explicar o que não era muito necessário e já foi explicado na oitava série e no primeiro ano era totalmente desnecessário. Todos já decoramos que hip²=cat²+cat².

A partir do "se foda", começou-se a contar os tempos assim: A era antes de Átila e a era após Átila. O Danado, além de soltar uma ou outra nas aulas dos "professores que sabiam levar na esportiva" e fazer rir toda uma sala, sentava-se junto à garota mais bonita do colégio. E ainda, para o acharmos mais danado ainda, conseguia deixar a menina sempre rindo ou exibindo o seu sorriso delicioso de se observar. Eu sentava lá na frente, conversava às vezes com meus vizinhos próximos e sempre ria, era um riso de barriga fenomenal. Agora eu e o Átila nos falamos pela internet e parece que foi aqui que ficamos amigos de verdade! Não era pra menos, sabemos que ele é gente-fina, bonito e de pensamento afiado. Bem, esse é Átila que eu conheço.

segunda-feira, novembro 29, 2004

Vaidade [por Herbert Viana]

"Cantor do LS Jack é internado em coma no Rio após lipoaspiração. É possível isso? É admissível isso? Um rapaz de 27 anos ter uma parada cardíaca e entrar em coma após uma cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje,

Hebert VianaDeus é a auto imagem.
Religião, é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, ou a volta, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas... uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Deus permita que ele volte do coma sem seqüelas. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva". "Cuide bem do seu amor, seja quem for" Herbert Vianna


[edit] Na verdade esse texto não é do Herbert, desculpem.

domingo, novembro 28, 2004

sábado, novembro 27, 2004

Ontem fui pegar de carro a minha mãe. Tinha um colega dela para nós darmos carona. Claro que a Senhora Mãe do Vitor já falou para metade da cidade que o filho dela passou em segundo lugar na faculdade daqui. Bem, quando ela contou no carro a notícia para o Seu Paulo, o carona, um senhor já, eu falei que o primeiro lugar deve pertencer a um maldito dum japonês. E ele me respondeu: “Nos anos 70 nós dizíamos que, se você quisesse uma vaga na faculdade, você tinha que matar um japonês".

sexta-feira, novembro 26, 2004

Aposto que era japonês quem ficou em primeiro.
Eu troco e-mails com a :Dani, minha amiga, que está no segundo ano de psicologia da faculdade que eu passei. Na verdade é mais ela que me manda e-mails e mantém a amizadade bem viva, eu sou meio desleixado, admito. Olhem o último que ela me mandou:

É Vitor... Deus te ama mesmo, tah sabendo q passou em 2º
lugar???? Pois eh...hehehehe.... Parabéns de novo! A lista
com a classificação geral por curso saiu hj aki na Unisal, no
site acho q naum tem. =)
E olha só... vai se acostumando com a mulherada... é assim
msm. Na minha sala, no inicio do ano tinha uns 7 "homens",
agora são só 4, e o resto tudo mulher...hehehe.
Boa sorte no vest que ainda falta pra vc.
Bjnhos =***
Dani.


Bem, Dani, agora eu tô feliz pra caramba! E você não ligou de ter postado isso aqui, né? Tomei a liberdade... Obrigado, amiga!!! Te adoro! (não por causa disso, da notícia, mas por causa de ti mesmo. É a minha amiga mais atenciosa! ;)

quinta-feira, novembro 25, 2004

Sobre idéias

[editado]
É horrível ter uma idéia que alguém já teve. Primeiro, porque sempre tem um chato que não acredita em você; segundo, porque você pode ter visto algo por aí, esquecido que viu e seu cérebro repensar o assunto te enganando que é idéia sua.

Terceiros, a sua idéia pode ser totalmente impossível e boba (inicialmente você a acha um máximo, depois percebe). Ou, a sua idéia pode ser roubada e registrada por quem já tem dinheiro. Ou então, você pode contar a sua idéia à toa, por cair em ciladas de alguma conversa, e acabar perdendo qualquer espécie de paternidade que tinha sobre esse seu rebento. Tudo por causa do espalhar dos faladeiros. A sua idéia pode, um dia, de repente, aparecer no noticiário, é de outro alguém. Essa pessoa teve a mesma idéia e soube melhor lidar com ela, colocando-a em prática antes de você. Enfim, uma caralhada pilha de coisas.

Mas a sua idéia pode dar certo! Não desista, Vitor (eu). Algum dia, alguma idéia sua vai... quem sabe? O que a gente acaba descobrindo é que, melhor do que as idéias, são as realizações delas. É como se a idéia fosse o papel, e a realização, o poema que é escrito nele, o que encanta de verdade. Entretanto não são infelizes as pessoas que têm em suas idéias algum dos citados a cima; infelizes mesmo são aquelas que já não têm mais idéias.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Quando for escrever meu livro...

Vai ter um parágrafo assim:
Aqui, quando estou falando com vocês no livro, eu respeito as normas da gramática o melhor que eu posso, o tanto de regras que consigo resgatar da cachola; se eu termino uma frase com três pontos... A letra que segue é maiúscula como manda a lei e como corrigiu o meu editor. Mas, quando os meus personagens estão falando, nada de regras. Eles falam do jeito deles, livres como passarinhos. Se querem inventar palavras, e isso sempre surge naturalmente, as inventam e as repetem quantas vezes os seus pensamentos solicitam o uso delas para se comunicarem na linguagem geral da escrita. Se um personagem disser: "Eu amo-la como nunca amei ninguém", assim será gravado; foi o que ele disse! Nada me dá o direito de distorcer as falas e eu nunca mataria o modo de falar deles por causa da norma. É lógico.
O blog não vai ficar com essa "cor" muito tempo, certamente. Vou deixar essa variação do leiaute para a página de arquivos. Preto-e-branco combina bem mais com o passado, com as lembranças...

terça-feira, novembro 23, 2004

sexta-feira, novembro 19, 2004

Volto na segunda-feira.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Porra. Esquece tudo o que eu disse. Eu cresci e o tarde já não é mais às 10 da noite.
Era um puta bairro tranqüilo, a gente brincava na rua. Mas só tem casão (o que não é o caso da minha moradia), gente metida a besta (é o meu caso?). A TV sempre mostrou violência, violência, violência. E o pessoal parou de sair na rua à noite. Pouca gente ne rua = rua menos segura. Uma coisa puxou a outra e cá estamos. Um deserto noturno. Hoje há assaltos.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Carallo, eu curto The Darkness.

Bem...

*Vide comentário do Lucas, post abaixo.

Bem, Lucas... Da mesma maneira que você diz: "Vitão, sempre com novidades", eu digo: "Pablão, sempre com novidades...". Digamos assim: numa hierarquia de aprendizes, ele seria o seu mestre, não eu. =)

terça-feira, novembro 16, 2004

Testando o plugin de postar pelo miranda-im.

segunda-feira, novembro 15, 2004

Post grande

Eu queria escrever posts legíveis, não essas coisas imensas, mas não tem como dizer esses pensamentos em poucas palavras ou botar o post em capítulos. Aí fica esse saco que é ficar muito tempo em uma página. Acaba totalmente com a dinâmica que da internet. Principalmente para a maioria do público da nossa idade.

Você abre o msn e fica gerenciando uma conversa com mil neguinhos. Ao mesmo que fica visitando e comentando nos fotologs dos mil neguinhos e vendo páginas que eles falam para você entrar ou e-mails que eles avisam que te mandaram. É sempre tudo de uma vez. Abre página, fecha página, abre conversa, fecha conversa, salta de um assunto para outro como se passa pelos degrais de uma escada.

Ler post grande é mais ou menos que nem missa. Você não tem vontade de ir, você acha chato, mas quando você vai, você leva o tempo todo por lá numa boa e não se arrepende.

Apelativo, eu?!
Segundo o Daniel, o post "hormônios" que praticamente ninguém leu, me definiu muito bem. Eu achei que estava contraditório.
Tem MUITA foto do encontro no fotolog, vá ver!
Ah, lógico. Para vocês que adoram saber da minha vida, eu beijei na boca.
...E esse feriado foi o melhor do ano. Festa em casa, festa lá fora...

domingo, novembro 14, 2004

Inglês - msn

T@e: vitor, traduz issu---> The good that men do is oft interred with their bones; but The Evil That Men Do lives on.
vitor: O bem dos homens está enterrado com seus bonés, mas o mau daquele homem para a vida está ligado.

sábado, novembro 13, 2004

Hormônios

Voltando da aula com o Zé, resolvi perguntar se ele não queria para ali na casa do D. para a gente ficar conversando um pouco. Eu queria ver sobre a minha ida à Lorena, para um vestibular que vou fazer domingo agora (*esse vestibular já foi feito), visto que o D. estuda na universidade. Saber quais ônibus pegar, blablablá. No final o próprio Zé se antecipou à resposta que pedi ao D. e me informou. Mas foi bom ter parado ali e também não foi.

Bom por ver o D., amigão do colegial e uns dos poucos amigoamigo que tenho nessa cidade. Sair na rua e conversar com quem gostamos é viver e deixar um pouco de só existir, além de ser um prazer. O grupo de rapazes na calçada, dois com suas bicicletas por estarem voltando da aula, eram: Eu, Zé, D. e irmão do D.

