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Pô, meu! O que dizer sobre o Átila? Ainda mais... visto que eu o conheci só no universo de uma sala de aula. Mal o encontrei na rua ou em qualquer outro lugar. Dentro daquele colégio particular as aulas eram estranhas, havia uma forma de respeito muito sério na relação aluno-professor, bem... Isso era "Antes do Átila". E a sua estréia foi assim: O professor de matemática perguntava ao mostrar a fórmula: "Agora, como é que Pitágoras chegou nisso?", lá do fundo, das últimas carteiras, das profundezas da sala, uma voz indefinível, numa pronúncia desprovida de dúvidas e carregada de espontaneidade, lavrou caminho atravessando a sala: "Se foda, sorrr!". Era Átila, o aluno de colégio do Estado fazendo rir um mundo particular muito sério e preocupado. A sala inteira riu do chute-no-balde que o Átila deu e o professor de matemática gostou: "Se foda então! Exercício 1", disse, chutando o coitado do balde para mais longe ainda. Estávamos atrasados com a apostila e explicar o que não era muito necessário e já foi explicado na oitava série e no primeiro ano era totalmente desnecessário. Todos já decoramos que hip²=cat²+cat².
A partir do "se foda", começou-se a contar os tempos assim: A era antes de Átila e a era após Átila. O Danado, além de soltar uma ou outra nas aulas dos "professores que sabiam levar na esportiva" e fazer rir toda uma sala, sentava-se junto à garota mais bonita do colégio. E ainda, para o acharmos mais danado ainda, conseguia deixar a menina sempre rindo ou exibindo o seu sorriso delicioso de se observar. Eu sentava lá na frente, conversava às vezes com meus vizinhos próximos e sempre ria, era um riso de barriga fenomenal. Agora eu e o Átila nos falamos pela internet e parece que foi aqui que ficamos amigos de verdade! Não era pra menos, sabemos que ele é gente-fina, bonito e de pensamento afiado. Bem, esse é Átila que eu conheço.