segunda-feira, abril 28, 2008

Minha amiga chorou.

Eu também choraria se um dia constatasse que a vida pode ser não mais que uma preciosa pedra, que a gente lapida a cada dia e nem por isso perde a sua dura característica... e fica de vez em quando no caminho, nos fazendo escolher entre tropeçar e carregá-la nas mãos. Escolhemos carregar e carregá-la pesa, mas deixa 'preciosidade' com a gente, ao menos naquele momento... Aí eu sentiria dor, porque, contudo, a vida passa, a pedra é pó reunido e pode voltar a ser apenas pó. E, depois dessa outra constatação, quereria somente ser a vida que é a pedra de pó reunido e receber tudo o que já dei; naquele único momento, ser também um pouco lapidada, carregada, ser por tudo amada, mas estando estática, como é uma pedra. Porém isso não aconteceria e eu ficaria como uma pedra de aquário sabendo que por ali passam peixes que nunca me tocarão, aí eu choraria até transbordar um pouco a água das paredes de vidro.

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....