O lado ruim. Bem, eu quase não falei na nossa conversa. Eu já tenho uma tendência a ficar mais calado em grupos e não que eu esteja viajando o tempo todo, seja tímido... não é isso; muitas vezes percebo que estou mais concentrado no assunto do que os próprios argumentantes que, falando, viajam às vezes. Eu tenho um certo prazer por "gerenciar" a conversa, mesmo que só para mim. Ver quando um assunto foi cortado por um outro que passou com "um shortinho" do outro lado da calçada em frente à padaria, ver qual assunto era esse. Lembrar dele para voltarmos com a conversa caso a distração vire na primeira esquina e venha a clássica pergunta após interrupções: "Do que a gente tava falando mesmo?". Bem, o Vitor lembra. O desgraçado do Vitor sempre lembra! E costuma ser aí que eu entro mais nos diálogos e meus pensamentos têm a chance de se transformarem em comentários espontâneos (bons ou infelizes, mas, se infeliz, a galera "paga um sapo" da sua cara, damos uns risos e "de boa", sossegado - quase nunca encano com gafes, pelo menos na hora, entre amigos; na hora até entendo o erro, mas vou perceber a gravidade dele um tempo depois. Medir seu tamanho? Só depois). Ainda não apresentei o lado ruim. Vamos lá.

Cada distração que passa, seja longe, dentro de carro, com o pai do lado (namorado "a gente" finge que não viu e depois comenta), numa moto ou num par de havaianas, vira tema eminente das conversações da roda. Homens, lembre-se agora do termo: homens. É incrível, não perdoam uma! e deixam menos de 10% do tempo juntos para falar em outras coisas: "quem vai levar a cerveja para ver o jogo hoje à noite". Nessas horas, quando as desfilantes invadem a conversa, 90%, eu sempre fico mudo, vejo de fora, sabe como é? Eu não sei por que, mas não estou nem aí para isso, ao mesmo tempo que estou totalmente amarrado nisso. Se não fossem eles, se eu estivesse com pessoas como eu, daria uma olhada ou outra com a maior finalidade de descobrir se eu conhecia a pessoa, para enfim cumprimenta-la caso se demonstrasse estar de "conhecido" para cima. Uma ou outra que chamasse mais a atenção me faria olha-la de costas, se afastando. Nunca fui de olhar para bunda de mulher, mas de um tempo para cá, antes que perceba, meus olhos já caíram em decotes ou cofrinhos; curvilíneos virtuosos ou demonstrações de peças íntimas - principalmente no colégio.

Ah, eu tirei a pérola "curvilíneos virtuosos" de uma propaganda da TV, dessas da polishop, ligue e compre, entregamos na sua casa. Era um sutiã de silicone que se você apertasse mais seus seios com plugger apertator 2 mil e trinta, que só aquele sutiã tem, você poderia passar os seus seios de "sex esportivos" para "curvilíneos virtuosos". Claro que isso narrado com a aquela voz clássica do locutor que consegue dizer 20 palavras onde cabem duas.

Parece que quando a gente vai crescendo, os hormônios vão subindo a cabeça e não param. Cada um que consegue chegar ao topo, joga a corda para outro, que por sua vez, quando chegar, jogará para outro, esse para outro e para outro. Pelo que vemos, os meus olhos já foram totalmente invadidos. Meu cérebro mal consegue deter um mergulho numa curva feminina ousada por causa desses hormônios que contam a comunicação do raciocínio-lógico com os glóbulos oculares. O pior é quando o inevitável acontece e depois de grande constrangimento você consegue voltar os olhos para o rosto da sua amiga que não sei porquê veio com aquela maldita roupa, ela começa a querer arrumar, querer tapar mais a pele com aquele mesmo pedaço de pano que tinha antes, como se fosse possível. Elas acreditam que o pano vai se esticar e cobri-las, mas no final, continua tudo igualzinho e isso só faz pairar no ar uma cara de indiferença meio forçada por um certo tempo. Esse ato de tentar se mostrar menos é ineficaz, sempre faz com que elas se mostrem mais durante a frustrada arrumada do que se não houvesse a tentativa. Os hormônios, desgraçados irregressíveis, fazem a mais badalada das festas nos meus olhos, batem palma, gritam: "tira, tira, tira, tira..." e alvoroçados assim, ficam impossíveis deter.

Era eu, o Zé, o D. e o irmão do D. O irmão do D. é mais velho, deve ter uns 25 anos (para não dizer 24) e nós sabemos que o filho da puta -- não há outra definição, perdão -- leva para a cama todas as meninas com quem ele fica. Agora ele tá namorando, indo pra cama com menos luta e é só isso que muda: poupa esforços. O D. é o que podemos dizer de o cara mais bonito da cidade. São incríveis as propostas que ele recebe, já presenciei mais de uma na cara-dura. Mas ele tem namorada, não é como o irmão, é mais sossegado, tem minha idade, 18, ainda não transa. O Zé já "mandou", por assim dizer, umas 3 ou 5 vezes aí, pelo menos até o último papo (isso deve fazer um mês) sobre a vida penetrativa dele. Eu? Eu aos 16 dei meu primeiro beijo, rolou num carnaval, mais de um dia, aos também 16 conheci outra menina, muita água já tinha rolado na minha vida (estava naquela fase do segundo ano colegial onde cada mês tem o valor de um ano) e namorei, namorei por dez longos, maravilhosos e deliciosos mêses. Bem, esses dez meses terminaram faz um ano e meio já, exatamente um ano e meio, e por lá ficou o meu último beijo. Na minha segunda garota, dizendo assim, mas sem querer faltar com prezo a ninguém.

Voltando à conversa. A coisa mais difícil era me ver falar ao passar uma garota: "Nossa, você viu?". Mas ultimamente, convivendo com esse pessoal ou seja pelo simples fato de estar ficando mais velho, eu falo sim. E falei hoje, aliás. Nessa aula da tarde que fui com o Zé. A menina mais... não vou falar rabuda(rabo bom) como eles falam porque eu nunca falaria isso, mas digamos aquela menina (agora eu vou escrachar porque eu pensei assim mesmo e não "lembrei como os meus amigos dizem") aquela menina que já deve ter ganhado pelo menos uma homenagem na casa de cada um dos portadores de testosterona do colégio, entendem? Sei que sim. E, se não, você é muito puro(a). Eu já a homenageei, revelo. E até sonhei com a danada-de-bonita uma vez, um sonho erótico, lógico ótimo. Aliás, acho que foi o último sonho de estar fazendo sexo que eu tive. Nossa, faz tempo! Não foi o melhor, acho que nenhum vai bater aquele meu, após ver um vídeoclip da Madonna quando eu tinha 13/14 anos. Ah, como foi bom! Mas voltando, então. Hoje mesmo eu comentei sobre mulher, da "maneira homem": "Maldita calça de ginástica enfiada, maldita!" A melhor bunda de um colégio de mais de 4 mil alunos vestindo aquilo. Não há hormônio ocular que não faça a festa, bata palmas e te distraia o tempo todo. Comentei com o Zé, e ele me disse que nos olhos dele teve festa também.

Nós quatro na calçada, hoje, vendo as meninas da tarde na cidade. Eu não consigo comentar e me aderir a eles nos comentários, simplesmente porque eu não penso isso. Eu sempre olho, primeiramente e depende da roupa, para uma menina como se ela fosse um ser humano; eles, todas as vezes, independente da roupa, identificado o sexo feminino, olham para elas como fêmeas prontas para o abate, e seus imaginários conseguem passear por cada cursa avista, olhos que têm a sede de um deserto. Eu não consigo olhar para uma menina assim, logo de cara. Inerte num grupo como esse é mais fácil, sempre acontece, lógico, está todo mundo falando disso. Mas não é o meu natural. Olho primeiramente para o rosto que é o mais importante. Pode ser gente conhecida que venha a trocar contigo algum sorriso seguido de cumprimento. Se estou natural, passeando pela rua, nunca olho para trás, para ver a bunda da garota. Minto nesse nunca, olhem só: Se há homens por perto e eles olham, eu pego e olho também. Não sei o que me faz agir assim. Talvez seja um tipo afirmação: eu sou tão macho quanto vocês. Ou então, se há homens, mesmo que não tenham olhado, eu pego e olho (mas assim é só as vezes): "Olhe, eu sou macho. Eu olhei, vocês não". Só pode ser isso. Não é de mim olhar para qualquer garota que tenha bunda boa na rua e morder os lábios. Não é.

Pareço tranqüilo dizendo tudo isso, mas não sou/estou. Eu queria ser como os meus amigos, sabe? Saber os nomes das meninas da cidade, ir nas baladas, ficar. Curtir mais isso. Curtir mais o contato corporal que tanto satisfaz essa época da vida. Me incluir no circuito. Fico é deprimido por estar encostado no meu mundinho solitário, onde fico esperando algo acontecer. Eu, tomar atitude em relação a garotas? Muito difícil, viram aí, uns posts abaixo, eu sou um Poetinha. Um maldito de um poetinha. Mas eu vou falar mais coisas que eu um poetinha faz. Vou falar.

O poetinha fica lá, meio sem graça entre os amigos que falam bastante de mulher. Ele é do tipo de cara que pode ter uma mulher na roda de conversa, pode não ter, ele fala igual, puxaria os mesmos assuntos. Só quando ele está falando sozinho com um amigo que ele vai dizer das coisas sexuais da vida dele. De resto... costuma reclamar que a maré tá foda, que a maré tá brava, que não fica com ninguém, nunca mais beijou na boca... Mas no fundo não está nem aí para isso. Se estivesse, faria alguma coisa. Ele quer mesmo é ficar no banho-maria.

