Acordara mais cedo o jovem da família e fora ver televisão na sala. Vendo tv ele ouviu um barulho que a principio achou estranho, mas foi muito baixo e ele o ignorou. Ouve novamente, o mesmo som, e identifica. Viera de um inseto. O bater das asas do inseto em alguma coisa, como se estivesse preso. Não achou e nem procurou o inseto, ficou sentado no sofá e imaginado-se no monólogo:
Se for um inseto gigante, do tamanho de um cachorro? Já pensou o poderia acontecer? Já pensou? Notícia no país todo? Não! No MUNDO todo. As manchetes: Vitor mata inseto gigante nunca antes visto por ninguém, um grupo de cientistas, os melhores na área da "insetologia", viram estudar o inseto mutante. Nossa. Eu vou dar entrevistas no jornal da globo, no fantástico, na Folha de São Paulo. E quando estiver sendo entrevistado na TV: Primeiro eu perguntarei se o jornal é ao-vivo, depois falei no final do programa: "-Se você quiser entrar em contato comigo é só acessar essa página que está aparecendo aqui ó: http://cab.blogspot.com". Nisso eu estarei apontando o dedo para baixo. Por isso que perguntarei se é ao-vivo ou não, se fosse não iria dar para eles colocarem o endereço embaixo e eu apontaria para o nada.
Voltando do pensamento fora a cozinha fazer seu hábito matinal, que era abrir os armários e a geladeira a procura de algo que lhe interessasse ao estômago. Dessa vez não achou nada, sabia que iria outra vez fazer isso, mesmo sabendo que não iria achar nada, repetia o ato até se cansar. Voltando para a sala, quando fora sentar no sofá, para retomar o filme do telecine, deu de cara com uma mosca "gigantesca" (não confundo o meu gigantesco com o gigantesco canino dele), deveria ter uns dois centímetros e meio. Parou e ficou olhando para ela. Tinha medo de que ela voasse em sua direção. Não dava para vela direito, a claridade que transpassava o vidro em que ela estava era forte, o sol estava radiante naquela manhã. Resolvera pegar o mata-mosca na lavanderia. Quando viera para matar a mosca no vitrô, não a achara de início, mas logo olhou para baixo e a avistou. Ficou sem coragem de mata-la, não se sabe de qual forma, mas havia criado um vinculo com ela. Não sabia se não tinha coragem porque tinha pena da coitadinha ou se por medo dela voar em sua direção. Resolvera que iria tentar abrir o vitrô onde ela estava. Foi muito devagar para a mosca não perceber sua presença e voar, podendo assim ir em sua direção. Não sabia ele que a mosca estava com mais medo do que ele. Ela avistara a arma na mão dele, era como a lenda contada pelos seus ancestrais dizia: "Um ser feio e nojento, com a desgraça na mão irá acabar com nossa espécie, que para ele é feia e nojenta, a desgraça tem calda longa e regida ligada à cabeça que é cheia de furos, ela é a que vai nos matar". A mosca vira a desgraça na mão do ser e ficara apavorada. Estava imóvel sem saber em que pensar e no que fazer. Tinha muito medo fugir, pois achava ela que ele a estava esperando. Vitor que não conseguira matar a mosca foi aproximando o braço lentamente da maçaneta do vitrô, lento até demais. Não era possível saber quem estava com mais medo, se era ele ou se era a mosca vendo a lenda se concretizar. Depois de um tempo ele conseguiu por a mão direita na maçaneta. Não tirara o olho, que estava concentrado, da mosca. A mosca permanecera imóvel. Ele foi abrindo lentamente o vitrô, lento até de mais. A mosca não se mexia. A mosca resolvera que não iria voar tentando fugir se ele não chegasse perto dela. Ele abriu uma fresta no vitrô, a mosca vira a passagem e não pensara duas vezes, foi saindo devagar dali, andando, sem voar. Quando vira que atravessara para o outro lado do vitrô voou para a liberdade. Vitor ficou aliviado e sentiu necessidade de escrever o fato. A mosca foi rapidamente para casa contar que havia estado frente a frente com a lenda. Ficou famosa na família, não em todo o mundo das moscas, pois muitas já haviam visto a lenda. Menos alguém da sua família, ela fora a primeira. Isso podia ser visto até como uma questão de honra na família da mosca, pois muitos esnobavam a família. "Aquela família é muita fraca, não houve um sobrevivente a lenda" diziam. A mosca virara uma heroína na família e Vitor...
Moral da história:
(OH! Eu não sei a moral da história)
Vitor ouvindo Oh não! Outro zumbido de mosca!
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