terça-feira, setembro 06, 2005

Um pequeno registro de um dia de mil novecentos e dois mil e cinco. Para ler no futuro e sorrir comigo mesmo.

As meninas foram na academia emagrecerem. Desejei-lhes bom suares. Essa semana, aqui na Happy-ública, só estou eu e elas. O Daniel e o Tiago estão de "férias" da USP - semana do saco-cheio. Me sinto um pouco só dentro do lar. Duas camas vazias no quarto dos meninos. Abandonei a minha e instalei-me na do Daniel. É a melhor cama do apartamento.

Aproveito para ler bastante. Terminei Dom Casmurro, foram as 73 páginas finais só hoje. Gosto quando consigo ler bastante, só não gosto que a obra acabe. Talvez por isso leia devagar. Um gosto anula o outro. Se leio lentamente - considere como ficar meses lendo - não leio bastante em nenhum dia. Se leio bastante, a obra acaba.

...Eita semana do saco-cheio! Cheio de vazios? Não deixou apenas os amigos em suas casas, mas também a namorada na zona leste...

Amanhã é o sete de setembro. Tenho um texto para ler. Dificilmente haverá outro evento para o dia. Ah! Digo isso certo se eu falar em evento extra-ordinário, porque, seguindo a ordem natural em que as coisas estão postas nesses dias felizes, há um evento esperado diariamente. E as coisas que acontecem ao decorrer do dia pensam esse evento. Elas se acumulam para ele. Hoje é a vez dela. Daqui à pouco vai tocar e quem nos olhar verá abismado o casal encaixando algumas horas celestiais de namoro à distância por entre segundos terrenos do tempo normal. Como muitos diriam, é o jeito. Mas, para não dizer como os muitos, digo que é... pequena mágica que fazemos para nossa comunhão. Legal é ver dois anjinhos que adoram participar da mágica. Criança não pode ver uma cartola. Ariel e Gabriel são os nomes. Pulam pra dentro da caixa e viram assunto dos mágicos por instantes. E cada um desse casal de magicistas batiza o outro. A parte masculina da dupla chama seu par de Morena e lhe põe uma aura de fada; a feminina lhe põe a aura já no batismo e o chama seu anjo. Parece inevitável começar um texto que fale de um dia recém percorrido sem que eu acabe tocando nas asas Dela, mas o que se faz realmente inevitável é acreditar que o dia acabou sem que eu tenha falado com ela.

2 comentários:

Felipe Silva disse...

Vitor, esse post está realmente muito bom, especialmente este trecho:

Aproveito para ler bastante. Terminei Dom Casmurro, foram as 73 páginas finais só hoje. Gosto quando consigo ler bastante, só não gosto que a obra acabe. Talvez por isso leia devagar. Um gosto anula o outro. Se leio lentamente - considere como ficar meses lendo - não leio bastante em nenhum dia. Se leio bastante, a obra acaba.

Concordo em gênero, número e grau, se falássemos latim, concordaria em caso.
Até mais Vitão!

Ana Carol disse...

Hehe, eu tb fico triste quando acaba, mas normalmente fico tão empolgada que não consigo parar de ler, hehe!!!!

Ai ai, nem fale do texto do Milton, fiz correndo ontem a noite, hehe!!!!!

Bjssss

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....