quinta-feira, setembro 27, 2001

Entrei na minha crise estética da adolescência

Eu sou um cara magro. Até aí tudo bem. Mais aí começam as piadinhas de colegas. "-Vitor você nasceu em Magrelópoles?"; quando está ventando: "-Segura o Vitor se não ele voa"; "-O Vitor sai na chuva e não se molha, nenhum pingo o atinge"; "-Dá para ver a coluna vertebral do Vitor bela barriga dele"; "-Dá pra lavar roupa no peitoral do Vitor". Eu levava na boa as piadinhas e não me magoava. Até que eu começo a reparar em minha magreza e descubro que eu sou realmente macro. Foi só a fita de vídeo da minha apresentação de piano que me dei conta de tamanha magreza. Aí surgiram as minhas idéias: Tem um amigo meu que vai entra na musculação. Posso entrar com ele. Mas aí pensei bem e percebi que não ia dar certo. Todo dia lá não dá. E não faz muito o meu estilo fica malhando. E também tem a marvada. Ahhh... Vou entrar no jui-jitisu (não sei escrever isso). Um colega meu, magrelo que nem eu, entrou e já pegando corpo. Pensei melhor... É meio embaraçoso um cara agarrando o outro, e eu detesto violência. Posso acabar todo metido a fortão e andando com meu fiel pit-bull ao meu lado. Não!

Peraí... Quem disse que eu tenho que ser musculoso? Quem disse que eu tenho que ser bonito? A sociedade? Porque esse padrão estético? Pô! Porque então que acho algumas mulheres feias e outras bonitas. Vou continuar sendo o que eu sou! Pronto está decidido.

Vitor ouvindo Partido Alto - Chico Buarque; com o Caetano Veloso.

Obs.:Essa música tem uma estrofe que é assim:

Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio.
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio.
Mas se alguém me desafia e bota mãe no meio
Dou pernada três por quatro e nem me despentenho
Por quê eu já estou de SACO CHEIO!
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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....