
sexta-feira, dezembro 30, 2005
quinta-feira, dezembro 29, 2005
O grande problema do mundo
Qual é o grande problema do mundo? Você me pergunta qual é o grande problema do mundo? O grande problema do mundo é que se dois estranhos se vêem na rua e um sorri enquanto o outro faz cara feia, a pessoa que sorriu é que é vista como idiota, inclusive e principalmente por ela mesma. Esse é que é o grande problema do mundo.
terça-feira, dezembro 27, 2005
Para pôr em meu quarto
Você pode pensar que eu enxergo as coisas como não são. Dramatizo. Mas eu simplesmente as enxergo de um modo para que fiquem bonitas de serem escritas. Assim sou. E em essência sou. Um poeta.
sábado, dezembro 24, 2005
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Achado num banco de metrô da linha azul em São Paulo. O vagão estava vazio.
Na década de 80, meu pai, músico, poeta e escritor, veio a falecer. Devido à gravidade de um tumor no pulmão, ocasionado pelo mau hábito de fumar, que se desenvolveu lentamente ao longo de alguns anos, ele não mais pôde resistir na luta contra a doença. Além dela, havia também mais males à saúde comuns em pessoas da sua idade. Ele tinha 88 anos. O coração já estava fraco e as pernas também. Gripes vinham facilmente e a tosse era constante. Contudo, seu raciocínio era rápido e esperto. Podia reconhecer ainda cada instrumento de uma orquestra, cada autor de um bom poema ou de belas e famosas frases. Lembrava tudo. Vinha de sua aposentadoria o sustendo da família que no momento de sua morte era apenas sua esposa, minha mãe. Os quatro filhos estavam desde muito antes crescidos e casados. O lado artístico fora um hobby que sempre acompanhou paralelamente sua vida profissional com maior e merecido destaque. Fora comerciante, da adolescência a seu último dia de trabalho. Tinha um grande armazém. Maior e mais famoso da cidade durante muito tempo. Depois os tempos mudaram, vieram supermercados, lojas especializadas... Minha mãe ainda é viva. Somos nós, filhos, que agora cuidamos dela. Ela vive num asilo e isso foi de sua escolha. A casa lembrava muito meu pai, muito dele ficou ali. Mas aquele teto foi vendido a familiares um pouco distantes. Com 79 anos, após a morte do meu pai, a esposa começou, por mais incrível que pareça, uma nova vida. Ela sempre surpreende, fora por isso que casara com ela, ele contava a todos. Os filhos pararam de ir àquela casa todo mês, os netos não jogavam mais bola no quintal de terra batida e nem acertavam nenhum vaso da vovó vez ou outra. Aquela voz das histórias, acompanhadas pelo belo olhar de minha mãe sempre ao lado confirmando as lembranças do velho, não preenche mais nenhum espaço no tempo presente. Mas ecoa no coração de quem ouviu. Pois sempre construiu como mais humanas as pessoas que a recebiam. Conseqüências do tempo que, se é essencial para a vida, o é também para a morte.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Sobre o post abaixo
quarta-feira, dezembro 14, 2005
domingo, dezembro 11, 2005
Em seu lugar

A ida foi boa. Andar de ônibus ao sábado na Rebouças com os sinais todos verdes é ótimo. Mas ela não estava no lugar ao meu lado.
As conversas também foram boas. Risadas; inteligência nas análises; juventude nas falas; amigos. Mas a voz dela eu não ouvia.
O filme foi ótimo. Mas o lugar ao lado estava vazio.
Ver comédia romântica é a agradável, mas é ruim não achar a mão dela.
As duas poesias mostradas no filme foram maravilhosas, mas não pude ver o encanto no rosto dela.
Falar sobre o filme foi bom também, mas não soube do que ela mais gostou.
A volta também foi boa, mas o aconchego recíproco de um carinho não tive no ônibus.
Contudo, dormir agora, eu sei, será o melhor programa do dia, se puder – e só se puder – a ver resplandecente em meu sonho.
Satisfações?

segunda-feira, dezembro 05, 2005
4 de Dezembro

Que lindo, Débora. Obrigado. Sim já havia lido, mas não com vinte anos de idade, não sendo ela enviada por você, não fazendo aniversário sobre esses versos, ao redor dos amigos e seus carinhos; não enamorado pela Sheila, não entendendo meus pais como entendo agora, não conhecendo-me tanto, não valorizando tanto meu irmão; desse novo jeito ainda não tinha lido a poesia do Victor Hugo, sou novo e o novo sou eu? e tudo o que me cerca novo é? Eu acho. Ainda é fase de incertezas e eu gosto muito delas. Como Nando Reis: "certeza é chão e imóvel, prefiro as pernas que me movimentam". Caminharemos agora mais um ano, o ano dos meus vinte anos que promete brilhar tanto como os outros -- principalmente o dos 19 anos. Só tenho a agradecer. Não parar de botar um pé na frente do outro e seguir podendo sempre sorrir tudo o que pude sorrir no dia de hoje. E assim é o 4 de dezembro de 2005 para mim.
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