Bem, o cara fica lá todo sem jeito com os amigos e tals, não sabe o que falar, não fala. Aí ele chega em casa, não tem ninguém em casa, vai para o computador e tem "alguns e-mails", vídeos novos que ele baixou, fotos de mulher pelada. Ela já fica de pau duro. Faz uns esquemas com a cueca e se masturba vendo as imagens que turbilham seus instintos. Quando acaba, no mesmo segundo o pinto já ficou mole. As imagens são vistas como se sua mãe estivesse do lado, você odeia ter se melado e vai tomar banho irritado com isso, você morre de preguiça de se limpar.

Hoje eu conversei muito mais mudo do que qualquer outra coisa com o pessoal. Aliás eu entrei no papo quando o irmão do D. falava da A. L., estava explicando como ela era e eu falei: "Ah, eu sei quem é! Estudou no meu colégio?". Ele: "É, isso mesmo. Ela mesma! Linda, né? Então... Uma vez ela tava com uma saia e sentou na minha frente... blablablá". Eram tantos comentários de mulheres que eu nem teria visto passar, mesmo se comigo elas trombassem, mulheres que eu nunca as teria enxergado sob o ponto de vista sexual, que eu me sentia mal. Cheguei agora em casa e fui chegar os e-mails, tinha recebido um power point de mulher pelada: "Só as melhores". Bem, eu já estava com esse texto na cabeça. Mas fui ver, eu nunca resisto para deixar para depois. Eu TENHO que ver! Bem, deu vontade de chorar. Eu não malho, sou magrelo. Não saio para as baladas, odeio. Não invisto com vontade em nenhuma garota. E quando eu chego em casa vou para a tela do computador ver as tops da beleza corporal e me masturbo? Que grande bosta! Por que eu faço isso? Se eu não falo homemente de mulheres... Se eu me perco nas conversas sobre elas... Se eu digo que estereotipo é uma coisa idiota... Por que eu venho aqui e vejo as rainhas do estereotipo? É certo, científico que esse negócio do estereotipo é meio falcatrua. O ser humano tem uma tendência instintiva de escolher mulheres com coxas grossas, bumbum farto, lábios carnudos, bons seios e silhueta porque foi nessas mulheres que houve um melhor desenvolvimento dos hormônios na fase da puberdade e são elas as que melhor gerarão filhos para a espécie. A espécie as seleciona.

Eu quis mesmo chorar quando vis as toptop peladonas na minha frente. Mas que negócio difícil que foi. Cara, o que eu sou? O que eu sou, hein! No fundo, estou falando de meninos em geral, todo mundo é meio assim que nem eu. Todo mundo vem pro micro algumas vezes na semana, ver mulher pelada; olha e fala das meninas só porque tem outros machos por perto; todo mundo queria ser mais garanhão e virar um cara que sabe curtir bem as baladas. Querer entrar no circuito. Sair ficando; ter uma namorada. No fundo são todos assim.

quinta-feira, novembro 11, 2004

F £ ï n k: falae bonitao
vitor: aê, flink!! Beleza?
vitor: http://caflog.blogspot.com
F £ ï n k: caflog??
F £ ï n k: mas q isso??
vitor: click e veja!
F £ ï n k: vc é um marqueteiro barato!!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Puta merda. A Valéria leu o post 4encontros, tomei tapas na aula hoje.

terça-feira, novembro 09, 2004

Caríssimo Lucas, Amigão,

É conurbação e não conturbação.

Vamos fugir

O nosso amor ainda está nascendo, é uma gangorra.
O nosso ainda primeiro beijo está bem acima de nós dois.
É esticar a mão e apanhá-lo.
Estamos na gangorra e sabemos disso. E tentamos alcançar o que está acima de nós.
Não conseguimos.

Mas não desistimos!
Resistimos e tentamos outra vez, outra, e outra.
Tenho medo de acabarmos nos cansando de tudo isso.
Na gangorra, quando um está em cima, bem pertinho do beijo, desejo...
o outro está embaixo e parece não desejar.
Mas também vejo que eu
quero mais do que
Você que não aceita o novo sentido em que está batendo o seu coração!
Me empurro com toda vontade, chego bem perto,
mesmo cometendo erros no caminho.

São esses erros que fazem do nosso amor
a mais nova e a mais velha gangorra do playground juvenil.
Esses erros que fazem com que, quando esteja perto dos seus lábios, preparado para beija-los,
você esteja longe dos meus e totalmente despreparada.
Com você também acontece isso, às vezes está próxima de um eu longe e despreparado.

Não estou só a me empurrar. Às vezes os meus amigos tentam ajudar
a subir, mas as suas amigas também
te ajudam nisso
do outro lado
E ambas as forças se anulam.

Tenho medo que a gangorra se parta
Esse começo de amor terminar.

Mas que se parta a gangorra e que esse amor termine! Estamos cansados (ai... se não fosse esse N). Um novo nascerá. Ou esse estará transformado em outra coisa. Eu sei que, se essa gangorra um dia terminar, a nossa proximidade trará algo novo e parecido para nós. Não sei se melhor ou se pior, mas eu te convidarei assim um dia, exatamente assim: "Vamos parar com tudo isso, vamos tentar de verdade. Me dê a mão e vamos para um brinquedo melhor, onde não haja amigos que errando a intenção nos atrapalhem, onde só haja nós dois, para onde estejamos sempre indo juntos, no mesmo sentido. Venha. Preciso do meu sorriso completado assim como você precisa que eu complete esse seu. Ah, como você é linda".

segunda-feira, novembro 08, 2004

Te ouvir cantar me faz sempre imaginar
que um dia vamos fugir desse lugar
para onde haja um tobogã
onde a gente escorregue

1337

Faz uma caralhada de tempo que o Rubens não atualiza o blog dele, mas toda vez que eu entro lá (uma vez por duas semanas) para ver tem algo novo, eu leio o último post, o Quanto a pessoas tentando dar explicação por invadir blogs dos outros.... É ótimo, fantástico, uma obra-prima do humor de, quando entre amigos, ficamos conversando até altas horas da madrugada.

domingo, novembro 07, 2004

ctrl+alt+fotolog

A imagem ainda não abriu - talvez nem váEu tinha pensado em deixar esse post grande, 4encontros, como o último postado, até que ele tivesse comentários de 5 pessoas diferentes. Mas eu sei que ler post grande é meio "trabalhoso" (coloquei as áspas no lugar errado) ...ler post grande é "meio" trabalhoso.

Ao contrário de ler posts assim, ver fotos na internet não requer nenhum esforço. Você olha e pronto. Nem precisa se dar ao luxo de ler a descrição. Pensando nisso e fazendo um contraste com o blog, troquei o layout do ctrl+alt+fotolog e postei umas fotinhas por lá, vão ver. É bem mais fácil e bem rápido do que ler o post abaixo, eu garanto. Vocês também garantem! Até o Inmetro garante!

sexta-feira, novembro 05, 2004

4encontros

Poxa, que semana braba! Mesmo que tendo um dia de feriado. Aulas à tarde para fechar a apostila, o começo da revisão, inscrições para o vestibular correndo, palestras à noite, indo e vindo de Guará de bicicleta (duas vezes por dia), sempre em cima da hora, nenhuma folga. Hoje ainda tenho que ir ao banco, em dois, e depois ir para Lorena. Fazer o caminho que farei para a prova de domingo (melhor treinar para não ter a chance de me perder bem no dia). Deveria ir um pouco na igreja também. Amanhã acho que vai ter um post bem grande aqui. Abracetas!

Eu tinha escrito isso para postar hoje antes de ir a Lorena, mas a internet falhou. Saindo do micro fui aos bancos. Primeiro na CAIXA, para pagar um boleto da CAIXA que eu imprimi aqui, mas com um cheque não meu e de outro banco, não pude pagar. Tinha que ir no banco do cheque. Tinha entendido tudo errado, não era para eu ir aos bancos dos boletos, mas sim ao banco dos cheques que eu tinha. Aconteceu uma coisa tão gostosa na CAIXA depois de ter esperando aquele tempo lá dentro. Estava na fila e moça do caixa, que deveria ter uns 25 anos, era linda, na flor da idade, foi quem me chamou para ser atendido; falei o que queria e ela me informou que eu não poderia pagar o boleto por o cheque não estar no meu nome e completou exatamente assim para a minha surpresa: "Vitor, vai na Nossa-Caixa que os seus cheques são de lá e lá você pode pagar os dois boletos". Uma graça essa caixa, me achei tão bem atendido, sorrisos, que quase disse isso na frente de todos que reclamavam a demora na fila, mas proferi somente um obrigado, curto e também sorridente. Ela tinha visto no boleto o meu nome e me chamou por ele. Fez com que eu me sentisse ótimo!

