Capítulo VI - Final
O ciclone se formou e tudo ia para o centro, menos eu que segurava no armário. Tudo girava, inclusive o monstro. Em volta do tornado as cascas do ovo explodido circulavam e começaram a emitir uma luz pausada: Luz, não-luz, luz, não-luz, luz, não-luz. Pareciam elevar o seu cosmos, o seu Ki.
A luz se fortaleceu tão brancamente que me cegou alguns instantes. Nesses instantes tudo se condensou, o ovo se refez e o mundo normal estava de volta.
Como aquela comida das tigelas não me era variedade suficiente, peguei o ovo e o fritei enquanto o prato rodava no microondas. Prato pronto, copinho de suco na mão; liguei a TV e me estirei no sofá que me cumprimentou educadamente sugerindo que assistíssemos ao programa que ele queria ver: "Tudo bem. Que canal que é?" perguntei com a boca cheia. "21, shoptime. Vamos ver umas camas trocando de roupa", disse com ar de safado o sofá tarado que anda muito atrevido ultimamente.
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