Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
...
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummont de Andrade
quarta-feira, julho 11, 2007
OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO
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Poesia erótica, Seu Vitor? Os hormônios estão chegando nos dedos já? Alguém os atiçou! Não tenho dúvida, meu caro.
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