Boletos pagos no outro banco, fui para a rodoviária e, antes que pudesse dar por mim, já estava esperando o ônibus para Lorena. Um ônibus que vinha de Taubaté (confuso por causa disso, quase peguei um outro que estava indo para Taubaté e não Vindo) um ônibus que vinha de Taubaté, passaria por Aparecida (aqui), Guaratinguetá e chegando em Lorena finalmente. Essas últimas três cidades são conurbadas nessa ordem (procure por conurbação). Tive uma surpresa loira de um metro e sessenta, rosto limpo, simpatia encantadora e um corpo lindo que dessa vez eu não reparei e nem observei por um mínimo segundo sequer, mas sei que ela tem. No post "Hormônios" que eu vou postar aqui, vocês irão entender porque estou dizendo isso. É, eu não reparei no corpo dela, como sempre com quaisquer outras garotas; conversamos, matamos a saudade dos tempos do terceiro ano, dos tempos em que vínhamos juntos de escolar para as nossas casas, dos tempos de contato diário. Ê, Bruninha! ...Ela vinha de Taubaté mesmo, desceu do ônibus que era o que eu estava esperando. Está cursando enfermagem e até me lembrou que eu a ajudara a escolher esse curso (não lembrava MESMO). Lembro até que eu falei que ela, loira, olhos claros, naquela roupinha branca, vestida de enfermeira... e não concluí a frase fazendo apenas um “Hummm” e ela me deu um tapinha no braço falando alguma coisa mais o meu nome. A mocinha já está fazendo estágio nesse primeiro ano de faculdade e decidiu que quer ser médica. Se ela terminar o curso de enfermagem antes de entrar em medicina, vai eliminar uma pê de matérias desse próximo que são as mesmas desse de agora. Fóra que as aulas seriam exatamente iguais, seria na mesma faculdade e com os mesmo professores. A conversa foi bem curta pois eu tinha que zarpar, o motorista me olhou com aquela cara: "Vai ficar falando com amiga linda ou vai entrar logo no ônibus!?". Entrei no ônibus. (tá bom, Felipe Primô; sei que você ficaria falando com a amiga linda e nem tchum para motorista, ônibus...)

Perguntei para o motorista se ele sabia onde era a UNISAL, a faculdade; ele não fazia a mínima idéia. Como eu já tinha ido lá duas vezes, uma no mês passado e outra no ano passado, sabia mais ou menos onde era, se fosse olhando dava para saber se estava perto, se viesse o prédio antigão então!, estaria completada a missão de aprender a chegar com o agente (eu) sorrindo. Faltaria a de aprender a voltar, apenas. Para a minha terceira alegria do dia, havia uma menina com muita pinta de universitária que entrou no ônibus no meio do caminho entre Aparecida-Lorena, acreditei que ela estivesse indo para o mesmo destino que eu. Mais tarde descobri que sim. Voltando, ela passou por mim e se sentou mais atrás. Já em Lorena, eu procurando o prédio da faculdade com olhos em estado de alerta; a universitária vai até a frente (eu estava na primeira cadeira, de onde se tem uma visão mais ampla), e pede para o motorista parar no próximo ponto, um tanto antes de chegar à rodoviária, destino final, acredito eu. Pergunto se ela estava indo para a UNISAL, ela estava. Expliquei que eu era caipira e estava meio perdido. Ela me guiou até a porta do prédio e andou um pouco mais virar num corredor que a levaria até a sua sala de aula de Espanhol, enquanto eu ficava na recepção. No caminho ela me contou que no primeiro dia de aula, ela também não sabia como chegar na faculdade e que fez a mesma coisa que eu, só que com o contrário de sorte. Imaginem, ela perguntou para um grupo de veteranos como faria para chegar a facul; isso no Primeiro dia de aula! Foi tomando trote do ponto até a entrada da instituição. Ô meu Deus! Ela cursa direito à noite, está no terceiro ano já, faz também esse cursinho de espanhol e se chama Patrícia. Eu me chamo Vitor. Na verdade ela estava voltando hoje para as aulas de Espanhol, tinha uns dois meses que não ia. Voltou para me guiar.

Fui à secretaria, peguei uma prova do ano passado (Resolvi a de português agora, só acertei metade - música tema para o vestibular do Vitor: Segura na mão de Deus, Segura na mão de Deus e vai...). Feito só isso e tinha que voltar para a casa agora. Fui indicado por quem me atendeu na secretaria a pegar o ônibus para Guaratinguetá no mesmo ponto em que eu descera ali em Lorena, para depois em Guará pegar um para Aparecida . Não foi bem o que eu fiz.

Fui lá ao ponto. Uma cidade nova para mim, uma cidade do interior e pouco desenvolvida. Tinha a clássica praça na minha frente, observei aquele espaço público com prazer. Toda cidade do interior tem a sua praça. Não que as outras não tenham, mas essas outras, essas grandes cidades, tem sempre mais de uma praça e se, por exemplo, você for visitar um amigo em São Paulo, se perder e ligar para ele dizendo: "Eu tô na praça, Pablo", que seria, no caso, o mesmo de dizer: "Estou no MacDolnads, Pablo", é muito diferente de, se amigo vier te visitar no interior, dizer: "Eu tô na praça, Vitor". Responderia rapidamente: "Espera aí que eu tô indo te pegar, Cumpadi!". E falaria em casa para todos, como em toda casa do mundo: "O Pablo chegou! Vamos pegar ele! Ele está na praça. Vamos!"

Cheguei em Guaratinguetá e passei pelo ponto de Aparecida, mas não era para eu ir já para casa. Fui tomar um caldo de cana: "Vê um de 1 real pra mim, fais favor". Como isso é bom, né? Gaitorade caipira! Já tinha decidido visitar a Mariana antes de passar pelo ponto de Aparecida e, logo, antes de dizer obrigado ao homem do carrinho de garapa (caldo de cana). Lá fui eu. A Má está terminando o primeiro ano de direito, diferente da Patrícia (do ônibus) que está no terceiro, e está de manhã, diferente da Patrícia (do ônibus) que está à noite. Eu queria matar a saudade, somos ótimos amigos, não tinha ainda falado que ia prestar na faculdade dela. Queria ficar conversando e ouvido a mãe dela insistido para eu comer um pão porque “eu tô muito magrinho” e aceitando o alimento, lógico. Pão com manteiga e copo d'água (nem vem, é bom!) porque eu não gosto de leite.

Mas a Má não estava em casa. Tinha ido ao dentista, de carro (eu e meus amigos já dirigimos, viva!) e, poxa, o dentista dela é do ladinho da UNISAL em Lorena. Eu podia ter ido com ela? Na verdade não, tinha que ir de ônibus para aprender o caminho, tinha que ter encontrado a Bruna, loira enfermeira uma gracinha linda e amigona! Ainda após ter encontrado a primeira moça do dia que foi a caixa 25 anos da CAIXA. Fiquei lá um pouco de 5 minutos conversando com a mãe da Má. Muito legal a mãe da Má. Quando estava me despedindo dela, para minha quarta surpresa feminina do dia, aparece quem? Quem aparece de carro? Parando bem pertinho de nós para me dar carona? Quem? A minha prima lindíssima de 23 anos que está na UNESP (não lembro que curso faz), mas todos sabem que ela é tão maravilhosa quando a moça do caixa da CAIXA, quanto a Bruna! A Patrícia, moça do ônibus, minha guia, também era bonita, mas meio desanimada, o que não tirava a sua simpatia, mas ela não tinha a tal magnitude estética das três já ditas. Eu falei que a Mariana é loira, alta, dos olhos azuis?

Foi uma delícia ter vindo embora de carro para casa. Fechou os encontros com beldades com chave de ouro. Eu só queria que um dia a Cecília, minha prima, parasse assim para me pegar de carro, na porta da minha escola. Só para me gabar com os meus amigos e fazer um certo “ciuminho” na Valéria, que nem ela teve ontem à noite quando eu estava conversando com a Noeli, matando essa saudade da minha amiga morena dos olhos azuis. A Vá estava com uma cara que me fez pensar que estava com ciúmes. Sabe aquela indiferença forçada? Talvez tenha sido só impressão.

Conversas de irmã mais velha com irmão mais novo são as que eu tenho com a minha prima. Ela é a irmã mais velha que eu nunca tive. Lembro que quando numa brincadeira com o meu irmão, mais novo, tirei três dentes de leite dele que ficaram junto com um pouco de sangue no tapete da sala e ainda entortei o seu nariz; minha mãe tinha ido leva-lo desesperada ao hospital, não fui junto pois ia tomar tempo fechar a casa e a minha prima veio dar-me apoio em meio aos prantos em que eu me encontrava por ter sido o causador daquilo. Além de desesperado como a minha mãe, puto comigo tamanha a burrice que havia cometido como o meu irmão estava, ainda tinha o rasgante sentimento de culpa. Tinha uns 14 e a Cecília com uns 19 me amparou num momento onde isso não poderia ter sido mais importante.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Vocês viram que o ctrl+alt+textos perdeu o lugar de segundo item do menu aí em cima?
http://mary_lost.blogspot.com/ - um blog inspirador!

terça-feira, novembro 02, 2004

Porra, eu sou um poetinha.
Esse post que segue foi descoberto aqui e retirado daqui, não tenho nenhum crétido. Só o de ladrão.

Os Poetinhas

Quem realmente são?
O que pretendem? Invadir o planeta e matar de raiva todas as mulheres que se interessam por eles?
Como identificá-los?
Qual a Profilaxia?

Bom, existem várias vertentes de poetinhas. É inútil estudar todas pois elas acabam convergindo numa mesma coisa. Precisamos apenas saber algumas características básicas que são comuns a todos eles e nos permitem identificá-los sem grandes dificuldades.

Tá vendo aquele garoto ali encostado na parede, com a mão no bolso, calça larga, estilo moderninho, indiezinho, atualzinho, de all star e pinta de ursinho bonzinho? É....provavelmente ele é um poetinha...

Ao contrário do que vcs devem estar pensando, o poetinha não é só aquele que faz poesias. Ser poetinha é muito mais do que supõe a nossa doce e vã filosofia...

Os poetinhas são tímidos. Principalmente, quando o assunto é mulher. Eles são bastante sistemáticos e até falam bastante (mas fazem muito pouco). Os poetinhas gostam de cinema e de música e adoram falar sobre esses assuntos. São inteligentes e um tanto cults. Costumam chamar meninas inocentes para acompanhá-los ao cinema para ver um filme... e outro filme... e outro... e nada!!!!

