quarta-feira, julho 13, 2011

Ando triste como um poeta

Ando triste como um poeta-sim
Fazendo para todos a careta-não da minha ternura
Ainda restante, eu, no cálice da vida calcada
Fujo para a poesia como foge o tempo
entre uns dedos de violão cruzados em ampulheta

O que é tudo isso? pergunta o amigo ao lado sem entender
Eu infalível respondo que é tristeza em se estar triste
A certeza falível, mais crível do que eu e rindo,
consciente de sua superioridade e sabedoria
Responde ao amigo curioso, de braços dados a Verdade maiúscula de Deus:

Não se preocupe com o bom charme da efêmera tristeza
É isca que vem e que passa. Passará num doce balanço de saia
A caminho do mar de alguém a quem ele virá a tratar como uma velha amante
E será a sua mais nova namorada.

Um comentário:

Alice disse...

Coisas boas, coisas ruins, o bom é que passa, passam, deixa passar."

Envio desejos de alegrias, muitas!

:*

Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....