A bailarina nada no ar
É mais que os peixes no mar
É como se pudesse chegar a superfície...
No céu! Quando quisesse
E encher os pulmões de um ar divino e celeste
Que tinge seu corpo...
Com cor de anjos
A reveste
*Apesar de não ser minha namorada na foto, essa poesia é dedicada a ela, que é bailarina.
Um comentário:
De ti para ela:
"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!"
(Florbela Espanca)
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