domingo, março 15, 2015

Para L.

Ah, que saudade desse fim de semana em que nossos corpos se encontraram e nossas vidas fluiam na harmonia de tudo, cachoeira de coincidências e bondade da Criação. Bondade da Criação há nos seios seus! Nos cabelo macios roçando-lhes ao lado, a superfície do seu corpo recebendo os olhos e dedos meus. Bondade em cada perna para percorrer o mundo em beleza feita em pé num ser que se chama "ah, que mulher". O gosto bom do entre elas, entra sai da minha boca ao deslizar salivas, que quando lembro tudo e te vejo inteira, pelada e disponível na minha frente, comanda minha garganta sem respeitar pensamento e faz sair de mim um gemido rouco e que de pouco a pouco me faz gozar de novo e de novo, de novo e de novo, na fractal em mandala que se formou na aura e se chama chacra de um dia que virou memória e reuniu desejos para realizar, os quais eu nem sabia que estavam lá.

Me perguntei se foi difícil para você também encarar o dia de hoje, 

o trabalho que não agrada tanto quanto vida que recém viveu. 
O almoço diferente do jantar na casa do amigo seu. 
A conversa diferente da que teve entre os tantos terapeutas em volta... 
Eu pensei e não se nota, que ao fechar a porta do domingo findo, 
se afina o instrumento, nota a nota, 
da imaginação presente nesse temperamento meu. 
E o meu desejo maior é essa liberdade se manter
para quando eu me ver disponível na confiança da sua boa energia, 
o mundo se alinhar e voltar a nos ter nos braços dessa entrega, 
das coincidências e do apogeu do meu corpo no corpo seu.

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....