99% dos poetinhas fazem parte de alguma banda ou tocam algum instrumento (e isto os deixam ainda mais cobiçados). Porém, a especialidade deles é fazer, nós mulheres, perdermos tempo (muito tempo mesmo), energia, maquiagem, desodorante, perfume, papo... tudo para atacá-los e... tchan tchan tchan tchan... nada! É uma verdadeira labuta!!! A missão de conquistar um poetinha é pior do que cortar cana embaixo do sol de 40 graus, pisar cacau e catar café... Que suor!!!!!

Os poetinhas são complexos. Fazem entender que vc tem alguma chance de conquistá-los (mesmo que remota) e de novo... nada... é um saco!!!! Eles cansam a beleza de qualquer mulher, seja a minha ou a da Madonna pelada!!!!!

Profilaxia:
. Mantenha-se longe de rapazes com cara de ursinho bonzinho assexuado;

  Invista seriamente no alvo de seu objetivo por, no máximo, 3 semanas. Se no final não der em nada, comece a desconfiar... (verifique primeiro se o sujeito não tem namorada e nem ex-namorada em potencial - daquelas que voltam a qualquer momento) elas costumam estragar tudo...

  Se o tal alvo do seu objetivo, mencionado acima, chamá-la para ir ao cinema fique com os 2 olhos bem abertos. Se ele não tentar nada, dê mais uma lida com atenção neste post. Se vc descobrir ao final que realmente se trata de um poetinha, vire o papa-léguas...

segunda-feira, novembro 01, 2004

Eu estava pensando aqui

Quando eu postava antigamente, sempre escrevia mais de uma vez um post, levava mais de um dia. Caprichava mais. Bem, visto isso, vou deixar para postar o Vamos Fugir numa outra data. Refrescar a cabeça, mudar uma coisinha aqui e ali. Devagar, sossegado... Sem querer tanto postar, sem o escrever para postar. Vamos agora escrever para escrever.

domingo, outubro 31, 2004

Fotolog.net

The account you are trying to validate has expired!

If a new member doesn't validate their email address within 24 hours, that account is expired and the username is made availabe to registering users again.

Click here to begin the registration process again.
Aí, compadi. Vai ter post hoje não. Vai ter churrasco, sol, amigos e piscina. Ah, sim, o mais novo na minha lista que eu esqueço sempre porque ainda é novo: cerveja!

Como diria meu professor: "Esses churrascos de comenings e dapranings!". E daí? A gente ri bastante. Está ótimo!

sexta-feira, outubro 29, 2004

quinta-feira, outubro 28, 2004

Sorriso bom

Desde o começo do ano que eu espero ônibus com ela e com mais a "turma das sete horas", aparecidenses. Vamos para Guaratinguetá todo santo dia! A gente, eu e ela, só nos víamos assim: eu com a minha cara de sono-podem-me-espetar-com-uma-agulha-que-eu-estou-com-muito-sono-para-reagir e ela com sua cara de "minha-mãe-me-acordou-daquele-jeito-chato-como-sempre!". Como o de costume aqui no sudeste, quase nunca há "bons dias" desejados entre pessoas desconhecidas e ainda mais com sono. Ah, que mundo estou tentando evitar, nunca niguém fala "bom dia", muito menos sob essas sonolências! As excessões existem, tudo bem... O mundo não está tão perdido assim, mas elas são raríssimas.

Bem, a garota deve estar na oitava, sétima série do colégio que a minha mãe dá aula. O fato é que hoje eu fui fotografar o teatrinho que a professora Àurea, Senhora Minha Mãe, apresentou com seus alunos: "A linda Rosa Juvenil". Fotos tiradas, chave e documento do carro em mãos (eu sempre dou um pulo lá para pegar o carro antes do meu almoço -- digo "meu" pois, a essa hora, até o meu cachorro já almoçou), estava indo embora e vi a menina lá na porta, sentada com alguém, uma colega... Joguei um oi, sorrindo, que ela agarrou com outro sorriso e retribuiu com o seu "oi" baixinho baixinho, se não visse a boca mexendo para me dizer, nem teria percebido. Eu estava contente, sorrindo no caminho. As crianças da primeira série sempre me alegram. E esse último sorriso veio me completar! Espero que nos vejamos amanhã e que esse "oi" se transforme num bom "bom dia" e que eu me sinta uma exceção nessa sociedade de pessoas tão afastadas perto das outras.

Vocês que melhor me conhecem podem estar Sherlocosamente-Holmes matutando: "Ué? Mas você pega ônibus de manhã, nessa escola da sua mãe que você vai às vezes, ela dá aula no período da tarde...". A menina teve alguma atividade no período da tarde no colégio, ora bolas.

Conversando

Na palestra, através de bilhete, com a Ritinha

Posso escrever ou vou te atrapalhar?
Vai não. Fala.
É que depois que rolou entre a gente, descobri que não gosto dele como menino, entendeu?
Você sabe o porquê ou é daquelas coisas que são apenas do coração e o cérebro não explica?
Não sei dizer, a primeira vez foi boa, mas depois não foi mais legal. Pode ser porque eu sou meio paranóia com essas coisas. Sei lá, gosto dele como um irmão.
Será que você não idealizou coisas que a realidade mostrou ser diferente? (as expectativas que nós criamos)
Pode ser... É que esse tipo de coisa me faz mal (já te disse) não sei porque, mas fazem. E principalmente por eu estar me sentindo uma traidora.
Por que se sente assim? Vamos ver, você pediu para que vocês tentassem para ver como seria. Ele resolveu experimentar mesmo que não sentisse na época o mesmo que você. E agora que vocês estão juntos parece que a situação se inverteu, ele está gostando e você está como ele estava. Isso?
Não sei dizer se ele está gostando. E não que eu não esteja, mas é que me sinto mal por saber que estou ficando por ficar e não porque eu gosto dele.
Ah, sim. Crises modernas de amantes a moda antiga como nós. Acredito que o ato/fato de “ficarmos” nos fere em muito nosso desejo real, os nossos sonhos; mas o quê você/temos a perder? Você não está com ninguém, tem um gatinho dando sopa, por que não dar uns beijos na boca e satisfazer um pouco os nossos hormônios? Às vezes, parece que nada está bom: se não estamos assim como você está, somos impotentes de atitudes e estamos mal por isso, e se o fazemos, estamos também mal. Se ele lhe pedisse namoro, o que sentiria/faria?
Não aceitaria porque não gosto dele. Você pode até me achar complicada, mas acho que já estou em outra.
Opa! Peraí. Tem outro gato na parada?
Cara, eu sou muito complicada nesse assunto. É eu acho que o, tem outro na parada.
Então você se sente enganando o gatinho por estar com ele mas querendo outro alguém. É, isso não é legal.

quarta-feira, outubro 27, 2004

Esses comentários...

Nesses últimos posts eu pude perceber que postar sobre comentários é uma tarefa bastante agradável para mim e, além disso, torna o cab mais amigo de quem passa por ele.

O Borracho comentou: se as coisas que escreves não tão decentes pelo menos ta fazendo sexo. Tenho que dizer que isso me atingiu profundamente? Eu não estou fazendo sexo, nunca fiz, mas sei que faze-lo-ei. Agora, a existência das palavras do Borracho só vieram confirmar que eu não estou escrevendo bem realmente.

O Billy comentou algo tão bonito sobre acontecimentos passados que eu apenas reproduzirem aqui, não há o que mais falar: Pois, afinal, lembrar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil pra quem tem coração.

O Lucas deu a sorte de ver a “imagem-especial” que há nessas que ficam trocando aí em cima a cada visita ou atualizada. Uma foto minha! Vocês têm 1/8 (um oitavo) de chance de vê-la de primeira vez.

E para a gracinha da Flávia Girlish eu tenho que dizer que eu nunca tirei dez em redação no colégio. Era sempre o maldito 7,5, nem mais, nem menos. Sempre ele, 7,5. E também que o comentário dela me foi um belo Biotônico Fontoura.

terça-feira, outubro 26, 2004

Qualquer coisa, menos um post (?)

Como o Carlos falou: ...as que ficam menos nojentas eu posto. Está sendo assim mesmo. E ninguém das várias pessoas que existem dentro de mim (não se assustem, existem várias pessoas dentro de cada um de vocês também) descobre o porquê da ocorrência. Mas, mesmo relevando bastante o assunto esses dias, acho que já está passando. E eu acho que foi a lambada-psicológica que eu levei do meu pai no final de semana que me ajudou. Resumo: "Eu investi tudo isso em você e agora quer essa faculdade furreca?". Quis morrer, ai que viadisse a minha. Acontece que com ápice negativo do ego (imaginem aquele abismo que Gandalf cai no primeiro filme do Senhor dos Anéis), parece que logo em seguida vem o ápice positivo (imaginem uma ótima sensação de bem-estar apesar de tudo). Eu fiquei bem. Comecei duas histórias que estão ainda na metade, escritas no meu caderno_salvador_de_pensamentos_que_me_nascem-para_serem_escritos! Será o fim que significa novo começo?

Pensei também na proposta (sempre que vou escrever essa palavra penso em próstata) do Felipe. Relembrar posts antigos. Acho que a melhor escolha seria: operação no testículo esquerdo, o diário. Tem muita gente que lê o cab agora e que não pegou essa fase. Foi a fase de ouro, 40 visitas/dia. Em breve nos veremos!

segunda-feira, outubro 25, 2004

Como escrever

O Guto Galli, do Porpeta, comentou no meu post sobre a minha fase ruim: Olá Vitor, tudo bem? Puxa, estou meio assim a um tempo. E ando percebendo que tem muita gente assim, sem saber o que escrever nos blogs. O que anda acontecendo conosco, hein?

