Do poeta ficou apenas uma pena
Encravada na ruína do tempo
de uma casa velha
Mil coisas saíram de cena
Mas uma entrou-lhe a vida
Encravada na ruína do tempo
de uma casa velha
Mil coisas saíram de cena
Mas uma entrou-lhe a vida
Seu coração atento
Como quem acena
até o último momento
(da partida
de um ente querido)
Acenou para sua busca
findada nos bateres
de um peito feito marido:
Numa única musa
Encontrou todas as cores
Numa única musa
Pôde morrer de amores
No plural
Afinal,
Numa única musa
os olhos do poeta
enxergaram o que viam em "entrelinhas" de ilusão e esquecimento
Linhas femininas tocáveis
de verdade: o contentamento
Traçando a realização dos sonhos seus
Ao viajar como o vento nos planos de Deus
Com a felicidade dos adoráveis quando juntos
Com a felicidade dos intermináveis assuntos
Com a felicidade dos que moram agora na casa certa
Jardinam flores, deixam a porta aberta
o bairro é o amor
o poeta é sem dor
sua musa calor
que primor... que primor
Como quem acena
até o último momento
(da partida
de um ente querido)
Acenou para sua busca
findada nos bateres
de um peito feito marido:
Numa única musa
Encontrou todas as cores
Numa única musa
Pôde morrer de amores
No plural
Afinal,
Numa única musa
os olhos do poeta
enxergaram o que viam em "entrelinhas" de ilusão e esquecimento
Linhas femininas tocáveis
de verdade: o contentamento
Traçando a realização dos sonhos seus
Ao viajar como o vento nos planos de Deus
Com a felicidade dos adoráveis quando juntos
Com a felicidade dos intermináveis assuntos
Com a felicidade dos que moram agora na casa certa
Jardinam flores, deixam a porta aberta
o bairro é o amor
o poeta é sem dor
sua musa calor
que primor... que primor
6 comentários:
Muito bom o poema, gostoso de ler e de entender... e a foto combinou bastante (apesar de eu perceber que vc se basiou na foto pra escrever, neh?) =P
Comeh que eu faço pra assinar o feed do seu blog??
Respondendo o Caio:
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Quanto ao poema eu gosto de escrever baseado em imagens, porque na verdade nossos sentimentos vem de imagens... só que muitas das imagens não estão no flickr ou no google e sim em nossa imaginação!
O poema ficou lindo, inteligênte e profundo!
Adoro a exaltação do amor!
Beijos
Como é bom ler um poema e saber exatamente do que o autor está falando!
Muito bonito essa sua poesia, Vitão! Só reparei três coisinhas, sem querer ser chato: no segundo verso da segunda estrofe, acho que seria "entrou em sua vida"; no primeiro verso da terceira estrofe, acho que há um erro de digitação (não seria atenTo?); finalmente, no quarto verso da quinta estrofe, acho que "entrelinhas" não precisa estar entre aspas (a licença poética te permite usar todo tipo de metáforas injustificáveis hehehe).
Linda obra, Vitão!
grande abraço
O poema traduz na perspectiva que lhe é própria o Vitor atual, o você, autor que escreve, atual! A foto da pena na ruína da casa é uma imagem de você... É um retrato seu! Você percebeu isso?
Grande abraço amigo!
Caraca... vc conseguiu tirar tudo isso da imagem? Parabéns!!! Isso sim é que um poeta de verdade faz: extrai de qualquer coisa palavras que viram sentimentos...
Abraço...
Aprovado!
Os sonhos que batem forte no peito de marido acentam tijolos, argamassas, reboques para construir sonhos que o tempo corroe. A musa é leve como a pena, a musa aplaca o tempo e a sua velocidade irreal.
Faz viajar o poeta no plano de Deus. Feliz.
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