domingo, julho 17, 2005

Coisas de quem troca o dia pela noite

Quando eu for um escritor famoso, um poeta
Alguém de palavras famosas,
Vai vir um repórter chato me entrevistar.
Ele falará de como a minha relação com a realidade
É diferente e blablablá.

Eu estarei um pouco bêbado de estar
Dando a primeira entrevista e ficarei a pensar
Estou dando a minha primeira entrevista
Já não é de se espantar

Esse negócio de dar pela primeira vez é complicado,
Você pensa muito que está ali, dando,
Imaginou tanto que isso aconteceria um dia e, quando acontece,
Você fica o mesmo de quando imaginava o negócio:
"Nossa, isso acontecendo..."

Sendo assim, conseguirei pegar só algumas palavras
Da pergunta pelo repórter perguntada.
Aí vou lembrar de uma noite,
Das férias de 2005, quando eu estava a ler
O blog do Branco Leone
Quando formulei uma frase que talvez seja
O quê o repórter estará querendo anotar.
Responderei
"o que as pessoas precisam saber
é que o mundo imaginário
é o mundo real
e a realidade
é a gente que imagina",
Entendendo com nenhuma segurança o que disse.
E concluirei mais um vez que o que eu devo mesmo
É escrever as palavras.
Faladas não são boas, verdadeiras ou belas.

2 comentários:

Ana Carol disse...

Era vc sim, acho q não foi bem aquilo q vc falou, foi mais algo hmm tem coisas q vc quer falar pra todo mundo, ou escrever ou um post msm, hehehehehe
Bjssss

Anônimo disse...

È em algum dia pensarei sobre tantas que eu terei dado, entre tantas linhas ja escritas...
beijao

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....