Leiam o Porpeta que o Guto é um cara muito legal. Parafraseando: "Esse cara é jóia". Puxações à parte, não é a falta do que escrever que está me enquadrando nessa fase improdutiva. Na verdade é pior do isso. É desanimador ter o que escrever, mas não o conseguir por pura inabilidade. Tenho muita coisa para contar aqui, muita mesmo. Mas na maioria das vezes elas não conseguem se ver no papel, por assim dizer. Eu tento, começo, desenvolvo e termino, mas tudo anda ficando uma bela m*rda! Algumas posto.
Adulto é um bicho foda!

domingo, outubro 24, 2004

E eu só pude escrever esse parágrafo inicial no meu caderno antes que essa fase de lona de caminhão me chegasse: "Começo a escrever aqui duma aula de literatura do curso pré-vestibular em Guaratinguetá, São Paulo, Brasil, Hemisfério-sul! Já vinha um tempo matutando a idéia de comprar esse caderno a fim de evitar a grande perda de pensamentos que me nascem para serem escritos"

sexta-feira, outubro 22, 2004

Tá foda!

Tá muito foda. Nunca mais eu escrevi algo decente. Puta merda! Eu que era o garoto cujo maior prazer era escrever porque ainda não tinha feito sexo. Não fiz sexo e agora não escrevo algo que presta faz tempo. Meus leitores/amigos/visitantes que o digam. Parece até que um dos meus eus, esse do qual estamos falando, morreu ou, torço para isso, está encoberto por uma lona grossa de caminhão, quatro vezes dobrada que pesa bem sobre ele. Muito mais peso do que ele seria capaz de levantar na sua melhor forma. E, às vezes, dá medo, pois parece que os ossos dele estão trincando e ele está gritando de dor tentando sair dali. Ele grita mais alto do que qualquer ouvido poderia suportar, mas não consegue sair e quando parece que a lona está se movendo de cima dele, acontece alguma coisa e ela cai pesada novamente sobre ele que suspira uma desistência de dar dó. Não sei se foi a muda nas companhias freqüentes, se é coisa dos astros ou kriptonita, mas uma coisa é evidentemente certa: ele está doido para rasgar essa bosta laranja de caminhão velho e muito usado, para correr, nadar, brincar, balançar, amar o mundo e suas coisas bobas novamente. Dar um mergulho na luz da vida-satisfatória será o seu primeiro ato. Assim que a lona o deixar. Agora, quem foi o filho da puta que colocou essa coisa em cima dele? Quer fazer o favor de ter o bom senso!
Eu preciso rearrumar a minha página de blogs.
Aí, o catarro verde voltou.

Mais

Tinha me esquecido, uma das mais belas, famosa e mais aplaudida frases do Vinícius: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".

Mais uma coisa: Ele passeou muito por lá, é verdade, mas não cerquem o Vinícius no campo da Bossa Nova.

terça-feira, outubro 19, 2004

17 de outubro, aniversário da .

Vínicius de Moraes - 1913/1980 - nascido em 19 de outubroTerça-feira é aniversário do Vinícius, o poeta. A TV Cultura exibiu nessa noite que já se encerra, um belo ensaio geral da sua vida e obra, que eu não pude ver como gostaria pelo simples e chato motivo de não estar no clima, estar enxergando arte como se vê notícias em um jornal. Esses últimos dias têm sido raras as minhas penetrações no meu eu artístico, pareço/sinto-me morto.

O ensaio geral terminou com uma frase que eu acredito ter sido carregada da beleza sublime que as palavras voltadas em homenagem a um grande humano sempre têm. Acredito, pois eu só as vi mas não pude enxerga-las e ler. Meu irmão apareceu aqui na sala tirando fotos idiotas, fotos com flash do móvel novo que compramos. Esse ato, além de gerar raivas vitorianas, fez eu me perder em idéias que de tão bobas nem as lembro. Me senti um tanto mais morto.

Já havia preparado essa mesa para eu escrever: abajur, cadeira, caderno, lápis, apontador e borracha. Só não esperava estar escrevendo isso. Sempre quando ouço sobre música, sobre os nossos escritores e poetas, algo dessa forma, minha liberdade artística toma um red Bull e flui bem sobre os papéis, seja em prosa ou poesia. Às vezes essa habilidade artística só corre nos pensamentos e não produzem nada. Hoje, pela inspiração que esperava ter após assistir ao programa sobre o Vinícius, concluiria a minha paródia dos versos dele de Rosa de Hiroshima, tinha prometido esse trabalho para a Yara, presente de aniversário, e nada melhor que esse dia (17 de outubro) para fabricar o presente que já foi iniciado. As quatro primeiras duplas de versos estão assim:

Cidade de Hiroshima, Japão - 6 de Agosto, 1645Pensem no sorriso
Estúpido inválido
Pensem nos abismos
Todos mergulhados
Pensem nos rapazes
Mães descontroladas
Pensem nas mulheres
Como esposas pálidas


Depois, pulando alguns, eu já tenho uma outra dupla parodiada:

O líder com cirrose
O antilíder cúmplice


O meu objetivo, que me surgiu na criação, numa aula de literatura sobre o poeta, é generalizar a letra fazendo com que se encaixe sobre qualquer guerra e não especificamente sobre Hiroshima, espero conseguir fazer algo no mínimo bom. A palavra "sinfônica" me parece boa para ser aplicada na paródia; encaixá-la-ei. Mas será para quando eu retomar a minha liberdade artística. Ando preso em preocupações excessivas com a qualidade, opiniões, efeito e várias outras coisas frescas que não deixam que nada verdadeiramente artístico nasça, se movimente e flua de dentro de mim.

Sem você

Hoje é dia 19 de outrubro de 2004 e o nosso Vinícius estaria completando 91 anos. Lembro-me bem desse texto que fiz o ouvindo e me inspirando muito na poesia dele. O primeiro parágrafo foi escrito mais pelo próprio Vinícius mesmo do que por mim. Digo coisas que ele adorava dizer. As adoro repetir! Salve Vinícius, o nosso poeta!

segunda-feira, outubro 18, 2004

Escovei de novo não

Quando você já escovou os dentes, arrumou a cama para dormir e vai na cozinha só para o último gole d’água e encontra uma jarra de suco de beterraba com limão que você adora e nem sabia que tinha, se você bebe sem deixar o suco encostar nos dentes, passando direto a atingir a sua sede e desejo, você precisa escovar os dentes mais uma vez?

domingo, outubro 17, 2004

Eu amo a Flávia.

Cab voltando ao normal

Tinha posto aquele leiaute pronto da Blogger por causa da hpg não estar mais tornando visíveis os arquivos por lá hospedados. Só aparecem on-line as imagens que estão nas páginas hpg, blogspot está fora; olhem que desgraçados! Mas tudo bem... Problema resolvido e agora eu tenho um Geocities, onde as imagens estão hospedadas:
http://geocities.yahoo.com.br/vitorbustamante

sábado, outubro 16, 2004

Feliz dia dos professores, sora!

Quinta-feira foi dia dos professores e minha mãe é professora, das que trabalham com as primeiras séries. Aí está ela e a turminha no pátio do colégio particular. A nossa professora dá aula em duas escolas, uma estadual e recentemente está também educando a criança do colégio particular. Esse colégio, por iniciativa da psicóloga, preparou uma homenagem secreta aos mestres no dia deles. Falou com os alunos, os pais, tudo escondido. As surpresas foram vídeos muito engraçados com os alunos imitando os Queridos, flores, muito carinho e presentes.

A Érica é, da esquerda para a direita, a segunda criança =]Nos vídeos, a aluna que imitou a minha mãe foi cômica. Sentada na mesa, fez a chamada, acabando, ela pôs os óculos para ver de perto e passou de carteira em carteira corrigindo os trabalhinhos. Todos vistos, ela foi à mesa, pegou a caneta especial e: "Joãozinho, como você fez a tarefa bonitinha e acertou tudo, hoje o parabéns de ouro é seu!". Vocês têm que ver como eles disputam esse tal parabéns de ouro gravado em caneta dourada. Contam para ver quem tem mais e minha mãe, lógico, sempre dá uma ajuda para que esses números fiquem bem próximos e cada semana tenha o seu campeão dos parabéns de ouro.

Nos presentes, a sora Áurea, minha mãe, ganhou uma poesia que eu adorei. No começo, em casa, a menininha estava com dificuldades de criar, mas sua mãe lhe ajudou, sem fazer nada por ela. Disse para fazer uma lista com os adjetivos que ela daria a professora, ver quais são os com rima e em cima deles montar os versos. Ficou assim:

Tia Áurea

A minha professora é legal
E é também muito especial
Com todos é muito carinhosa
Até parece uma rosa
Ela é tão inteligente
Que até parece ser nossa parente
Tia Áurea é muito boazinha
Para mim é a super poderosa Lindinha

Érica

sexta-feira, outubro 15, 2004

Tema da redação: Heróis reais

Tinha redação para hoje? Próxima aula, já? Ah, vou fazer... Aula de geografia sempre me dá sono mesmo... E fiz correndo:

Herói por nós

A humanidade está carente de heróis, bons líderes. O triste é que parece que ela quer continuar assim.

