Ando triste como um poeta-sim
Fazendo para todos a careta-não da minha ternura
Ainda restante, eu, no cálice da vida calcada
Fujo para a poesia como foge o tempo
entre uns dedos de violão cruzados em ampulheta
O que é tudo isso? pergunta o amigo ao lado sem entender
Eu infalível respondo que é tristeza em se estar triste
A certeza falível, mais crível do que eu e rindo,
consciente de sua superioridade e sabedoria
Responde ao amigo curioso, de braços dados a Verdade maiúscula de Deus:
Não se preocupe com o bom charme da efêmera tristeza
É isca que vem e que passa. Passará num doce balanço de saia
A caminho do mar de alguém a quem ele virá a tratar como uma velha amante
E será a sua mais nova namorada.
Um comentário:
Coisas boas, coisas ruins, o bom é que passa, passam, deixa passar."
Envio desejos de alegrias, muitas!
:*
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