da Folha Online - link
As maiores gravadoras do mundo foram processadas por consumidores norte-americanos devido aos seus CDs antipirataria, projetados para evitar a troca ilegal de músicas pela internet.
A ação de dois cidadãos de Los Angeles argumenta que esse tipo de disco deveria trazer adesivos de alerta ou até mesmo ser retirado do mercado.
Isso porque eles são diferentes dos CDs comuns, mas são vendidos em meio a eles, sem distinção alguma. Os cinco maiores selos do mundo são citados —BMG, EMI, Sony Music, Universal Music e Warner Music.
O processo segue manifestações de insatisfação por parte de consumidores de diversos países e reclamações da própria Philips, que detém patente da tecnologia dos Compact Discs.
Segundo a fabricante de eletrônicos holandesa, as gravadoras nem poderiam chamar seus novos discos antipirataria de CDs, porque eles usam técnicas de gravação diferentes, que podem reduzir a qualidade do som e a durabilidade das mídias.
Cary Sherman, presidente da Riaa (associação das gravadoras dos EUA), considerou o processo "frívolo" e defendeu em comunicado os esforços das gravadoras para evitar a pirataria virtual.
"Os artistas têm o direito de proteger sua propriedade de roubo", afirma o executivo. "Estúdios de cinema e desenvolvedores de software protegem seus trabalhos há anos, e ninguém nunca considerou isso errado."
Além de evitar a migração das músicas do CD para formatos digitais como o MP3, que permitem a troca de canções pela internet, os novos discos simplesmente não funcionam em CD-ROMs de computador.
Alguns deles já causaram, inclusive, reações anormais em computadores Macintosh. Segundo usuários, a bandeja do CD trava em iMacs, o que obriga uma visita a um técnico para que o micro volte ao normal.
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