O nosso amor ainda está nascendo, é uma gangorra.
O nosso ainda primeiro beijo está bem acima de nós dois.
É esticar a mão e apanhá-lo.
Estamos na gangorra e sabemos disso. E tentamos alcançar o que está acima de nós.
Não conseguimos.
Mas não desistimos!
Resistimos e tentamos outra vez, outra, e outra.
Tenho medo de acabarmos nos cansando de tudo isso.
Na gangorra, quando um está em cima, bem pertinho do beijo, desejo...
o outro está embaixo e parece não desejar.
Mas também vejo que eu
quero mais do que
Você que não aceita o novo sentido em que está batendo o seu coração!
Me empurro com toda vontade, chego bem perto,
mesmo cometendo erros no caminho.
São esses erros que fazem do nosso amor
a mais nova e a mais velha gangorra do playground juvenil.
Esses erros que fazem com que, quando esteja perto dos seus lábios, preparado para beija-los,
você esteja longe dos meus e totalmente despreparada.
Com você também acontece isso, às vezes está próxima de um eu longe e despreparado.
Não estou só a me empurrar. Às vezes os meus amigos tentam ajudar
a subir, mas as suas amigas também
te ajudam nisso
do outro lado
E ambas as forças se anulam.
Tenho medo que a gangorra se parta
Esse começo de amor terminar.
Mas que se parta a gangorra e que esse amor termine! Estamos cansados (ai... se não fosse esse N). Um novo nascerá. Ou esse estará transformado em outra coisa. Eu sei que, se essa gangorra um dia terminar, a nossa proximidade trará algo novo e parecido para nós. Não sei se melhor ou se pior, mas eu te convidarei assim um dia, exatamente assim: "Vamos parar com tudo isso, vamos tentar de verdade. Me dê a mão e vamos para um brinquedo melhor, onde não haja amigos que errando a intenção nos atrapalhem, onde só haja nós dois, para onde estejamos sempre indo juntos, no mesmo sentido. Venha. Preciso do meu sorriso completado assim como você precisa que eu complete esse seu. Ah, como você é linda".
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