domingo, novembro 18, 2007

Republico esse texto em homenagem aos meus Irmãos da Igreja Batista, que receberam de peito aberto esse católico que vos fala num fim de semana nada normal, dos mais emocionantes que se pode ter. Com um beijo especial para a Dani que me convidou! Que se viva um Mundo Unido!

Visitante Inusitado 2


Ontem, anteontem, esses dias... Ele me visitou inúmeras vezes. Fiquei feliz! Tudo ótimo em casa enquanto o recebia, sentava-se na mesa sereno como sempre, olhando-me, ensinando muita coisa, simplificando antigos problemas... Até que eu algum erro cometia. Na hora de servi-lo, por exemplo, e pronto! Por conta disso, pedia para que fosse embora, abria a porta sem nem mesmo olhar em seu rosto; ficando sozinho a pensar. Na casa, eu só, buscando o que deveria ter feito para julgar perfeito os atos meus, julgar perfeito o que preparo para lhe dar (nesses momentos escuros sempre me dá uma confusão danada, pois descubro que julgo perfeitos tempos em que não sei o que é julgar). Como eu pude errar um passo tão óbvio dessa receita? Eu pensava. Aí, nesses dias aprendi algo de toda a diferença. Ao invés de ficar andando pela sala, abrindo e fechando a geladeira, os armários, ir a cozinha e voltar e não pegar nada, não fazer mais do que coçar a cabeça durante o percurso em busca de algo que eu nem sabia o que era e ainda não descobri; aprendi a parar e respirar (o ar é um presente importante, nos dá vida). Imediatamente, estava sereno como ele. Corrigia a postura e podia sorrir. E podia pensar no que fazer a partir do presente. Ao iniciar esse pensamento, abria a porta e o via ainda não muito longe, pois ele anda devagar, com a mão no bolso, contemplando o caminho... Já ouvi meu vizinho dizer que ele é o próprio caminho. Para mim é um doido cuja loucura é amar de verdade todo mundo. Aí, eu gritava: Hei, Senhor! Ele parava, virava a cabeça primeiro, depois voltava o corpo para mim e, ainda com as mãos no bolso, me ouvia perguntar: Me perdoa? Sem responder, ele começava a voltar. Eu ficava feliz! Enquanto vinha, eu tentava preparar de novo o mesmo prato se fosse possível, para aprender. Mas, se não tivesse mais aqueles ingredientes, tentava criar algo novo. Sempre tem bastante coisa em casa por conta dos meus pais, irmãos e amigos.

O número no título desse texto é por ele ser inspirado (por demais, eu diria) no texto de um grande amigo: Visitante inusitado

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....