sexta-feira, abril 17, 2009
Segundo sonho de Abril
Eu estava entrando num grande templo, havia muita e muita gente. O templo era meio quadrado e tinha um andar de cima como no teatro há a parte superior. Essa parte estava reservada para pessoas mais importantes. Não era o momento presente nem um momento passado, o que seria um sonho de época. Era um sonho que misturava futuro, passado e presente como que se se tivesse atingido um estágio em que a noção de tempo fosse totalmente outra, algo sem menor importância, sem a menor preocupação. Imagine um tempo desses. Muitas pessoas nesse templo usando roupas de panos, tudo meio pastel na cor, meio sépia... Eu andava ali sem saber o que iria acontecer. Muitas pessoas também não sabiam e outras se destacavam pelo olhar que compunha seu rosto. Um rosto que mostrava que sabiam e assim deveria ser porque assim seria. Eram como os mestres da vida que encontramos vez outra em nossa existência, aquelas simples pessoas que amam e ensinam o que fala ao coração. Nesse cenário avistei uma menina lá no andar de cima. Cabelos pretos, túnicas pretas, levitando! Levitando como quem solta o corpo em pé e levita solto. Contrariava a mãe como quem sabe muito mais do que seus pais. Poucas pessoas a viram, muitas das que viram não deram atenção pois aquilo fazia parte, eram os mestre. Estava tudo muito agitado. Eu vi como coisa normal aquele levitar por cima da gente... Mas logo ela voltou para junto da mãe. A menina vestida de túnica preta deveria ter por volta de uns 14 anos e aparentava maior saberia em relação a todos que estavam ali, inclusive os que eu julgava mestres; aparentava ter maior poder. Mal ela voltou para junto da mãe, entrou no templo um exército, homens uniformizados e sem rostos, armaduras. Trouxeram Jesus Cristo, que foi colocado no meio do templo, no centro de todos. Eu comecei a chorar, a chorar e a chorar e chorar como quem chora com desespero. Mas era um amor que habitava dentro de mim e ganhava cada vez mais espaço que acontecia. Eu urrava o choro. Urrava. Jesus era coisa mais incrível que eu já tinha visto. Impressionava de fazer brotar águas dos olhos. Nunca havia visto tanta luz, paz, tranquilidade, naturalidade em uma pessoa. Havia amigos de Jesus perto dele e o Cristo fazia, tentava fazer com amor que eles entendessem que aquilo deveria ser assim e que eles, os amigos companheiros, não precisavam sofrer, pois assim era. O tempo mudou, o clima mudou e fizeram-se nuvens negras no céu, ventava, era um pré-chuva de uma chuva que, no fim, não choveria. Apareceram mais crianças especiais de túnicas pretas, cabelos pretos, aparentando ter a mesma sabedoria que habitava Jesus, como que se elas estivessem tremendamente junto a Ele participando de tudo naturalmente. Todos levitavam e pararam num ponto fixo, levitando de pernas cruzadas. Consegui ver duas delas de onde estava mas sentia que ficavam ao redor de Jesus. Imaginem que fossem umas seis crianças no total, levitando ao redor de Cristo. Ele no centro e as crianças em volta como pontas de hexagrama. Atrás de cada criança havia um imenso cristal de quatzo, perfeito, sem lapidação, rústico-natural, do tamanho da criança de tão grande que eram cada um. Apontavam para cima. Em uma cruz gorda como uma parede crucificaram Jesus - eu chorava como um desesperado me enchendo de Amor. E, como Cristo foi crucificado, os cristais atrás de cada criança explodiam como se fossem gelo estourando, mas eram pedras, pedras translúcidas explodindo. As crianças desapareciam como quem se faz transparente até sumir. Eu já há muito não tinha mais noção da multidão que devia estar ali. Acordei deitado no colchão da sala do meu apartamento em São Paulo na Jabaquara. Parecia que eu tinha mesmo chorado em Espírito mas fisicamente não havia nada, nenhum sinal de lágrimas. Voltei as palmas das minhas mãos para o céu e os chackras delas se ligaram fortemente. Fiquei assim por um período e lembrei que há muito não rezeva o terço católico e que nesse dia antes de dormir eu o havia rezado, não completamente pois adormeci, mas depois de longo tempo sem rezá-lo eu o havia feito e esse sonho apareceu. Já era muito tarde. Não havia acordado com o despertador difícil de não ouvir. Vim para o computador e decedi ir a missa do meio dia, tive que ir correndo, de jejum. Já estava quase na hora. Cheguei a tempo.
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