sábado, maio 15, 2004

Eu tô muito puto com o Felipe!

Puta que paril! Eu entro na net muitas vezes para atualizar o blog, nem os e-mails eu leio, só atualizo o cab. E isso se deve ao fato de eu saber que tem gente que lê o meu blog, é um compromisso meu, e eu gosto muito mantê-lo, usa-lo para me expressar.

Outro parágrafo: Nunca, jamais comentar foi algum tipo de obrigação para fazer valer uma amizade ou manter-se comentando regularmente foi necessário para demonstrar afeto verdadeiro. Eu já pedi para comentarem coisas minhas, assumo que já fui de um jeito que eu não gosto, não é de meu agrado hoje. "Comenta lá, comenta lá!" Comentar o quê? Se eu não comentei é porque não tinha nada para falar mesmo. Nada de interessante, nada que valesse a pena. Ia mandar beijos ou abraços e me integrar nesse tipo de relação social-virtual leviana? Não me deu vontade e eu não vou fazer algo sem vontade só para depois correr o risco de alguém clickar no link do meu nome no comentário e visitar o meu blog, fotolog... Fazendo um comentário que se iguale à futilidade contida no meu. Esse não é muito o caso, mas aproveitei para falar. Por que não se pergunta: "O que você achou?"? Não seria bem melhor?

E na maioria das vezes essas pessoas que comentam assim não consegue falar nada sobre o "trabalho" do autor(a) empregue no texto escrito: "Você é muito legal, visita o meu blog, beijos" Essa pessoa leu alguma coisa? Leu merda nenhuma! Só quer o status ridículo de ter um numerinho razoável de visitantes-comentantes. Eu percebo que a maioria das pessoas comenta isso, quando eu faço um comentário descente em blog qualquer sobre o que a menina escreveu e depois ela vem me falar que o meu comentário foi interessante, etc e tal.

Outra coisa pior que eu já fiz e com o Pablo ainda por cima. Foi quando entrei no mundo dos blogs eu simplesmente roubei a lista de blogs desse amigo que eu tanto admiro. Isso é horrível! É igual quando se conhece alguém que tem um gosto musical interessante e você quer conhecer todas as bandas que essa pessoa conhece, saber as letras que ela sabe... Transferir uma cópia do gosto dele para o seu selecionar de o que ouvirá ou não. E, em muitos casos, até o que você não vai ouvir e acabar falando mal igual usando os argumentos que a pessoa copiada usa. Joga-se a personalidade no lixo! É idiota e chega ao nível do patético fácil!

Agora aparece uma garota que comenta no meu blog, me revela ler o que eu escrevo há muito tempo, que me acha um cara legal, que me oferece colo num momento de carência e vem um primo meu que lê meu blog às profundezas do que é comentado nele e "rouba" a minha amiga. Poxa, é que nem ganhar um videogame de ultrageração no aniversário e o pai ficar jogando sem dar chance para você. Ou quando você vai assoprar as suas velas de oito anos e vem o mané do irmão mais velho de 12 anos do seu melhor amigo e sopra no seu lugar. A mesma sensação. E ainda não foi só isso. Há também fotologs de amigas minhas (a Flávia queridíssima, por exemplo) na lista dele e etc. Eu não posso, não tenho o direito de ter amigas(os) que ele não tenha, é isso? Não, não é! É que, na verdade, é bem mais fácil pegar contatos legais de uma pessoa legal e torná-los também seu. Para quê ir construindo uma roda de amigos virtuais com o passar do tempo dentro da rede se você pode pegar tudo de mão beijada de um cara aí? Para quê? Não é assim que se pensa? Não é assim que muito mal se pensa por aí?

Desculpa, mil desculpas pela agressividade fudida contida no texto, mas eu tinha que falar. Mesmo que eu não venha a publicar isso. Eu tinha que falar para mim mesmo, no mínimo; para esse sentimento ruim me desabafar um pouco.

Desculpa aos leitores que não gostam de palavrão pelo fudido, mas não vou censurar termos de intensidade que fluírem instantaneamente, pois isso não traria o efeito espontâneo que quero empregar. Eu falo e penso com essas palavras. E, cá entre nós, quem não gosta de ouvir palavrão que saia de perto e vai se...!

Estou me sentindo assim: "roubado". Como eu disse.
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Bem, eu escrevi esse texto assim que eu vi o comentário do Felipe dizendo que tinha pegado a foto da Nathália, que eu ainda não conheci virtualmente, com MUITA raiva. E não foi só isso que gerou o sentimento que se vê nas palavras a cima; coisas do cotidiano também foram descarregadas escrevendo, mesmo que isso tenha sido subconsciente.

Sabe o que foi uma das melhores de eu ter feito? Foi ter conversado com o Felipe e nos entendido. Pelo o que vocês viram era certo da gente brigar. Mas isso não aconteceu. Graças a Deus! Eu gosto muito dele! Acho até que ele pode não gostar de eu postar isso acima, mas o que eu realmente quero que vocês leiam é isso:

Saiba que aquele velho conselho do conte até dez num momento de raiva é muito válido. Eu parei, fui pintar o meu quarto, relaxei, tomei um banho e depois voltei para o micro. Resolvi conversar com o Felipe na maior paz. Eu estava em paz, havia refletido. Sei que houve ciúmes mil da minha parte. Expus o que sentia, o que pensava sobre o ocorrido e ele se mostrou uma pessoa inteiramente aberta à crítica, sabe aquele cara cabeça boa?, entendendo-me, se explicou, falou-me que não imaginava isso jamais e até me agradeceu por ter ido com ele falar e "dar um toque". Agora estamos até mais fortemente ligados ainda. E eu muito gostei disso, lógico! Dou muita importância para a família e acredito que ele também. Somos os clássicos primos que cresceram juntos e têm a mesma idade, um foi aprendendo com o outro na vida. E agora eu não tenho mais raiva de nada e gosto mais ainda dele (está ficando meio gay isso). Tudo isso por ter tido um pouco de calma e respirado um pouco. É ótimo como estou agora. Um grande abraço, primô!

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....