quarta-feira, julho 31, 2002

Uma garota mexeu comigo!

No caminho à papelaria do meu tio para comprar umas bics para o dia de amanhã (começaram minhas aulas, -___-") uma garota mexeu comigo. Uau! Primeira vez! Motivos de comemorações. Estava com um grupo de colegas que provavelmente haviam matado aula. Pediu para dar uma voltinha nos meus patins, mas com um ar irônico e um risinho maroto. Segundas intenções? Uma das meninas do grupo eu conhecia, a Letícia que é irmã de uma colega minha de oitava série, Érica, que veio de Presidente Prudente, mas ela nem me viu. Estava em alta velocidade ultrapassando uns carros estacionados - estão estacionados, mas eu finjo que estão andando e que eu sou super VTR! (são as consoantes do meu nome. E bobo é a mãe!) - e de repente eu ouço um: "Ei! Deixa eu dar uma voltinha?" Virei para trás a avistei a gordinha que tirara a atenção do super VTR (existem vários tipos de gordinhas, tem as que estão apenas um pouco acima da largura ideal, existem as Elaines de No Limite e existem as gordas das fotos bizarras dos sites de sexo, essas são monstruosas. Ela era do tipo gordinha um pouco acima da largura ideal e com um rosto super bonito e olho claro. Tá! Tava longe e em movimento, não deu para ver direito). No que eu concentrei minha super visão para visualiza-la nua o super VTR colidiu com o carrinho de papelão parando com as mãos dentro do carinho (reflexos de super VTR, mais rápidos do que um microondas), a cintura na parte superior do pára-choque do carrinho e as pernas dobradas no ar. Fiquei pendurado e quase caí dentro no veículo, acabei por ouvir na minha mente o grupinho matador de aula dizendo: "Que papelão!" E dando risada. Fui procurar por eles e lá estavam os desgraçados dando risada, principalmente os garotos que estavam no grupo. Ficaram verdes de tanto rir. E não era na minha mente que eu havia ouvido. Nem me lembro da cara que eu fiz na hora. Isso ainda foi numa avenida, mais pessoas devem ter presenciado a cena, só que eu não ia ficar olhando para tudo quanto é lado procurando gozadores, pedi desculpas para o motorista do carrinho que estava assustado e segui meu caminho. Uma avenida aqui em Aparecida não é bem uma avenida, imagine uma avenida numa cidade que não tem semáforo. Aqui tem asfalto e saneamento básico. E nem adianta vir com aquela piadinha boba de que aqui não tem AIDS, ainda é bichinho da porra.

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....