Um herói é aquele que pensa e faz o que queríamos ter pensado e feito. Não há nenhum erro em admirar e aplaudir pessoas assim. O erro aparece quando colocamos essas pessoas que se destacam em nossa incapacidade de fazer alguma coisa. Acabamos substituindo a nossa luta, que visa nos dar possibilidades de fazer o que ainda não podemos, pelos nossos heróis.

Grandes o suficiente para fazer grandes feitos, os heróis deveriam ser fonte de esperança de que também podemos chegar aonde eles chegaram e não como pessoas que chegaram lá por nós. Deveríamos todos tentar ser heróis.

PS: Fiz correndo, ficou corrida, mas deu tempo!

As imagens sumiram

Resolvi dar umas férias para o layout já que as imagens assim estão. É bom porque o layout não fica sozinho aqui no cab, fica lá curtindo um cruzeiro com as safadas.

Obrigado ao Billy pelo aviso!

quarta-feira, outubro 13, 2004

Esses adultos

Pensam que nós, da quinta-série até antes de entrar na faculdade, temos vários casos, ficamos com alguém sempre que saímos e nos demoramos a voltar ou quando saímos com muita vontade de ir. Minha mãe por exemplo, acha que tenho um tal de caso com a Ana Paula. Mas só tenho amigas; tenho uma ex-namorada é verdade, e um primeiro beijo que não foi namorada. Só que isso é passado, isso foram casos, não há mais nenhum atualmente e até agora não houve outro. Então, se eu ganhasse um livro hoje, poderia ser chamado de Um Homem de Duas Mulheres.

Voltemos à Ana Paula. Fomos certa vez ao cinema da cidade, era para a Dani (Danizinha_Cheirooosa) ter ido também, mas ela apareceu, depois ficamos sabendo, no cinema da cidade errada, falha no convite. Passei a tarde toda com a Ana Paula, fomos no cinema duas vezes. Não, não houve nada, preconceituoso leitor (a) que acha que duas pessoas do sexo oposto não podem dividir uma sala de cinema sem se tocarem.

Sentados ali vendo os filmes, mergulhamos tão fundo nas histórias contadas que nem estávamos mais um ao lado do outro, estávamos individualmente jogados nos universos de se tornar ouvinte de curiosas fábulas e interessantes vidas fabulosas. O combinado era vermos Cazuza – o filme, mas a hora marcada para estarmos na porta do cinema era quase quatro horas antes da sessão. Cabia um filme e meio nesse intervalo. Decidimos ver um filme da Disney, infantil, a nossa boa única opção. Adoro filme de criança! Depois veríamos Cazuza. Mesmo com um filme inteiro posto no nosso tempo de espera, não foi o suficiente para suprir todo esse espaço de tempo. Esperamos também, um tempo sentados numa mesa, ela tomando refrigerante e eu uma bebida de mínimo teor alcoólico; conversamos inutildisses. Filmes vistos e muito bem vistos, mergulhos em mundos, fomos embora. Um beijo em cada rosto e até amanhã quando iríamos rir do infeliz engano municipal da nossa amiga Dani.
Mesmo tendo entrado duas vezes na contra-mão, eu estou dirigindo melhor. Não há mais problemas com a primeira marcha. Isso é muito bom!
Auto-pedofilia? Isso existe?

terça-feira, outubro 12, 2004

Ai que lindo!

Deve ser esse o tal filme. Foi o que eu acheiEstava vendo um programa sobre fotografar gente famosa ou gente com roupa de estilista famoso na multshow. Os fotógrafos estavam na porta do estúdio onde está/estava sendo gravado o filme "Camp" (atores estreantes) lá nos eua. Dos quatro atores que formavam o elenco principal, um deles estava com a namorada. A fotógrafa a qual o programa estava acompanhando cada passo de seu trabalho o chamou para uma conversa/entrevista a sós, para pôr na matéria de sua revista:

--Está namorando há pouco tempo, não é verdade?
--Pouco tempo...
--Você tem 20 anos, é jovem, não deve se prender.
--Não, Não! Devo sim. Devo sim.
--Deve? Mas por que? Você deveria estar experimentando, curtindo...
--Olha. O que é melhor: aos 20 anos você ficar com várias garotas, experimentando, ou aos vinte anos encontrar o amor da sua vida?

Puta merda! Puta merda!

Vitor: Daaaaaaaaannni!!!
Danizinha_Cheirooosa: OOOiiiiieeeeeeeeeee =P
Danizinha_Cheirooosa: nada febrinha, eu vc e a luana.....rs
Vitor: Minha amiga psicóloga, você não sabe o que acaba de me acontecer...
Vitor: A luana tambéM?
Vitor: ela nào está na minha lista...
Vitor: Fui levar a Ana Paula e tudo mais...
Danizinha_Cheirooosa: oq houve?

Vitor: cheguei lá na ruinha estreita dela e tinha um carro parado lá, não dava para passar. Tive que dar uma ré para ir voltando embora
(está demorando para enviar a mensagem...)
Vitor: dei a ré e fui fazendo o mesmo caminho ao contrário para ir embora
Danizinha_Cheirooosa: meu pc travou =(
Vitor: ok, o que importa é que agora ele está funcionando =]
Danizinha_Cheirooosa: tomara q continue...rs
Vitor: Quando estava quase chegando em rua que eu conheço, saindo da biboca da Ana Paula vinha vindo uma viatura da polícia
Danizinha_Cheirooosa: nussss.......
Vitor: Numa pista as mãos de duas-mãos são as da direita
Danizinha_Cheirooosa: biboca eh a piorrrr....hehehe
Vitor: hehehe =P

a viatura veio na da esquerda, onde eu estava seguindo, só não ficou certa nela, ficou atrevassada na rua a fechando, tive que parar óbvio e os guardas desceram do carro
Vitor: me olhando
Danizinha_Cheirooosa: putzzz
Vitor: (não fui estuprado)
Danizinha_Cheirooosa: ( q sorte heim!) rsrsrs
Vitor: +P

com o carro parado, acendi a luz interna e já fui pegar os documentos
Danizinha_Cheirooosa: oq fizeram com vc?

Vitor: Um dos guardas me chegou:
--Porque você está na contra-mão?
Vitor: continuou: "documento..."
Vitor: estava com o do carro e a minha carta, tudo certinho
Vitor: eu não fazia a mínima que ali era a contra-mão
Vitor: fiquei totalmente atordoado: "Maldita Ana Paula"
Danizinha_Cheirooosa: ow... q azar... 2h da manha encontrar dois guardas chatos!
mas qual rua era a q vc estava na contra mao?

Vitor: não explicar... Mas ali na Santa Rita, tem a rua da seanjunior, e um pouco antes tem uma rua de pedra, paralelepípedo

O guarda pega e me vira esse:
Vitor: Sua a carta é provisório, contra-mão é infração gravíssima, se te der essa multa você peder a carteira
Danizinha_Cheirooosa: nusssssssss
Vitor: A image dos meus pais apareceu subtamente na minha frente
Vitor: abaixei a cabeça, xinguei mais uma vez a Ana Paula e o que eu ia fazer?
Vitor: O guarda perguntou de onde eu era:
--Moro ali no manto azul, perto do magic park (ia falar jardim paraíba, mas pensei que o guarda ia ficar me vendo como boyzinho rico)
Danizinha_Cheirooosa: mata a bruxa quarta-feira! rsssss

verdade...nessas horas manto azul eh melhor...hehe

Vitor: perguntou de onde eu estava vindo e falei que tinha deixado uma amiga em casa e estava voltando
Vitor: ele perguntou onde era a casa e qual o caminho que eu tinha feito
Vitor: falei e ele:
--Pô, entrou duas vezes na contra mão!
Vitor: Nessa hora, se a Ana Paula estava bebendo água, ela engasgou só por causa da força do meu pensamento
Danizinha_Cheirooosa: huiahauiaiahaauai.....2 vezes??????
Vitor: é, entrei duas vezes, e nem me dei conta disso
Vitor: pronto... já vi tudo o que iria acontecer... tomar a multa, perder a carteira, eu contando pros meus pais
Vitor: já dexisti de haver uma mínima chance de não tomar a multa, nenhum pensamento positivo, só nuvens pretas
Danizinha_Cheirooosa: :-(
Vitor: e não é que eu dei sorte no final? O guarda falou várias vezes antes: "Vai perder a carteira..." "Vai perder a carteira..." eu de cabeça baixa, nocauteado
Vitor: pensando muitos "puta merda"
Vitor: mas o guarda disse: Você é daqui, vou quebrar o galho, dá ré e volta
Vitor: me devolveu os documentos, dei a ré e voltei pelas contra mãos que tinha vindo. Até achar uma rua que me desse certeza de mão certa e seguir até uma rua familiar
Vitor: consegui dirigir nervoso, isso foi bom; mas puta merda... até agora estou sentindo uma pulsação na cabeça
Danizinha_Cheirooosa: q sorteeeeee...... tadinho! perder a carta logo no começo seria mancada...
Danizinha_Cheirooosa: apesar do susto acabou tudo bem...rs =)
Vitor: é, eu nunca mais ia querer dirigir

sim, acabou bem. Agora eu vou olhar cinco vezes vericando a mão de qualquer rua estranha

domingo, outubro 10, 2004

Discretamente

Se lembram que eu ia comer batatas rufles? Comi-as. E de brinde, por sinal uma bela jogada de marketing, veio um torpedinho, digamos assim, para você mandar à sua paquera. Nele há um item que indica a ação (beijo, abraço, ou, acredite se quiser, apertadinha) e mais três itens, dentre eles dois "sins" diferenciados por intensidade com que a ação deverá ser executada ou local, e há um "sai pra lá!", ou seja, "não". Fica tudo oculto e só se vê os que são raspados (já comprou raspadinha na casa lotérica?) O primeiro, dos três itens de resposta, dois "sins" e um "não", que é raspado é o escolhido e o que deverá ser executado; os outros são raspados depois só para matar a curiosidade.

