Algumas vezes, para mim, me negar escrever é negar enxergar de forma madura uma situação. Não que minha escrita seja cunhada mais pelo cérebro do que pelo coração. Nem que meu coração seja menos maduro que meu cérebro - nesse caso é o contrário. Mas é algo como tirar muitas fotos em um passeio. Você vê realmente pouco do lugar onde está, preocupa-se com as fotos que está fazendo e isso é mais fácil do que aceitar estar ali. Preocupar-se com outra coisas para não estar ali de corpo e alma de fato. Não que minha escrita tenha muitas preocupações, claro... Outras vezes, escolhemos servir aos outros e não imergir totalmente no momento social, como que apoiados no pé atrás e iludidos na organização. Não que minha escrita seja feita com o pé atrás nem que sirva a você de alguma forma.
Escrita boa brota. Brotar é coisa de planta e água na natureza. Não quero que seja e não vejo minha escrita encaixada num sistema humano de causas e consequências circular e compreensível. Para mim isso é parede e minha escrita está mais num sistema biológico repleto de aleatoriedade e nuances, ganha ramos na paz incompreensível do objetivo único de ser escrita. Ela é uma árvore.
Um comentário:
A escrita pode também ser folha: leve ao sabor do vento morando em corações longínquos.
Postar um comentário