Eu pensei que ia fazer esse post do show dos Los Hermanos de uma forma totalmente diferente quando o “acontecimento” estava ainda fresco nos meus sentidos. Mas não vou relatar como num diário o quê foi esse show. Eu mandei um e-mail para a Marcela falando isso: “Se eu gostei do show dos Los Hermanos? Foi o melhor show dos meus 20 anos! Imbatível. Acredito que nem se eu for ao show do Chico Buarque vou achar melhor. Nem o Chico!”
Realmente, o show foi um marco para mim e para o Daniel que está na minha vida como irmão: estudamos juntos desde o primeiro colegial; passamos na faculdade no mesmo tempo; viemos para São Paulo e temos a nossa república feliz. Ele também adora Los Hermanos e já enrolávamos de ir a um hermano-show há um bom tempo.
Uma coisa que eu gostei bastante foi o local do show, vale falar. Primeiro show fechado em uma casa que vou em São Paulo. No interior, pelo menos no Vale Paraíba, em Guaratinguetá mais especificamente, os shows são em ginásios esportivos ou em grandes saguões. O show dos Los Hermanos foi no citi bank hall. Lá, um lugar próprio para show, quase não dá para ficar longe do palco (só se você for um jovem idiota, pagar mais caro e ir sentar lá atrás no camarote), o som é muito bom e nem estava tão quente entre a galera. Ah, é proibido fumar, mas, claro, teve gente fumando, só que eu não lembro sentir cheiro de maconha e isso é ótimo. Assim deve ser também nos vários não-sei-que-lá-halls que tem aqui em São Paulo. Gostei, muito bom.
Outra coisa foi o cenário. Aquele painel com a arte do 4 (vide imagem que ilustra esse parágrafo). Você podia enxergar diversas formas dependendo da maneira como olhava para aquilo. Eu deixei ou não pude conter que as músicas inspirassem os desenhos que meus olhos formavam com aquelas formas geométricas, cada música dava um clima e cada clima fazia com que você se fixasse numa determinada combinação de formatos. Além disso, tinha a luz que variava em cor. Dava o clima também. Creio ser engano meu, mas acho as cores das luzes que iluminavam o painel eram de acordo com cada cd: tocava música do 4, painel com luz azul; música do Bloco, painel com luz bege... E assim vai.
O show propriamente dito me surpreendeu. Eu sabia que ia ser bom, mas não de uma forma tão diferente do que via na minha imaginação. As músicas se transformaram quando passaram do CD que rodava no meu quarto ou no computador da república para o palco e foram tocadas ao-vivo. É incrível como aquelas canções tão queridas com as quais você se identifica ficam boas para show. Parece que nasceram apenas para isso, serem tocados por aqueles cariocas simpáticos em shows. É uma experiência máxima de integração com a arte musical e poética. Eu, que me prendo mais às letras, pude cantar 90% do show: Viva! Somente em pouquíssimas estrofes me embananei.
Cantar é ótimo. Quando se canta com tudo um povo bom, que são as pessoas que gostam dos caras, em coro, como se todos fossem um só sentimento, é ainda melhor (esse sentimento está quando nos vemos nos personagens das música, vivendo a história que ela conta, que nos é muito próxima). Eu e Daniel prometemos ir aos próximos shows deles que tiver aqui ou lá no interior. E, muito provavelmente, você irá nos encontrar.
Dedico esse post ao Pablo, que queria muito mas não pode ir com a gente e é também um grande amigo e fã.
Fotos: DaigoOliva - FlickrSet: Los Hermanos e Toranja
3 comentários:
Oi Vitão!
Que pena que eu não fui. Não sou fã, mas deve ter sido legal!
Abração
Muito loca essa asa delta do lado!
Pelo jeito foi muito bom mesmo :)
Shows realmente bons assim são mágicos, a minha experiência desse tipo foi no show do Dream Theater, pirei total, não senti drogas por lá também, e pra falar a verdade não lembro nem de pessoas fumando, e até o meu hematoma no pé eu amei, até hoje ainda sinto um pouco do que senti aquele dia.
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