Bem... Como não tenho paquera, resolvi brincar com a minha melhor amiga, senta-se atrás de mim na aula, Valéria. Nós queríamos saber logo o que apareceria após a raspagem desvendadora. Brincamos! Pra mim a proposta foi a tal da esquisita "apertadinha". Ô, falta de idéia dos responsáveis pela criação do jogo! "Uma apertadinha? Ham?" pensei. "Vamos ver", escolhi uma das opções para raspar. E, olhem que legal!, ganhei uma apertadinha na orelha. Não é demais?

Vistas as outras opções que poderiam ter sido escolhidas: "no nariz" ou "sai pra lá", chegava a vez da Valéria. Saiu, o que fez o garoto que vos fala sorrir com olhar malicioso para a nossa menina, "Selinho"! Ah, como deveria ser aplicado esse selinho? De leve? Forte? Fiquei, com humor, sorrindo meio safado e não disse nada. Valéria pegou o papelzinho e após ler e achar graça, me disse: "Vamos ver...". A palavra "discreto" foi a que lemos! Selinho discreto. Nós, eu e Valéria, não transpassamos o limite da amizade. Olhei para a cara de "essa brincadeira não é séria" que ela fez e respondi: "Aqui na disse onde". "Você é tão especial, Vitinho", foi o que ela declarou. Peguei sua mão e a beijei, discretamente.

sexta-feira, outubro 08, 2004

"Vamos Manchar o Brasil"

Rei Momo - Temos esse álbum em vinil aqui em casaO VMB desse ano foi bem ruinzinho. Tá, foi horrível. O Selton Mello apresentando foi... Ele é um bom ator. As apresentações dos indicados não foram engraçadas. Piadas programadas e, além disso, mal executadas. A única indicação que me agradou foi para o melhor vídeo clip de rap. Foi MUITO boa! Fico fascinado ao ver os bons dançando break*, é impressionante. Fazem movimentos que a nossa Daiane dos Santos ou a nossa Daniele Hypolito nunca chegarão a fazer! Eu duvido!

A maioria dos shows foram bons, alguns reveladores, mas esse que vemos na foto, foi o fiasco da noite. Caetano e David Byrne ex-líder dos Talking Heads (um cara do kilate de Bob Dylan [nobel?], Dire Straits e por aí vai) tentaram duas vezes antes de conseguir tocar sem microfonias ou outras falhas técnicas. Foi vergonhoso. A gente recebe assim o cara, pô? Não pega mal apenas para a mtv, pega mal pra gente também, brasileiros. E Caetano que sempre fica puto com essas coisas, chilique de novo? Claro! Certíssimo. Pura falta de respeito falhar na montagem do som!

break*: O Hip-Hop tem três elementos básicos: a música que é o rap, a arte que é o grafite e a dança que é break.

Romantismo

Leiam, principalmente os meninos, isso.

Arrumando papéis...

...do meu quarto foi que eu achei isso. Não lembro de ter escrito e muito menos ter postado, mas estava nas minhas coisas, tem a minha letra e o meu raciocínio, é meu. Deveria estar em transe quando escrevi. Vamos ler:

Desejo a prosa líquida
Que toma a forma de onde é derramada
E que se derrama fogo
Em virgens corações

Para ficar líquido
Deve conter o que já pensei
Não posso pensar coisas que já tenham essa finalidade
A coisa boa surge sem querer

Se queremos algo que acontece
Ele não tem surpresa
Tem metade do que poderia ser
E é recoberto de ilusões

Não quero mais um
Mundo melhor para eu
Quero um eu melhor
para o mundo, mesmo que sem surpresa

terça-feira, outubro 05, 2004

No msn: Eu declaro!

Eu declaro, porque eu estou com muita vontade de declarar as coisas hoje, que 20h é o horário oficial do banho do dia. E que as Batatas Rufles que compramos na compra do mês e guardamos até então, devem ser comidas assistindo ao VMB 10 na MTV de banho tomado. Lembrando de cortar as unhas entre o banho e o VMB, pois já estão crescidas demais. Pode grudar uma Rufles embaixo delas ou o saquinho daquele molho estranho que eu nunca abro.
e eu pintei o kblo denovo de loiro, mas tá castanho claro
Eu recebi uma foto de uma menina hoje por e-mail, que está com menos roupa do que eu queria para poder mostrá-la a você, que tinha os cabelos lindos. Meus amigos me chamariam de viado por eu ter reparado no cabelo, devido a posição da moça, mas eu assumo que existe uma bicha grande dentro de mim... Enfim, ela era loira, e tinha várias mechas em Rosa bem claro, o loiro dela era bem claro também. Ficou muito show! Curti muito.


num vejo nada d+ em um menino falar dos kbelos.... mto pelo contrário: homem de verdade é aquele que diz o que sente e pensa
Nossa, agora eu me senti macho! Falando bem grave: Brigado, Yara! Au-au!

domingo, outubro 03, 2004

--Muito boa noite, moça interrompida! (tira o chapéu)
--Boa noite....
--O que tão formosa dama faz por esse canto da cidade? (leva o chapéu ao colo)
--Nada de mais e você?
--Digamos apenas que eu estou à procura... Está acompanhada? Pegue meu braço.
--hehehehehe. Que formalidade rs
--Digna de anos de ouro da humanidade, minha bela jovem.
--heheheheh
--Gosta de dançar? Poderia me acompanhar a um local de fina diversão?
--hehehehe
--Vamos, não se acanhe. Vai ser inesquecível, eu lhe prometo.
--huahuahuahua... ai ai...
--Ora, não faça charme... A Senhorita já tem muito e inteiramente encantador. Me acompanhe, vamos para ver estrelas.
--hehehehehe......
--Não fique vermelha. Entenderei tão gracioso riso como um "sim" puro e doce. O 'sim' que vem de você. Isso vamos.
(e saíram pela porta, estão na calçada da cidade)
O moço continua:
--Está vendo aquele senhor? Todos os dias ele bota o lixo na rua no mesmo horário. Saco pequeno, do mesmo supermercado e sempre com o mesmo nó. A mulher dele faz o nó e o manda levar à rua. Sempre na mesma lata, mesmo horário e o sol está todo dia no mesmo lugar.
--hehehehe ....
--Oh, não! Meu Deus! Não!
--??
--A bola está indo para a rua, o caminhão está vindo, a criança vai...!
(Dispara correndo e salva a criança deixando-a com a mãe muito agradecida, e sai do local voltando para a moça, buscando anonimato)
--huahuahuahuahua
A moça, estupefata, olha espantada para ele que responde:
--É aqui chegamos!
Cumprimenta o vigia da entrada que logo abre caminho para o novo casal e sorri malicioso para o nosso herói

Passando os dois pelo bar, ele pega uma Rosa que estava num vaso com água, arruma o cabelo cheio de brilhantina sem tirar os olhos que o tempo todo percorrem aquele fascinante rosto feminino. Faz o pianista parar a música e junta seu corpo ao da moça, num lapso!

À primeira piscada de olho do jovem, o pianista inicia. Um tango argentino que pega a moça de surpresa. Nos escuros do bar uma luz os ilumina, os dois em claridade destacados e o mundo na sobra, oculto. Eram somente eles. E o pianista. Mas a moça não sabia dançar tango argentino! Quem sabia?!

Ele a conduz, devagar no começo. Mas a música cresce, fica mais forte e rápida ao seu decorrer dos compassos... A Jovem é inteligente, aprende rápido e se vira bem. O jovem também, sabia conduzir como ninguém. Alguns o tinham como Bond. James Bond. Mas era muito jovem para Bond mesmo com a expressão na face carregada de total experiência com as mulheres, não enganava ter mais de 19 anos.

Ainda estão dançando. Em um dos três ápices da música, no segundo, a Rosa é trocada de boca. Passa da dele para a dela. Os lábios se tocam por um instante, tão leves que de longe não se pôde ver. O que não impediu da moça arrepiar-se inteira e quase derreter nos braços dele por falta de forças. Mas uma nota grave, forte, sólida a acorda que volta séria no passado firme da dança. Pareciam estar na maior e mais vívida boate de Buenos Airies. No terceiro ápice, a flor volta para quem a colheu do balcão e os lábios se raspam de propósito. As quatro pernas tremem, mas outro acorde no piano as chama de volta à dança forte! Os corpos cobertos de desejos vibram como as cordas do piano, junto delas; estão cada vez mais próximos... A flor é jogada num ato quase violento aos pés do pianista que se prepara para o compasso final da música crescente. Os braços percorrem as costas, o joelho feminino sobe raspando o homem, os olhos querem estar logo fechados para enxergarem as estrelas prometidas e ao sentirem a respiração um do outro, eles se fecham. E é como o surgimento do universo, uma explosão sonoramente afinada, luminosa e criadora que faz com que tudo gire ao redor onde não há tempo, distância ou exageros.
As línguas estão satisfeitas após a viagem sideral em sensações as quais não puderam ser sonhadas nem pelo mais erótico dos homens, nem pelas mais eróticas Deuzas.

-FIM-

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....