domingo, outubro 30, 2005

Meu irmão achou isso em casa

Escrevi numa aula de Química. A folha está cheia de cálculos estequiométricos. Provavelmente uma aula do prof. Marcão, recém citado nesse post. Talvez eu já até tenha postado isso, mas vamos lá de novo.

Amara Mara

Moça bonita
De muita graça
De muita raça

Moça perdida
Em amor passado
Mundo acabado

Alma batida
Seio sofrido
Tudo vivido

Qu’inda acredita
Na própria vida

Amara Mara

O jovem alto
De muita raça
Sorriso alvo
De muita graça

O Jovem magro
Se via cravo
A via rosa

Havia rosa

Se via Zé
Ela Maria

Se via fé
Em romaria

Ela no altar
Pô-se a beijar

Roda girou
Tempo correu
Engravidou
Filho nasceu

Bem...

Você está analisando e julgando o tempo todo. Isso é absolutamente natural e eu diria que até necessário no processo do conhecimento (você acaba conhecendo a si mesmo também quando vê como você pensa o outro). Mas, você deve en-ten-dê-la. Isso é conhecer de verdade. Saber o que a faz pensar de certas formas e tomar certas atitudes. Saber o mundo no qual ela vive e em qual você vive. E, por que você acha que uma garota que transa no terceiro encontro não seria a garota que você procura? Deixo a pergunta: Por que uma garota que transa no terceiro encontro não é a garota que você está procurando? Você, Amigo virtual, para ela, também foi um garoto que transou no terceiro encontro. "Mas ela é menina!", você pensa?

E, como está me mostrando... Como a fada mais doce está me ensinado: relação amorosa e relação sexual não são duas coisas separadas. Na verdade, existe só uma e absoluta Relação. Para finalizar, gostaria de dizer que, quando dou conselho, penso que estou dando conselho e não gosto de dar conselho – principalmente quando tenho consciência no momento de estar fazendo isso. Em suma, não siga nenhum conselho. Inclusive esse de não seguir conselhos. Boa sorte! Estou torcendo.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Deus, cíclico e interminável

Eu fico pensando: como Ele foi inventar uma fruta que chamamos de melancia. Todos aqueles caroços, todo aquele vermelho cheio d’água. Mas, é aí que eu paro e me ponho a pensar em outra coisa um pouco pior: como o homem foi inventar a maionese? Ou melhor, como Deus foi inventar o homem que inventou a maionese?

Morando aqui nessa república batizada Happy-ública e lavando a louça na frente das meninas, principalmente da Raquel, eu aprendi a menos usar o nosso não-biodegradável amigo detergente. Coisa que só é possível se ele for substituído, pois ainda queremos continuar a lavar decentemente a nossa amiga louça, protagonista do “processo cíclico”... Ou seria “processo interminável”, que é manter uma cozinha longe gerar (em principalmente mulheres) frases da espécie: “Ai, meu Deus! Que horror!”? Porém, ainda quero me referir à maionese. Como é gordurosa, na hora de lavar a louça, de lavar a faca usada na sua captação, faz com que tenhamos de usar o bipolar, não-biodegradável e nosso amigo detergente. Se não fosse a maionese aqui na Happy-ública, detergente seria só para finais de semana quando a louça está mais carrancuda. Sabão em pedra seria rei da pia.

Contudo, e então, caro leitor? Manter uma cozinha é um processo cíclico ou interminável? No fundo, a palavra que mais irá convir com o drama real que é uma cozinha é a palavra interminável. Dizer cíclico não expressa corretamente o nosso sentimento.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Da melancia ao fondo. Perdoe esse post que nada diz.

Eu cheguei com um belo pedaço de melancia em casa. Um quarto de uma inteira. Dois e cinqüenta no supermercado; não sabia que era barato assim. É fruta para toda a happy-ública comer agora, no entrar da noite, e ainda sobrar para o café da manhã. Fora isso, seis pães e uma maionese nova. Dessa vez uma maionese minha. É feio ficar comendo a maionese dos outros sem autorização. Lembrei que a inspiração amorosa do Doug Fane Funny se chamava Patty Maionese. Eu gostava dela. Mas antes eu lembrei que tinha visto num ônibus, passando pela av. paulista, uma moça que tinha nas mãos um livro fechado cuja a capa trazia um belo desenho de melancia. Cheguei a ver tal livro para vender no shopping, mas não lembro o título e nem de que gênero se tratava. Li alguns blogs agora. Mas escolhi uma época meio complicada para voltar ao planetóide blogal. Final de semestre. Muitos trabalhos para fazer. Não lendo nenhum livro extra-faculdade no momento. Nada bom para qualidade produtiva de posts, mas aqui estamos. É aquele famoso ou vai ou não vai. Acabei fondo – como diria o meu antigo professor de química, Marcão, numa, hoje, horrível tentativa piada.

quarta-feira, outubro 19, 2005

É o seguinte...

Vou voltar a escrever nessa coisa azul-claro que eu carinhosamente chamo cab, meu blog. Vou contar um texto, um dos, que escrevi mentalmente ao sair da faculdade:

Valeu!

Estava no carro, tudo normal nas ruas de perdizes, São Paulo. Alguns carros na frente, alguns carros atrás, horário de pico e eu sentado no meio do pico com as mãos no volante tentando imaginar que pelo menos o carro que eu penso que é meu, eu controlo. Passando num cruzamento perto da puc vi uma coisa que a minha imaginação da juventude não foi, naqueles tempos de faculdade, capaz de criar. Mas, talvez, naqueles dias, não precisássemos desse tipo de criatividade para caminhar por aí. Um jovem (pausa do escritor Vitor: nessa história que escrevo, se fosse verdade, o jovem seria eu) um jovem na esquina, já na rua, esperando os carros passarem. Até aí nada de mais. Até eu chegar um pouco mais perto e conseguir ler. Ele tinha uma camiseta branca com uma escrita preta que dizia: Me deixa atravessar? em duas linhas. Ri um riso unitário e freei o carro dum jeito que bloqueasse os carros de trás (nada brusco), sabia que era um saco ser pedestre em São Paulo e deixei o jovem criativo atravessar. E ele atravessou, virando as costas para mim e indo pulando, meio bobo ou totalmente. Na parte de trás da camiseta tinha um Valeu! escrito e um desenho jóia polegar para cima. Me vieram vários risos, nada de unitário. O stress do dia passou nesse momento. Rindo e pondo a primeira, fui embora. Minha esposa estava linda quando cheguei em casa e a janta me satisfez como férias.

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....