segunda-feira, abril 12, 2004

Era uma vez um livro muito chato que todo mundo tinha que ler para o vestibular. Ninguém gostava dele, assim como ele não gostava de ninguém. Ele era bom, mas era um saco; e as pessoas também eram boas, legais, mas o odiavam mais do que ele não gostava delas. Um dia o livro caiu no chão um tombo feio que o embaralhou todo. As palavras não desmontaram, mas trocaram de lugar; a história ficou totalmente diferente; ninguém entendeu como isso pôde ter acontecido. Formo-se uma história prazerosa, dinâmica, a leitura fluía com um riacho em dia chuvoso.

Só que isso não foi bom para o livro. Todos reclamaram, as pessoas que o xingavam, que não passavam do primeiro capítulo, falavam que virara livro de quem lê só harry potter; e o livrinho, apesar de não ser rotulado como chato, ficou famoso como sendo ruim, sem qualidade. Isso causou sérios problemas que desestruturaram psicologicamente o bichinho.

A tormenta não parava e o livro foi entrando em depressão. Em três dias a tristeza era tamanha que ele tentou suicídio: Pulou da geladeira: Pá! No tombo o texto todo mudou novamente e dessa vez o título também. Isso tudo fez com o livro ficasse legal e bom ao mesmo tempo. Todos gostavam dele agora; sempre era comentado nos terceiros anos e cursinhos. De O Primo Basílio com uma história detalhista e enrolativa, formou-se o que lhe salvou da sua morte no esquecimento: Ola Pro iBomisí, sem rodeios e de escrita muito inteligente; outro título, outra história e todos o adoraram.

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Ao terminar de ler A Natureza da Mordida

Foi a mesma sensação de parar com o marcador página na mão após acabar um livro. Eu não sabia onde colocar meu sentimento após aquele final....