Daniel já era jornalista mesmo sem estar formado, cursava USP. André, seu primo, era pianista, autodidata, professor. Tentava a vida em São Paulo. Vitor tinha passado em comunicação numa universidade particular. Daniel também estava no primeiro ano. Três jovens. Estavam dividindo um apartamento na grande cidade. Era domingo, André tinha ido tocar e logo chegaria. Vitor e Daniel preparavam a janta, macarrão, há uma semana atrás fizeram seu primeiro arroz. André chegou, sentaram-se os três na cozinha. Nono andar, da janela do prédio via-se boa parte da cidade, a parte que o prédio vizinho não tampava. Começaram a comer em silêncio, esse lhes dava uma sensação de conquista, olhavam um para cara do outro. Mal haviam saído de casa, do ninho, saído das mães. Sentiam-se grandes. André: "Liga o rádio". Daniel o ligou. Começa a música Por Enquanto do Renato Russo, mas pela voz da Cássia Eller. Vitor sorriu expressando ser uma perfeição divina aquela trilha sonora. Comiam a boas garfadas. Os pratos na mão. O sol se punha na cidade cinza. E a música desenhava todo um capítulo da história de cada um.
domingo, fevereiro 20, 2005
Capítulo 29
Daniel já era jornalista mesmo sem estar formado, cursava USP. André, seu primo, era pianista, autodidata, professor. Tentava a vida em São Paulo. Vitor tinha passado em comunicação numa universidade particular. Daniel também estava no primeiro ano. Três jovens. Estavam dividindo um apartamento na grande cidade. Era domingo, André tinha ido tocar e logo chegaria. Vitor e Daniel preparavam a janta, macarrão, há uma semana atrás fizeram seu primeiro arroz. André chegou, sentaram-se os três na cozinha. Nono andar, da janela do prédio via-se boa parte da cidade, a parte que o prédio vizinho não tampava. Começaram a comer em silêncio, esse lhes dava uma sensação de conquista, olhavam um para cara do outro. Mal haviam saído de casa, do ninho, saído das mães. Sentiam-se grandes. André: "Liga o rádio". Daniel o ligou. Começa a música Por Enquanto do Renato Russo, mas pela voz da Cássia Eller. Vitor sorriu expressando ser uma perfeição divina aquela trilha sonora. Comiam a boas garfadas. Os pratos na mão. O sol se punha na cidade cinza. E a música desenhava todo um capítulo da história de cada um.
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Poesia erótica, Seu Vitor? Os hormônios estão chegando nos dedos já? Alguém os atiçou! Não tenho dúvida, meu caro.
4 comentários:
Meu. Já tentou enviar seus textos pra serem publicados como crônicas? Ficaria bem legal. Tenta enviar. Quem sabe vc se torna um Rubem Braga. Na realidade acho que vc se daria muito bem escrevendo livros. Escreve de maneira cativante, dá vontade de continuar lendo, e o melhor de tudo é simples, sem linguagem rebuscada. Perfeito.
Abraços.
Muito legal !
Muito Legal mesmo !
Paulo
Quase chorei. Sério. =~)
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