Desde o começo do ano que eu espero ônibus com ela e com mais a "turma das sete horas", aparecidenses. Vamos para Guaratinguetá todo santo dia! A gente, eu e ela, só nos víamos assim: eu com a minha cara de sono-podem-me-espetar-com-uma-agulha-que-eu-estou-com-muito-sono-para-reagir e ela com sua cara de "minha-mãe-me-acordou-daquele-jeito-chato-como-sempre!". Como o de costume aqui no sudeste, quase nunca há "bons dias" desejados entre pessoas desconhecidas e ainda mais com sono. Ah, que mundo estou tentando evitar, nunca niguém fala "bom dia", muito menos sob essas sonolências! As excessões existem, tudo bem... O mundo não está tão perdido assim, mas elas são raríssimas.
Bem, a garota deve estar na oitava, sétima série do colégio que a minha mãe dá aula. O fato é que hoje eu fui fotografar o teatrinho que a professora Àurea, Senhora Minha Mãe, apresentou com seus alunos: "A linda Rosa Juvenil". Fotos tiradas, chave e documento do carro em mãos (eu sempre dou um pulo lá para pegar o carro antes do meu almoço -- digo "meu" pois, a essa hora, até o meu cachorro já almoçou), estava indo embora e vi a menina lá na porta, sentada com alguém, uma colega... Joguei um oi, sorrindo, que ela agarrou com outro sorriso e retribuiu com o seu "oi" baixinho baixinho, se não visse a boca mexendo para me dizer, nem teria percebido. Eu estava contente, sorrindo no caminho. As crianças da primeira série sempre me alegram. E esse último sorriso veio me completar! Espero que nos vejamos amanhã e que esse "oi" se transforme num bom "bom dia" e que eu me sinta uma exceção nessa sociedade de pessoas tão afastadas perto das outras.
Vocês que melhor me conhecem podem estar Sherlocosamente-Holmes matutando: "Ué? Mas você pega ônibus de manhã, nessa escola da sua mãe que você vai às vezes, ela dá aula no período da tarde...". A menina teve alguma atividade no período da tarde no colégio, ora bolas.
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